Itachi Uchiha
O vento assobia nos ouvidos de Itachi enquanto ele e Kisame descem pelo céu, presos apenas à gravidade e à fina camada de tecido que os separa da queda livre. O solo se aproxima rapidamente, uma mistura caótica de vegetação densa e terra firme. A adrenalina pulsa através da veia do Uchiha, um eco da recente ação que alterou o destino do seu país.
O paraquedas desacelera a queda, mas o choque com a realidade é inevitável. Está feito, ele pensa enquanto seus pés tocam o solo colombiano com um leve solavanco. Seus olhos analisam rapidamente o lugar.
Há árvores altas e plantas rasteiras para qualquer lugar que olhe. Agora, a luz dourada do fim de tarde pinta o céu com tons quentes e sombras alongadas. Ele não consegue ouvir nada, senão o canto dos pássaros, que voam entre as árvores.
Eles levam um bom tempo para se desvencilhar das cordas dos pára-quedas, que ficaram presos em meio aos galhos das árvores mais altas. Eles tentam, de alguma forma, destrancá-los – mas é em vão. Então, Itachi decide que é melhor que outra pessoa lide com isso em algum outro momento.
"A gente precisa achar os caras do Danzou" Kisame avisa, olhando em volta. Ele tira o casaco do uniforme de segurança e o joga por cima do ombro.
Está quente, e Itachi sabe que a temperatura pode cair drasticamente durante a noite, mas decide não tirar o casaco. Não sabem quem pode estar esperando por eles, muito menos o que foi combinado. Podem estar indo para uma armadilha, e, por consequência, para a morte – ou podem estar indo para um acampamento pacífico onde passariam a noite e comeriam churrasquinho, como um camping de férias.
Ele suspira. "E se construíssemos uma cabana e vivêssemos na floresta como nômades?"
Kisame ri, prendendo os dreads no topo da cabeça em um rabo de cavalo desajeitado.
"Uma boa ideia, senão pelo fato de sermos procurados."
"A gente tá fodido mesmo."
Então, em uma decisão mútua que não precisa de palavras para se firmar, eles decidem se afastar do local de queda dos paraquedas. Caminham entre as árvores, inconscientemente atentos a qualquer som diferente dos pássaros e do mato que se quebra ao pisarem.
Poucos minutos depois, ouviram um boom altíssimo, e o chão tremeu sob seus pés. Isso só poderia significar uma coisa: o avião havia tido um pouso mal sucedido e todos morreram. Bem, já estavam mortos antes disso, mas a sensação se tornava cada vez mais real.
Itachi sente na pele das mãos a sensação do metal da arma como se estivesse segurando-a neste momento. A partir de agora, uma investigação se iniciaria. Assim que consultassem a quantidade de corpos, perceberiam que duas pessoas estão desaparecidas, e começariam a ligar os pontos. Seriam considerados assassinos? Sobreviventes? Itachi não sabia ao certo.
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(Arco 1) Vício Carioca: Raízes
FanfictionAs ruas caóticas do Rio de Janeiro são feitas de muito mais além de funk, cerveja e barzinhos. Em meio à desafiadora passagem da adolescência para a vida adulta, Naruto e Sasuke encontram-se em uma encruzilhada. Enquanto lutam por seus ideais e busc...