113 - Solitário, outra vez

4 1 0
                                    


(Capa do Capítulo)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

(Capa do Capítulo)


I love everything Fire's spreading all around my room My world's so bright It's hard to breathe But that's alright (Hush)

Cradles – Sub Urban


Kauan sentiu algo quente e pinicante atingindo o seu rosto, ele abriu os olhos lentamente e se deparou com um teto branco, coçando os olhos, o lobo azul se senta na cama, seu olhar vaga por um cômodo diferenciado.

O teto e as paredes eram pintadas de branco, ele estava sentado em uma cama de solteiro encostada na parede virada para a rua, um tapete azul circular estava posicionado no meio do quarto, há meio metro de distância da cama havia uma escrivaninha com uma pequena cômoda ao lado.

Kauan se levantou ainda um pouco dormente e caminhou até a mobília, em cima da escrivaninha haviam vários porta lápis cheios de canetas, canetinhas hidrográficas, lápis de escrever e lápis de cor, toquinhos de borracha e apontadores das mais diversas cores e tipos, no centro havia uma resma de papel branco, nada foi escrito ou desenhado.


*Kauan – Esse lugar...é um tanto quanto...familiar... – Por instinto, ele pega uma caneta esferográfica e escreve o seu nome.


Ele deixa a caneta em cima da folha, seu olhar percorre o quarto até a porta aberta de repente suas narinas captam um cheiro no ar, um cheiro que rapidamente despertou a sua barriga que começou a roncar implorando por comida. Kauan decide seguir o cheiro, ele sai do quarto e caminha pelo corredor de paredes brancas, na parede do lado direito haviam vários retratos e quadros, os que estavam na foto estranhamente não tinham rostos, estavam sem olhos, focinho e boca, apenas com um rosto liso e estranho.


*Kauan – Ok...isso tá muito estranho... – Um arrepio corre pela sua espinha, seu corpo treme enquanto ele caminha e encara a série de quadros na parede.


Ao chegar no pé da escada, Kauan toca no corrimão e desce em passos apressados, tinha a impressão que algo o encarava, é como se suas costas estivessem pegando fogo, era quente, porém indolor. Kauan pisa no térreo, continua segue o cheiro maravilhoso e chega na cozinha, para sua surpresa não havia ninguém lá, além da frigideira que cozinhava sozinha, ele se aproximou daquela estranheza, pegou no cabo da frigideira e viu que dentro havia uma panqueca.


*Kauan – Espera, eu sei onde eu tô... – Ele gira no próprio eixo lentamente. – É a casa do Jackson!! Mas, o que diabos eu tô fazendo aqui? Eu tô sonhando?!


Kauan solta a frigideira e desliga o fogão, o som cessou, deixando apenas o silêncio fúnebre reinando os quatro cantos daquela singela casa. A barriga continuou a roncar, mas com dúvida na sua noção de realidade, ele optou por pegar a panqueca e colocar em um prato já posto na mesa, ele se senta e começa a comer com uma sensação estranha arrepiando os pêlos do seu corpo.

O Lobo SolitárioOnde histórias criam vida. Descubra agora