Deixa eu quebrar o gelo do seu coração

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Sasuke Uchiha

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Sasuke Uchiha

O cheiro de maconha foi a primeira coisa que ele notou quando Deidara abriu a porta. O loiro o recebeu com um sorriso de orelha à orelha e dois copos de caipirinha gelada em mãos. O ambiente atrás dele estava envolto de uma neblina suave, provavelmente resultado da fumaça de cigarros e vapes.

"Eu vim", Sasuke disse.

"Até parece que não viria, irmão" Deidara tinha a voz arrastada de quem tinha fumado alguns baseados. Ele sorriu mais aberto, passando um dos braços por trás das costas do Uchiha e guiando-o para dentro da casa.

Sasuke se sentiu um pouco deslocado, evitando olhar para as dezenas de pessoas que se aglomeravam no interior daquela casa, sentindo a timidez corroer no peito.

"Aqui tá mó calorzão de baile, vamos lá pra fora", Deidara lhe disse.

Sasuke não demonstrou nenhuma resistência, passando pelos corredores da casa – que pareciam não ter fim – até que alcançaram uma porta de vidro e passaram por ela.

Seu corpo congelou e ele achou que suas pernas poderiam falhar a qualquer momento. Apenas a uns cinco passos dele, um garoto ruivo, que vestia uma camisa branca de botão aberta e tinha uma tatuagem em formato de monstro na barriga, tinha um fuzil pendurado no ombro.

Céus, ele realmente tinha se metido em um lugar perigoso.

"Ih, pombinho, relaxa aí", Deidara sussurrou ao seu lado, "Geral não vai muito com a cara dos bope, tá ligado? Fica suave, não dá bandeira não." Se essa era a forma que ele tinha encontrado para fazer Sasuke relaxar, bom, tinha sido péssima.

No entanto, ele poderia ficar ali, se cagando de medo... Ou poderia fazer como os pinguins de Madagascar: sorrir e acenar.

"Tô suave", Sasuke respondeu, pegando o copo de caipirinha e dando três longos goles. E porra, estava gostosa! Doce como suco de limão. Ele soltou um 'ah' de alívio depois de tomar, fazendo o loiro sorrir satisfeito.

"É, isso aí" Incentivou, rindo.

Tranquilo não seria a palavra exata para definir Sasuke nesse momento, mas, ao menos, estava respirando. Então, permitiu-se olhar ao redor, e não focar no ruivo do fuzil. No centro do pátio da casa, havia uma piscina – com algumas pessoas dentro, que também bebiam – alguns guarda-sóis presos em mesas junto a cadeiras em volta da área. Ao fundo, ele reconheceu a mesma vista da foto de Deidara na piscina, postada no Instagram.

Haviam muitas pessoas, e muitas mulheres também. Não que ele tenha sentido algum pingo de interesse, mas percebia, com o canto dos olhos, alguns amassos aqui e ali. Era definitivamente uma festa. Diferente das outras que ele já tinha visto, principalmente pelo fato de que andar armado não é algo estranho.

Era como uma colisão de mundos, onde festividade e perigo pareciam coexistir de maneira bizarra.

O loiro seguiu com Sasuke até um grupo de pessoas que, para a sua sorte, não estavam perto do ruivo do fuzil. Não que esse seja o único problemático do lugar, afinal, Sasuke viu pelo menos outras três pessoas carregando pistolas e revólveres. O Uchiha tomou mais alguns goles, sentindo a queimação do álcool, uma espécie de anestesia para a realidade perigosa que o cercava.

(Arco 1) Vício Carioca: RaízesOnde histórias criam vida. Descubra agora