35 - Zoolu x Eugênio de Queiroz

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(P.V Fernando)


(Para Fernando,

Oi Fernando, tudo bem? Sou eu, o seu primo, sei que é muito do nada eu te mandar uma carta assim, mas era a única forma, já que o meu celular quebrou. Bom, vim avisar que eu estou indo aí ver você, soube também que você vai ter o jogo de futebol e eu vou assistir sim, se estiver namorando alguma garota, estarei disposto a conhecê-la, no mais é isso e até logo!!

Assinado: Gaspar)


Li e reli a carta várias vezes tentando provar para mim mesmo que só é uma fake news, mas quem eu quero enganar né? Meu primo Gaspar, ele é o primo com quem eu tive mais contato na minha vida está vindo me ver, isso é bom? É, é bom, tirando o fato que ele não sabe que eu sou gay e de brinde é religioso.

Gaspar decidiu ser padre e para isso foi para o Vaticano, ele queria fazer isso porque foi uma promessa da mãe dele, no caso, minha tia, que se o meu tio sarasse da doença terminal, seu filho irá se tornar padre. Resultado: Meu tio foi curado e meu primo foi virar padre. Juro, aonde eu li isso mesmo?

Dobrei a carta e guardei-a no bolso da bermuda do uniforme de futebol, agora, cá estou eu, esperando que ele apareça e preparando meus ouvidos para as palavras religiosas que ele vai trazer para mim.

Eu devia estar treinando para o jogo, mas essa carta me fez vir para o portão do internato para recebe-lo. Pego meu celular que estava desligado e ligo ele, imagino que vão ter várias chamadas do Reinard e talvez de alguém do time de futebol, já que abandonei o meu namorado hoje cedo por causa disso e o time também. Enquanto meu celular ligava, uma voz me chamou.


- Fernando!!! – Levanto cabeça e olho para o cara que eu jamais iria querer nessas horas. O cabelo preto estilo militar, olhos verde-claros e o uniforme de futebol do colégio Eugênio de Queiroz.

Fernando – Aiden, o que diabos você está fazendo aqui? – Questiono o Dobermann que se aproximava de mim.

Aiden – O que você acha? – Aiden entrelaça seus braços na minha cintura me puxando para perto de si e nossos lábios se tocaram, sentir seu corpo era algo diferente, pois fazia tempo que eu não via ele, tipo...um ano, mas eu sou um cara fiel.


Rapidamente o empurro para longe, assim acabando com aquele momento romântico de merda, Aiden me encara incrédulo.


Aiden – O que foi Fernando?

Fernando – Deixa eu adivinhar, veio me ver na esperança de transar comigo e descobrir algo sobre o nosso jogo contra vocês? Pois é, pode ir esquecendo cara, eu namoro.

Aiden – VOCÊ?! Namorando?! Hahahahaha!!! Conta outra cara, você é literalmente um gigolô que trabalha de tempo integral!! Que merda hein!!

Fernando – Mas é a verdade e lembra o que eu disse? Eu nunca mais quero ver você seu desgraçado!!!

Aiden – Olha, aquilo foi só uma vez tá, eu estava bêbado e...tudo pode acontecer quando você está bêbado.

Fernando – Então quer dizer que só porque eu peguei você pegando dois garotos na porra da festa da Krissy, quer dizer que é normal porque cê estava bêbado?! Ahhhh!! Conta outra porra!! Nem bêbado você estava para falar a real, as minhas testemunhas viram que você não estava bebendo na festa e sabe o porquê? Se você bebe, você vômita!!!

Aiden – Tá, tá, você me pegou, eu não estava bêbado naquela vez, mas qualé cara, quem liga para isso ainda?

Fernado – Eu. Eu ainda estou puto com você por causa do ocorrido e além disso, porque veio correndo até mim? Você não tem o Milo para chupar o teu pênis?

O Lobo SolitárioOnde histórias criam vida. Descubra agora