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Jade Martins

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RD: tô cheio! - fala com a mão na barriga

Jade: vou pegar o pudim então

RD: epa! - levanta e pega um prato pequeno e pede um pedaço

Jade: e é por que estava cheio!

Comemos e ficamos conversando na sala todos juntos.

RD: vamos pra sua casa?

Jade: tenho que levar a Marina pra passear, prometi a ela.

RD: vamos, acho que ela nem se lembra!

Marina: vamos titia? - fala vindo com uma mochila nas costas

Jade: ou não. - rimos

Carla: vão pra onde?

Jade: ela me pediu pra dar uma volta com ela. Tudo bem por você? - o MT e a Carla concordam com a cabeça

Marina: tchau pessoal, depois eu volto - da tchau e saímos

Fomos andando pela rua, não fazia ideia de onde era a casa daquela criança. Andamos duas a três ruas e vejo um tumulto, muitos moradores na frente de uma casa e logo uma mulher me vê e vem correndo até mim

— pelo amor de Deus, ela vai fazer alguma coisa com a criança! - fala desesperada

Fico sem reação e me aproximo com a Marina no colo e vejo baterem na porta da mulher e de lá dentro vários gritos.

Vejo a professora da Marina e peço para ela ficar com a menina pra mim ir ver o que era.

Peço para um dos vapores arrombarem a porta e entrar comigo, fomos caminhando até um quarto aonde uma mulher batia em uma criança com um pedaço de madeira

EM UMA CRIANÇA!

O vapor foi pra cima dela e a jogou no chão deixando ela imóvel, me aproximei da criança que gritava para não matar a mãe dele e pego ele no colo com o consentimento dele. Saio de lá com a criança que chorava muito

RD: o que tá acontecendo aqui? - fala expulsando todo o povo que estava em volta da casa

Jade: depois explico. Onde fica o postinho?

RD: a duas ruas, mas hoje é domingo e...

Jade: não importa. Pega a Marina com a professora e chama todos os  médicos aqui do morro e manda ir pro posto.

Montei na moto do Martins e fomos para o postinho.

Chegando lá já tinha alguns médicos chegando. Logo socorreram a criança e o RD chega com a Marina no colo

Marina: ele tá bem titia? O José tá bem? - fala preocupada

Jade: mas não era o José.

Marina: é sim! Eu vi ele!

Jade: ele tá bem meu amor, não precisa ficar preocupada não.

—— podem vim aqui? — aparece um menino de jaleco

Levanto e vou até lá.

—— ele lesionou o braço. E acabou perdendo sangue por conta do corte profundo na testa, e ele estava um pouco desnutrido e com anemia então vai precisar de doação de sangue. - fala simples

Jade: aqui não tem?

—— não. O tipo dele é O-. Sabemos porque ele é cadastrado aqui no postinho.

Jade: onde retira?

—— a pessoa doadora não pode ter comido, bebido ou...

Jade: tá eu sei!

Princesinha Do Tráfico • Morro |Onde histórias criam vida. Descubra agora