A cidade de Konoha estava em pura euforia. O festival, que começou um pouco depois do meio-dia, estava agora em pleno auge, com o céu noturno servindo de tela para fogos de artifício que explodem em cores vibrantes.
Lanternas de seda balançavam suavemente ao ritmo da brisa, enquanto o ar se enchia com o aroma tentador de yakitori, dango e outras delícias das barracas espalhadas pela praça principal. Risadas, conversas animadas e o som de crianças correndo ecoavam pelo local, onde todos exibiam seus melhores trajes tradicionais.
Izumi ajeitou cuidadosamente o obi do seu kimono floral, enquanto os seus olhos brilhavam com a energia do festival. Ao seu lado, Akira Uchiha, com a típica postura de quem está um pouco deslocado, parecia nervoso, claramente fora de sua zona de conforto.
— E aí, qual é o seu jogo favorito? — perguntou Izumi com um sorriso travesso, inclinando a cabeça. Sabia que Akira não era o tipo que se soltava facilmente, mas não resistiu à chance de provocá-lo.
Akira, com o gesto característico de esfregar a nuca, quase uma assinatura dos Uchihas, respondeu meio sem jeito:
— Eu... não sou bom em jogos — disse ele, lançando um olhar para as barracas lotadas. — Talvez eu consiga te vencer em alguma coisa. — Um sorriso tímido apareceu em seus lábios, e ele olhou para Izumi com uma mistura de esperança e arrependimento.
Izumi riu, seu riso leve e cheio de diversão:
— Ah, é? Então tá! Desafio aceito! — E antes que ele pudesse protestar, ela agarrou seu braço e o puxou em direção à barraca de tiro ao alvo.
— Espera, eu não sei se... — Akira tentou dizer, porém, foi interrompido pela vendedora que lhe entregou uma pequena arma de brinquedo. Ele olhou para a arma, depois para Izumi, que cruzou os braços com um sorriso vencedor.
— Vamos lá, detetive — provocou ela. — Mostre suas habilidades.
Com um suspiro resignado, Akira levantou a arma, mirou com seriedade e errou o alvo. Ainda assim, o sorriso divertido de Izumi fez valer cada erro.
— Não tem problema, podemos achar algo em que você realmente seja bom! — ela disse, puxando-o para longe da barraca e em direção às opções irresistíveis de comida.
Enquanto caminhavam, Akira fez um comentário sobre as roupas exageradas de alguns vendedores, arrancando uma gargalhada contagiante de Izumi.
— Não acho que você preferiria usar aquilo! — disse ela, apontando para um kimono absurdamente chamativo com flores enormes e cores berrantes.
Akira, passando a mão pelos cabelos de forma embaraçada, respondeu com um sorriso travesso:
— Eu ficaria incrível! Você que não tem senso artístico, Izumi-chan.
Izumi balançou a cabeça, rindo, enquanto ele tentava manter a seriedade. A dupla continuou caminhando até uma barraca de doces, onde Akira insistiu em ganhar um para ela em outro jogo de arremesso.
Dessa vez, com mais sorte, ele conseguiu. E, ao ouvir a risada alegre de Izumi enquanto ela segurava o doce, Akira percebeu que, para ele, aquela noite já era uma vitória.
Um pouco mais afastado, Itachi os observava em silêncio, seu olhar calmo fixo no casal. Vestido com o uniforme da polícia de Konoha, ele estava lá em serviço, contudo não conseguia evitar um leve sorriso ao ver Izumi tão alegre.
Ele não se arrependia de não prosseguir coisas entre eles. Após anos longe, qualquer sentimento que poderia ter, não havia mais.
Shisui apareceu de repente, ainda com o traje da ANBU, a máscara de Corvo. Seu único olho visível brilho com curiosidade é uma pitada de travessura.
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A garota do time 7 - Livro 3
AdventureApós três anos de fuga e desafios extremos, Nohara Harumi retorna a Konoha marcada por traumas e inseguranças. Ela desempenhou um papel crucial na derrota da Akatsuki e na prevenção de uma guerra iminente, mas a experiência deixou cicatrizes profund...