Itachi Uchiha
Itachi estava exausto. As horas se arrastavam dentro daquele caminhão sufocante, e ele mal conseguia distinguir um dia do outro, tomado por uma monotonia desesperadora, onde a única certeza era a sensação constante de fome e sede, saciadas apenas por raras paradas para se alimentar de uma espécie de ração para humanos, de gosto duvidoso.
Quando o zumbido do motor finalmente parou, Itachi e Kisame trocaram um olhar de cansaço e resignação. Em poucos instantes, a abertura da caçamba do caminhão trouxe um clarão repentino, quase cegante, quando Hidan apontou a lanterna diretamente para seus rostos.
"Porra, tira essa merda da minha cara", Kisame resmungou, também afetado pela luz.
"Chegamos, rapazes", Hidan anunciou com um sorriso digno de um palhaço, enquanto colocava a luz sobre o próprio rosto, parecendo ainda mais sinistro do que o comum. "'Tamo quase lá! Ahhh!!", ele se espreguiçou, claramente satisfeito consigo mesmo, enquanto Itachi tentava pular do caminhão, sentindo cada músculo e osso doerem pela postura incorreta e pelo confinamento prolongado. "Animados?"
"Cala a boca", Kisame parecia impaciente enquanto também descia do caminhão, parando ao lado de Itachi.
Uma vez do lado de fora, o Uchiha pôde sentir imediatamente a diferença. Ao redor, a escuridão era densa, apenas quebrada pela luz tênue das estrelas e da lua. O ar estava úmido e carregado com o cheiro característico da floresta tropical, uma mistura de terra úmida, mata fechada e vida pulsante.
"Vamo' logo", Hidan abana as mãos, pedindo para a dupla acompanhá-lo.
Foi então que, caminhando até a frente do caminhão, parado diante deles, Itachi viu: um tanque do Exército Brasileiro, com quatro homens armados até os dentes, trajando a farda característica em tons de verde.
Quando os militares também entram no campo de visão do Samehada, ele congela ao lado do parceiro, levando a mão até a cintura, onde estava o coldre da própria arma. O coração de Itachi parecia querer saltar do peito, enquanto ele tentava controlar a respiração e manter a calma. É claro que a movimentação de Kisame não foi percebida apenas pelo Uchiha, e um dos soldados aponta o fuzil em sua direção.
"Ei!", ele grita, mas Hidan já está assumindo a frente, com as mãos ao alto.
"Uau, esse fuzil parece de última geração! Ele faz cafézinho também?", questiona.
Itachi fecha os olhos com força, mal acreditando no comportamento totalmente retardado do comparsa.
"Tá maluco?" O militar que parece dar ordens nos restantes se manifesta, e os outros soldados ergueram os fuzis em direção a eles. Itachi agiu imediatamente, levantando as mãos em sinal de rendição. Ele olha para Kisame, que tem os olhos arregalados e a mão ainda no coldre.
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(Arco 1) Vício Carioca: Raízes
FanficAs ruas caóticas do Rio de Janeiro são feitas de muito mais além de funk, cerveja e barzinhos. Em meio à desafiadora passagem da adolescência para a vida adulta, Naruto e Sasuke encontram-se em uma encruzilhada. Enquanto lutam por seus ideais e busc...