Princesinha Do Tráfico • Morro |

64

Jade Martins.

Ligação on

Jade:Oi meu am...

RD: caralho Jade! Aonde você estava? - fala afobado

Jade: o que aconteceu?

RD: tá com a arma que te dei?

Jade: o que tá acontecendo?

RD: ESTÁ CARALHO? - grita me assustando

Jade: estou

RD: não solta ela, faz o que o Ramon mandar. Não fica com gracinha de fazer o que quer não.

Jade: o que tá acontecendo RD!

RD: o Zeus te achou. - fala e já escuto tiros e o Ramon acelera - JADE CARALHO!

Jade: eu tô bem, calma. - falo nervosa

RD: pensa nos bebês, não fica nervosa.

Jade: a Rayssa! - lembro - cadê a Rayssa?

RD: ela tá bem. - sinto um tom estranho

Jade: fala a verdade RD, cadê a Ray?

RD: ela tá bem Jade. - mente mais uma vez

Jade: RD... - falo com voz de choro

RD: o Arturo tá salvando ela, contratei mais alguns capangas, eles vão dá conta.

Jade: como assim salvando?

RD: fica tranquila cara, tá tudo sobre controle.

Jade: minha amiga RD... - falo chorosa

RD: vai ficar tudo bem princesa. Tenho que desligar, me promete que não vai fazer nada arriscado Jade.

Jade: RD...

RD: me promete Jade. Você está longe, não tem como te proteger daqui cara. Por favor me promete!

Jade: eu prometo.

RD: tchau, te amo muito minha princesa.

Jade: também te amo.

Ele desliga o celular.

Fico nervosa, sinto o carro parar de vez na frente de uma casinha, ele entra com o carro na garagem e fecha o portão. Saímos do carro e entramos na casa correndo. Ele me leva até o sotam de lá e me dá uma lanterna e um pacote de salgadinho. Só não rir porque estava bem nervosa, ele saiu catando no armário e jogou um salgadinho pra mim.

Fiquei lá em cima, encolhida alguns minutos depois escuto vozes lá embaixo e barulho de passos e coisas sendo jogadas no chão.

—— ACHEM ELA! - escuto um homem gritar

Pego a arma que estava na bolsa e destravo ela, minha respiração estava ofegante, estava com muito medo. O RD tem razão, dessa vez estou sozinha aqui, tenho que tomar cuidado e me proteger.

Olho ao redor, era muito escuro e empoeirado. No meio da escuridão tinha uma fresta de luz vindo do "chão", aproximo dela me arrastando de quatro com cuidado e logo sinto algo passar por minha mão me assustando

Reprimi o grito e peguei o celular na bolsa, liguei ele e virei a tela clareando envolta e tinha várias baratas correndo e se escondendo da luz, seguro o choro e volto a minha atenção a luz.

Era um buraco, olho por ele e vejo o Ramon ajoelhado com cordas amarradas em suas mãos e pernas. Sua expressão era de assutado, tinha três homens ao seu redor, um fazia perguntas, um mantia ele firme de joelhos e o outro batia.