Em "Sons da Paixão," seguimos a jornada de Nina Garcia, mais conhecida como Nina G, uma jovem rapper de 22 anos que conquistou o cenário musical internacional com seu estilo único e letras poderosas. Durante uma turnê no Brasil, Nina se depara com J...
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Era um dia ensolarado na Vila Olímpica, e o clima estava eletrizante. Eu estava lá, no ginásio, esperando a competição da Julia. A equipe dela estava prestes a subir ao tablado, e a adrenalina corria nas minhas veias. Eu não queria perder a chance de vê-la brilhar, mesmo que isso significasse enfrentar o olhar hostil das meninas.
Enquanto a competição rolava, a energia no ginásio era palpável. As equipes competiam com garra e paixão, mas eu só tinha olhos para Julia. Ela se movia com tanta graça e habilidade que me deixou sem fôlego. A equipe dela, com os uniformes coloridos, parecia uma sinfonia em movimento. E quando anunciaram que elas ganharam o bronze, um grito de alegria escapou dos meus lábios. As meninas se abraçaram, rindo e comemorando, mas eu estava mais do que animada — estava apaixonada.
Assim que a competição acabou e o ginásio começou a esvaziar, decidi que era hora de parabenizar Julia. Sabia que as meninas não eram minhas maiores fãs, mas isso não ia me impedir. Minha roupa era um reflexo do meu estilo: uma camisa oversized com estampa de grafite, calças largas que caíam até os tênis brancos e uma bandana amarrada na cabeça. Eu parecia saída de um clipe dos anos 90, com aquele jeito de rapper que tanto adorava.
Com o ginásio vazio e as meninas ainda lá, peguei coragem e fui em direção a elas. Julia estava sorrindo, a medalha brilhando no pescoço dela, e as outras estavam ainda celebrando, embora com um olhar desconfiado.
— Oi, medalhista! — eu disse, com um sorriso largo. — Parabéns pela conquista! Você arrasou lá em cima!
Julia virou-se, os olhos brilhando. — Obrigada, Nina! Você veio!
As meninas fizeram caras de desgosto, claramente não satisfeitas com a minha presença, mas eu não liguei. — E não se esqueçam das suas medalhas também! Vocês foram incríveis! — dirigi-me a todas, tentando suavizar a tensão.
Flávia, com os braços cruzados, apenas revirou os olhos. — Não precisamos da sua aprovação, Nina.
— Calma, gata. — Eu brinquei, piscando para Flávia. — Tô aqui só pra espalhar boas vibrações.
As outras meninas trocaram olhares e se afastaram um pouco, claramente desconfortáveis com a situação. Mas eu só queria me concentrar em Julia.
— E aí, o que você vai fazer agora? — perguntei, dando um passo mais perto, tentando conquistar o espaço dela.
— Não sei, provavelmente vou relaxar e... — Julia hesitou, olhando para as amigas, que estavam claramente me encarando com hostilidade.
— Relaxar? Isso não é muito divertido. Que tal a gente comemorar? — eu disse, tentando fazer com que ela risse. — Você merece mais do que uma soneca depois de arrasar na competição.
— Comemorar como? — ela perguntou, um sorriso tímido se formando nos lábios.
— Ah, sei lá, uma festinha só para nós duas, ou um rolê pela cidade. — Flertar era um jogo que eu adorava, e estava jogando todas as minhas cartas. — A gente pode comprar uma pizza, e eu te levo para um lugar onde a vibe é boa.
