Mente tão mal, finge tão mal

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Sasuke Uchiha

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Sasuke Uchiha

Sasuke estava concentrado em arrumar a mesa para o almoço de Natal, organizando cuidadosamente os pratos, talheres e copos. O aroma das sobras da ceia que estavam sendo reaquecidas na cozinha enchia o ambiente, trazendo consigo as memórias da noite anterior. Ele tentava focar na tarefa diante de si, mas sua mente estava distante, presa nas palavras que Naruto havia dito.

Te amo, simples assim.

A frase se repetia na cabeça de Sasuke, como um disco quebrado que não cessa de tocar insistentemente a mesma música. Ele se lembrava da expressão séria no rosto de Naruto, da honestidade nua e crua em seus olhos azuis. Mas suas palavras falharam, ele só pensava no quanto queria correr dali o mais rápido possível. Ainda assim foi Naruto que se antecipou, deixou-o ali, plantado, sozinho com aquela vulnerabilidade que o assustava. Até para dar no pé Naruto é mais rápido do que ele.

Sasuke fechou os olhos, soltando um tsc irritado. É um covarde, sabe disso. Não tinha ideia de como lidar com aqueles sentimentos, não quando a sua vida já estava tão complicada.

"Sas", a voz de sua mãe o chamou de volta para a realidade. Quando ele aparece, os olhos de Mikoto que estavam fixos na TV deslizam para ele, e ela lhe dá um sorriso. "Vem cá, tu precisa ver isso."

Na tela, um programa de humor mostrava uma competição de dança entre dois homens vestidos de Papai Noel, tentando imitar passos de balé desajeitadamente.

"Olha só pra eles", Mikoto comentou, rindo.

Sasuke não pôde evitar rir também, a visão na tela era absurdamente hilária, ridícula. Ele riu, uma risada genuína que ele não sabia estar segurando. Por um momento, a névoa de preocupação que pairava sobre ele se dissipou.

"Não sei o que é mais engraçado", Sasuke disse, ainda sorrindo. "Os passos de dança ou a cara que eles fazem."

De repente, a campainha tocou, interrompendo a conversa e lhe dando uma pontada no coração. Sasuke correu para atender. Ao abrir a porta, encontrou o que já esperava.

"Sas, querido!", Kushina lhe abraçou como se não tivessem se visto um dia antes. Ela era sempre tão efusiva, tão cheia de vida, um contraste divertido com a calma de Mikoto.

"Oi, tia Kushina", Sasuke retribuiu o abraço, contagiado pela energia dela.

Sem cerimônias, Kushina seguiu animadamente em direção à sala, e Sasuke pôde ouvir ao longe as vozes dela e da mãe, misturadas, e a da ruiva se sobressaindo. Era espalhafatosa. Como o filho. Sasuke segurou o sorriso.

Quando virou-se, encontrou Naruto ainda parado na porta, olhando-o significativamente, como se houvesse algo importante que ele queria dizer.

"Oi, Sas." Naruto disse primeiro, como sempre.

(Arco 1) Vício Carioca: RaízesOnde histórias criam vida. Descubra agora