115 - Ruínas próximas

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(05/08/1983 – 4º conflinto entre normais e híbridos)


Um Emetério criança se levanta do chão de asfalto, uma superfície quente e dolorida, ao seu redor está tudo branco, seu olhar se fixa na loba cinzenta bonita e esbelta na sua frente, "Mãe...", ele tenta dizer, mas não emite som, está calado.

A loba sorria, seus cabelos castanhos ondulados e cheirosos balançavam no vento, usava um casaco cor de rosa feito de lã, saia rosa-escuro e sapatilhas brancas. quando ela fechou os olhos, Emetério criança viu a sua amada mãe caíndo no chão feito um manequim, em suas costas havia um machado.

Uma grande sombra de orelhas pontudas surgiu caminhando, é um lobo cinzento, ele tira o machado das costas, o corpo se mexe um pouco, a loba ainda está respirando.


Lobo – VOCÊ É UMA VADIA IMUNDA!! – O machado é erguido e desce na lombar, destruíndo a coluna de mesmo nome.

Loba – AAAHHHHHH!!! – Ela chora e grita de dor, o sangue se espalha pelo casaco cor de rosa, ainda está viva para sofrer mais


O Emetério criança tenta correr até ela, mas não consegue, está preso no chão por algo invisível. O lobo cinzento alto se ajoelha atrás dela, os ouvidos da criança captam o som do zíper da calça sendo aberto, as mãos grandes viram o cadáver de barriga para cima e afastam as pernas.

A saia foi retirada junto com a calçinha, um filete de sangue escorria da lateral esquerda da boca da loba, o lobo se aproximou, tirou a camisa social em um rasgo, passou o focinho pela barriga, como se cheirasse pó, ao se erguer, ele inspirou fundo e soltou um longo suspiro de satisfação. Ele tira sua camiseta que boia na poça de sangue ao redor do corpo, a língua se projeta para fora e vaga pela barriga, chegando aos seus seios fartos, mordiscou e lambeu como uma forma de purificar aquele corpo.

Ao se erguer de novo, ele coloca a camiseta encharcada de sangue sobre o rosto da vítima desmaiada, Emetério criança viu a ereção daquele macho roçar na parte íntima de sua amada mãe, ele tentou fechar os olhos enquanto chorava, mas não conseguiu, era como se uma força invisível o impedisse de não ver aquilo.

O lobo abaixou as pernas da loba, tentou a primeira, mas errou, porém conseguiu na segunda vez, enfim estava conectado com ela, ele titubeou por uns minutos, mas decidiu continuar o ato hediondo e nojento. Para ele, seja viva ou morta, as fêmeas que tenham tido relações com um macho que não é da sua espécie merecem ser purificadas, para ele, a alma levava um tempo para ir para o inferno, o tempo necessário para uma purificação.

Os sons dos gemidos mórbidos e das estocadas se prolongaram, o lobo cinzento ia e voltava, a loba desmaiada se mexia como uma boneca de pano, o pau ereto violava o jardim de carne, ele agarrou as pernas e começou a estocar mais forte, Emetério continuou a chorar em silêncio.

Ao dar a última estocada, que transbordou dentro dela, ele tira o pênis, se levanta, pega o machado e finaliza o serviço, decapitando em um golpe a cabeça da loba, que morre na hora.


(P.V Emetério)


Emetério – AHHHHHHHH!!!!! – Acordo de repente, meu corpo está tremendo, que merda... – Mã-mãe?!


Por-por que eu sonhei com aquela...merda de lembrança? Olho para as cortinas do meu quarto estão afastadas, da janela, vejo os prédios e a noite estrelada, ouço o barulho de alguns carros do lado de fora, me levanto da cama e vou até ela, apoio os cotovelos e observo a movimentação lá embaixo. O ruim de morar no centro é o cheiro de merda que vem do esgoto e os barzinhos que ficam abertos até umas três ou quatro horas da manhã tocando música sertaneja, eu não tenho nenhum problema com a letra, porém eles botam em um volume alto pra caralho!!

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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