87 - Tempestade sombria

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30/03/2017 – 20:13 da noite


(P.V Max)


Eu e Carlos enfim chegamos na casa do nosso amigo Levanda, é uma casa um pouco modesta, dois andares, janelas cobertas por cortinas, uma soleira de madeira com três degraus para acessar, uma grande árvore ocupava o jardim da frente, seus galhos cheios de folhas cobriam a janela do lado esquerdo.

Subimos na soleira e toco a campainha, ouvimos passos apressados, a porta se abre e o touro atende, não mudou nada nesses últimos anos fora o fato de que ele está com um pouco de fios grisalhos nos cabelos.


Max – Levanda, e aí? De boa?

Levanda – Tudo ótimo amigo!! – Carlos e eu cumprimentamos nosso velho amigo e entramos em sua casa, ele tranca a porta e nos pede para ir até a cozinha. – Então, vão ficar aqui por quanto tempo?

Max – O tempo necessário.

Carlos – É, de acordo com ele, os casos de São Paulo estão muito fáceis então ele veio para tentar se animar de novo.

Levanda – Viciado em casos como sempre né?

Max – O que posso dizer? É a minha droga. – Rimos. – E aí? Cadê a Cherry?

Levanda – No trabalho, ela deve voltar lá pela madrugada.


Nos sentamos na bancada, ele serve três copos com água, fizemos um brinde aos velhos tempos, bebemos e ele começou.


Levanda – Então...por onde começo?

Carlos – Você conhecia o desaparecido certo?

Levanda – Sim, ele era um cliente frequente na loja. Apesar de meus clientes serem homens experientes que buscam tentar ser elegantes, ele era como...um ganso entre os patos, tem 21 anos e ele foi lá para ver algo para um evento importante que ele teria nos Estados Unidos, pelo que ele falou, algo com a empresa "Vox Colar".

Max – Ah, a famosa empresa de colares...espera, então ele é um...empresário?

Levanda – Provavelmente sim ou estagiário de um, mas nada muito importante sabe...ele até apareceu outras vezes, mas tinha sempre outro objetivo.

Carlos – Eram visitas frequentes tipo...de quanto em quanto tempo?

Levanda – A cada duas semanas. Foi assim durante quase um ano. Até cogitei a perguntar algo sobre isso porque ele tinha terno e tals, por que ele ficaria comprando outros, isso é muito estranho.

Max – Sim, além disso, algum funcionário na sua empresa conversava com ele além de você mesmo?

Levanda – Não. Ele vinha comigo exclusivamente.

Max – Entendi...

Levanda – Mas um dia...eu descobri uma coisa. Um dos meus funcionários, o Kioro, no caso, ele descobriu algo sobre o tal híbrido, seu nome é Jones Pacheco, nascido em 1992 em Brasília, ele trabalhava como agente duplo para a polícia de Brasília, mas é somente isso que descobrimos.

Max – E como o Kioro descobriu isso?

Levanda – Com o Taiko.

Max – Porra...

Carlos – Espera, o Taiko, Taiko? O lobo guará patinador que tem uma maldição dentro de si?

Levanda – Esse mesmo...

O Lobo SolitárioOnde histórias criam vida. Descubra agora