Vínculos do Amanhã: O Encontro de Destinos.

Capítulo 10

❦ ════ •⊰ Harry Pov ⊱• ════ ❦

Harry estava ainda tentando processar a conversa com Kingsley quando sentiu uma mão no ombro. Ele se virou para encontrar os olhos de Draco, que, apesar de parecer exausto e ferido, estava de pé ao seu lado, sua expressão agora mais suave, quase cautelosa.

- Potter... - Draco começou, sua voz mais baixa do que o habitual, carregada de uma sinceridade que Harry não costumava ouvir nele. - Olha, sei que você está furioso com tudo isso, e com razão. Mas você precisa se acalmar. A última coisa que precisamos agora é de mais explosões de poder descontrolado. - Ele fez uma pausa, seus olhos cinzentos encontrando os de Harry. - Precisamos de você com a cabeça no lugar.

Harry respirou fundo, sentindo a tensão nos músculos do pescoço e dos ombros começar a relaxar ligeiramente. Havia algo na voz de Draco, uma urgência que não era apenas pelo bem de sua família, mas pelo próprio Harry. - Eu sei... - Harry murmurou, os olhos ainda fixos no chão. - Eu sei que preciso controlar isso, mas... é difícil. Quando vi você ser atacado... - Ele não terminou a frase, mas a raiva e o medo que ele sentiu no momento ficaram claros no silêncio que se seguiu.

Draco assentiu, compreendendo sem palavras. - Eu entendo, mas isso não vai nos ajudar agora. - Ele olhou para os Comensais caídos ao redor, alguns deles amarrados e outros desacordados. - O importante é que todos estamos vivos. Vamos garantir que continue assim.

Lucius Malfoy se aproximou dos dois, sua expressão fechada, mas seus olhos estavam focados em Harry, avaliando-o com cuidado. Ele deu um breve olhar para Draco antes de se dirigir a Harry.

- Potter... Harry, - Lucius começou, sua voz controlada, mas havia uma urgência por trás de suas palavras. - Eu preciso que você entenda algo. Esta noite não foi um ataque comum. Eu suspeito que houve uma manipulação, uma armadilha para nos pegar desprevenidos. - Ele olhou em direção a Kingsley, que estava discutindo com os aurores ao longe. - A segurança da nossa casa estava sendo monitorada. Em teoria, deveriam haver aurores vigiando a mansão constantemente, especialmente enquanto aguardamos o julgamento. Mas de alguma forma, os Comensais sabiam exatamente quando atacar, como se tivessem sido informados de que estaríamos desprotegidos.

Harry franziu o cenho, as palavras de Lucius começando a fazer sentido. - Você acha que Kingsley ou alguém do Ministério armou isso?

Lucius respirou fundo, hesitante. - Não posso afirmar com certeza, mas é uma possibilidade que não posso ignorar. Eles podem querer nos eliminar antes do julgamento, ou pior, expor nossa fraqueza para desestabilizar a confiança em nossa família. - Ele fez uma pausa, olhando diretamente nos olhos de Harry. - É por isso que preciso de você como guardião do segredo. O Feitiço Fidelius é a única maneira de garantir que nossa localização permaneça completamente oculta. E, francamente, você é a única pessoa em quem confio o suficiente para isso.

Harry considerou as palavras de Lucius, sentindo o peso da responsabilidade que estava prestes a assumir. - Você tem certeza disso, Lucius? - perguntou Harry, sua voz firme mas cautelosa. - É uma grande responsabilidade, e se o Ministério descobrir...

- Eu sei, - interrompeu Lucius, sua voz sombria. - Mas eu não confio em mais ninguém. Você tem a força e o caráter necessários para isso. Mais importante, você não tem segundas intenções. Preciso saber que minha família estará segura, e você é a melhor chance que temos.

Harry assentiu lentamente, sentindo a magnitude do que estava sendo pedido. - Tudo bem. Eu farei isso. Mas precisamos agir rápido.

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Enquanto Harry e Lucius conversavam, Blaise, que ainda estava próximo a Ron, não conseguiu resistir a uma última provocação. Ele se aproximou de Ron com um sorriso astuto no rosto.