Esse aperto no peito não me dá mais gosto nem de respirar

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Shisui Uchiha

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Shisui Uchiha

Shisui estava inquieto, quase abrindo um buraco no chão do apartamento enquanto andava de um lado para o outro. Essa tal operação tinha algo estranho, e ele sentia isso reverberando em seu estômago. A última conversa com Yugito apenas aumentou essa sensação. Mas ela estava prestes a chegar para lhe contar o que iria acontecer à noite, durante a operação, e esse é o verdadeiro motivo para a sua inquietação.

Mais alguns minutos e ele pôde ouvir o som das botas no corredor do prédio. Reconheceu imediatamente o som dos coturnos policiais e abriu a porta, quase no mesmo instante que Yugito entrou apressada, os olhos denunciando a preocupação.

"Shisui, não vai rolar! Fica em casa!" Começou ela, com a voz tensa.

"Nem fodendo. Eu sabia que tinha algo estranho. O que tá acontecendo?" Shisui não conseguia esconder a urgência na voz. Yugito hesitou, mordendo o lábio inferior, denunciando seu nervosismo.

"Tem coisa acontecendo por baixo dos panos... Não tô entendendo tudo, mas tenho certeza que é mais do que parece. Essa operação vai dar merda", ela afirma, um pouco ofegante pela ansiedade. Shisui se inclinou na direção dela, o olhar fixo nos olhos inquietos de Yugito.

"Yugito. Eu preciso saber."

Ela respirou fundo, claramente dividida.

"Promete que vai ficar quieto, só observando? Não se mete, Shisui, eu imploro."

Ele segurou a mão dela, apertando-a com firmeza.

"Eu prometo."

Yugito afundou no sofá, nitidamente exausta, levando as mãos ao rosto. Ela parecia tão tensa quanto ele se sentia. Seus dedos tremiam ligeiramente quando os passava pelo rosto, e Shisui a observava em silêncio.

Ele foi até o armário e, sem dizer nada, abriu-o e pegou uma garrafa de whisky já pela metade, e dois copos. Sem pressa, ele serviu as bebidas. Sua mente parecia vazia por um momento, concentrada apenas no cheiro forte da bebida e no som do líquido âmbar preenchendo os copos.

Ele se aproximou e ergueu um dos copos para Yugito. Ela levantou o rosto para olhar para ele, eles se encaravam, mas não diziam nada. Talvez não houvesse mais nada a dizer.

"Eu prometo, Yugi", Shisui repetiu mesmo assim, com mais ênfase dessa vez. Queria certificar que ela confiaria na palavra dele. Com um longo suspiro, ela pegou o copo de whisky de sua mão e, hesitando apenas por um segundo, deu um gole generoso na bebida.

Mais tarde naquela noite, Shisui estava posicionado nas sombras, do lado de fora de um galpão antigo na periferia do morro. Yugito o confidenciou que o lugar é um dos pontos de distribuição da AKA, onde guardavam a maior parte das drogas que vendiam. Tudo ao redor estava quieto demais, o que só aumentava a sensação de que algo grande estava para acontecer. Ele se escondeu atrás de um empilhamento de caixotes, de onde tinha uma visão clara da entrada do galpão. Lá dentro, luzes fracas iluminavam os corredores formados por pilhas de caixas e sacos cheios de entorpecentes.

(Arco 1) Vício Carioca: RaízesOnde histórias criam vida. Descubra agora