Verdades reveladas

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May online:

  No início da tarde, o pátio da escola estava quase vazio. As aulas da manhã haviam acabado, e eu permaneci ali, com uma determinação firme no olhar. Eu não precisava de ninguém. Zenitsu não estava presente, e eu queria resolver aquilo sozinha, cara a cara com Kaigaku. 

  Ele, com aquele sorriso arrogante, estava encostado em uma parede, ainda se achando superior a todos. Quando me viu se aproximando, logo percebeu que algo estava diferente. "Vai continuar defendendo o covarde do Zenitsu?" ele disse, com desdém. Eu não respondi, apenas o encarei, focada. Não precisava de palavras. Quando tentei dar o primeiro soco, Kaigaku,  bloqueou com facilidade. Ele sorriu, confiante de que a luta seria fácil. "É só isso?" ele zombou, achando que já tinha ganho. Mas eu não iria desistir tão fácil.

  A raiva que eu sentia era intensa, cada golpe que desferia carregava todo o ódio e desprezo que eu tinha por ele. Tentei golpeá-lo novamente, e embora Kaigaku se esquivasse com rapidez, a minha frustração só aumentava. Sem pensar duas vezes, bati nele com força, uma, duas, três vezes, até que ele cambaleou para o lado. Eu já sentia o controle escapar por entre os meus dedos, quase deixando a raiva tomar conta completamente de mim. 

   Sem hesitar, Kaigaku tentou me atacar de novo, mas eu bloqueei com facilidade e o empurrei com força contra a parede mais próxima. Cada vez que eu o atingia, sentia o peso da minha fúria nos meus punhos, pronta para explodir a qualquer momento. Por pouco não me descontrolei. Parte de mim queria continuar, queria ver ele no chão, derrotado, humilhado. O ódio pulsava em minhas veias, mas eu sabia que, se passasse daquele limite, não haveria volta.

"Isso é pelo Zenitsu," eu disse, com a voz tensa, encarando Kaigaku com um olhar carregado de ira. Ele tentou se levantar, ofegante e cheio de raiva, mas o medo agora estava presente nos seus olhos. Sabia que, por pouco, eu não tinha perdido o controle e o destruído completamente. Kaigaku, humilhado, se afastou, tentando manter a pouca dignidade que ainda tinha. Fiquei ali, vitoriosa, mas silenciosa, sem se gabar. Eu apenas fiz o que precisava ser feito a muito tempo.

May: Viu como é horrível ser humilhado por alguém? Vê se aprende alguma coisa com isso! - tinha me ajoelhado, ficando na mesma altura que Kaigaku que estava apoiando as costas na parede sentado no chão. Não subestime ninguém! - estendi a mão e ajudei ele a se levantar.

   Um tempo depois, na hora de todos irem embora no horário correto, quando Zenitsu soube do que aconteceu, seus olhos ficaram surpresos e cheios de gratidão. Ele não estava lá no momento da luta, mas agora sabia o que eu havia feito por ele. 

Zenitsu: M-May? Eu nem acredito... - acho que nem ele mesmo sabia expressar o que ele tava sentindo só com palavras! Ele me deu um abraço beeem apertado.

May: Acredite! Promessa cumprida! - retribui o abraço. Tá agora chega de abraços! 

Zenitsu: Eu não sabia que você lutava! - me acompanhou andando indo direção da sala da Yuki.

May: É só algumas coisas que a minha mãe me ensinou! Fiz tudo desajeitado provavelmente, mas eu tentei! É o que importa! - chegamos na sala da Yuki.

Yuki: Olha que novidade, saiu da sala no horário! Oii Zenitsuu! - deu um baita abraço nele.

Zenitsu: Yuki!! - retribuiu o abraço. 

Yuki: Zenitsu, você viu o que vai ter na semana que vem no sábado?  - ela estava bem empolgada.

Zenitsu: É aquele negócio de literatura? 

Yuki: Sim! Exatamente! Vocês vão participar?

Zenitsu: Vale nota? - interesseiro!

Yuki: Vale 10 pontos nas aulas de português!

ENTRE SORRISOS E AVENTURAS - Fontes Da Minha CabeçaOnde histórias criam vida. Descubra agora