5 - Meu doce carrasco...

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(P.V Kauan)


Após jantar no refeitório, Flipy decidiu me mostrar mais da escola, estavamos na parte em que ele explicava sobre os locais em que muitos adolescentes usavam para usar drogas, beber, transar e conversar.


Flipy – E é por isso que muitos de nós acabamos vindo para trás da escola, já que é um bom lugar para transar.

Kauan – Entendi. – Reviro os olhos em um protesto silencioso. Eu só queria andar por aí e não ficar sabendo qual o melhor lugar para transar aqui!!!

Flipy – Ah!!! Puta que pariu!!!! – Acabo me assustando de forma repentina, é normal esses ataques de susto do nada?

Kauan – Que foi cara? Cê tá bem?

Flipy – Lembrei que tenho que fazer um negócio aí. – Ele se vira e começa a correr, faço o mesmo.

Kauan – Como assim? Pera, o que você vai...

Flipy – Coisas pessoais!!! – Do nada ele pula e começa a correr sobre as árvores, paro de correr e o encaro cada vez mais se separando de mim. Merda, vou ficar sozinho de novo.


Tá, não vai adiantar nada eu ficar correndo atrás dele, ainda mais que eu sou grande e velocidade mais agilidade não é o meu forte. Me viro e decido explorar a escola sozinho.


(P.V Kauan, acabou)


(P.V Ryan)

Pois é, surpreendentemente, é hoje que eu volto para casa, já estou no avião e ouvindo as músicas que baixei no meu Spotify, enquanto meu pai, minha mãe e minha irmã chata estão sentados ao meu lado nas outras três poltronas do lado esquerdo.

Se eu vou aproveitar esse momento para refletir? MAS É CLARO!!!! Bom, por onde posso começar? Acho que pelo começo mesmo. Após a minha conversa com a Leticia, percebi que é totalmente normal se descobrir, o negócio é como falar para os outros. Eu sei que minha família não vai me apoiar em nada, já que ela é bem religiosa e quando eu digo "bem religiosa" não é pouco não. Para ter uma noção, eles acreditam que qualquer coisa relacionada a morte por doenças, eles dizem que "O Superior está furioso conosco então precisamos orar para não morrermos!!" e pelo visto, eu entro nessa mesmo eu sabendo que isso não é verdade. Em outras palavras, é uma merda isso. Até minha prima por parte materna concorda comigo, minha irmã coitada, mal pode ser livre por causa disso, mas não vou me estender muito porque política, sexualidade e religião não se discute.

Pelo menos é a familia por parte de mãe, por parte de pai é melhor, não é a toa que os membros mais extravagantes da família vem dali. Meu pai é mais de boa, mas minha mãe com certeza não. Então estou metade ferrado e metade não.

Outra coisa que preciso fazer é a ficha do meu personagem pro Rpg da Leticia, que eu saiba, vão ser mais jogadores dessa vez, contando com o nosso grupo e os novos, catorze jogadores. Resumindo, vai ser muita gente, espero que a gente consiga sobreviver até o fim já que de acordo com ela, as coisas estão mais difíceis dessa vez. Matar os sete pecados capitais e perder cinco integrantes foi foda, imagino agora.

Quando eu chegar em Manaus, vou ligar imediatamente para o Kauan e perguntar se podemos nos encontrar. Eu realmente preciso falar muito com ele.


(P.V Ryan, acabou)


(P.V Leticia)


O Lobo SolitárioOnde histórias criam vida. Descubra agora