Jade Martins
Cada vez que as horas se passavam e aproximava da hora do RD sair, isso me deixava inquieta. Eu quero muito que ele fique. Não estou sentindo segurança em ele ir.
RD: fica tranquila amor - sorrir me abraçando forte - é só um roubo pequeno comparado aos que eu já roubei.
Jade: não importa! Você poderia estar pegando um pirulito no mercado.
RD: eu vou ficar com você até você dormir, quer que eu chame alguém pra cá? Eu chamo a Rayssa?
Jade: não amor.
RD: vamos deitar então. Prometo ficar um tempo com você antes de ir.
Fomos para a cama e deitamos agarradinhos, ficamos conversando e ele tentando distrair a minha mente, deu a hora dele ir e eu ainda não tinha conseguido dormir com aquele aperto.
RD: tenho que ir amor... - fala levantando
Jade: tá bom. - levantei e beijei a testa dele - boa sorte lá tá? Eu te amo.
RD: também te amo. Eu vou ficar bem, não precisa ficar preocupada, tá? - concordo com a cabeça
Ele beija a minha testa, pega a arma e sai do quarto. Deitei na cama e respirei fundo, logo escutei o portão bater e peguei o celular tentando distrair a mente.
Jade: oi bebê, como você tá? - alisei a barriga - a mamãe tá muito ansiosa pra você crescer mais e a mamãe ficar com o barrigão... - conversei com a barriga e nenhum sinal
Tá muito cedo ainda, eu sei, mas eu queria tanto sentir ele mexer, queria tanto ver a minha barriga crescer logo...
Fiquei com os pensamentos no bebê e logo dormi depois de assistir alguns vídeos sobre gravidez.
•••
RD
Rd: agilidade caralho, quero ver todo mundo atento. Se quiser orar pra Deus ou algum santo que vocês acreditam, essa é a hora. - falo dentro da van
Alguns fecham os olhos e outros ficam inquietos, a maioria estava nervoso.
Depois que todos terminaram as suas orações, repassei todo o plano e logo chegamos. Colocamos as máscaras e já descemos com as armas nas mãos e arrombamos a porta traseira.
Logo o alarme de segurança toca e aquele som infernal ecoa nos ouvidos da gente. Cada um fez o seu trabalho, cada um pegou as suas bolsas e colocaram todas as jóias que acharam, pegamos o dinheiro do caixa e depois o dinheiro do cofre e abrimos com vários tiros.
-- chefe...vadindo..os canas... - escuto o meu radin apitar e depois falarem mais estava falando e muito barulho de tiro
Puta que pariu!
O MT e o lc veio comigo, sorte que o Martins ficou.
MT: temos que ir agora! - fala quando ouvimos o barulho de sirenes
Saímos de lá rápido e corremos para a Van, quando todos entraram, saímos rápido. Não tinha como voltar para o morro agora porque a polícia tava na nossa cola.
RD: puta que pariu! - falo quando não consigo falar com o Martins pelo radin
Jade Martins
Acordo com uma barulheira, levantei e vi vapores subindo e descendo correndo com armas nas mãos e muito tiros. Olho para baixo e vejo policiais na porteira e logo fiquei desesperada quando vi que eles estavam subindo
Corri e troquei de roupa já que só estava de pijama, peguei minha minha arma e desci correndo
Quando chego no portão vejo o meu irmão descer correndo e quando me ver me olha sério
Martins: passa pra dentro Jade! - grita e continua correndo
Ignorei o que ele disse e sai correndo lá pra baixo e os vapores ficaram me olhando pra mim.
Jade: me dá! - falo com um que estava com dois fuzil na mão
-- mais...
Jade: me dá! - gritei e ele me entregou
Destravei ele e sai correndo e me escondendo, fiquei atrás de um carro e comecei a atirar em alguns policiais que estavam um pouco mais a frente e vi que aos poucos eles foram recuando.
Escutei pelo radin de um que tinha muitos rua 2 olhei ao redor e vi um mlk descendo com uma arma na mão
Jade: muleque, vamo comigo na rua 2 - ele concorda com a cabeça e fomos rápido lá
Chegando lá vi três vapores trocando tiros com os policiais, então se juntamos a eles. Vi alguns caírem no chão e eles pegarem os caídos e irem recuando. Peguei o radin de um dos vapores e comecei a falar.
Jade: a rua dois tá liberada já, tem alguém precisando de ajuda? Alguém tá ferido? - pergunto no radinho
-- patroa o Martins tá ferido na rua 3 não ele tá sozinho lá! - escutava alguns tiros e a voz falhada
Chamei o mesmo menino e fomos juntos até a outra rua, lá vi o RD na frente de uma casa com um tiro na perna. Ele estava meio que escondido em uma parede.
Martins: caralho Jade! Mandei você ficar em casa! - fala com dor
Jade: leva ela pra minha casa por favor - falo com o menino que concorda com a cabeça e segura ele que vai mancando
Martins: você vem junto!
Jade: tenho que ajudar essas pessoas! - sai correndo
Eu escutava choros de mulheres, criança, barulhos de tiros... Isso era horrível! Eu só pensava em fazer essas pessoas saírem daqui!
Vi várias poças de sangue no chão e alguns corpos tanto de civis quanto de moradores e vapores, isso era horrível!
-- por favor não... Eu sou só morador senhor! Não tenho nada haver com esses traficantes... - um menino chorava enquanto tinha uma arma apontada na sua cabeça
Mirei rápido e atirei na mão do homem e a arma cai no chão, ele me olha com expressão de dor e o menino corre até mim e se esconde atrás de um muro
-- sua puta! - fala com cara de dor
Jade: acho melhor você e os seus parceiros recuarem antes que fique feio pra você... - ameaço
-- vai fazer o que? - fala vindo pra cima de mim confiante
-- atrás patroa! - grita o menino e viro rápido já atirando
Atirei mesmo no peito de um policial que estava com uma arma na mão
Sorte do caralho!
Virei mirando a arma para o outro que estava baixado para pegar a arma caída. Ele levanta as mãos para cima em forma de rendimento
Jade: se não forem embora vou fazer questão de matar um por um! - ameaço
Ele corre e vai embora, depois de alguns minutos eles recuam e os tiros vão cessando.
Jade: tu mora aonde? - olhei para o menino que estava abaixo em um lugar em choque
-- moro na rua de cima...
Jade: vou te deixar lá, porque você saiu essas horas muleque? Você poderia ter morrido!
-- fui comprar um remédio pra minha irmã... - mostra uma sacolinha
Jade: o que ela tem? - pergunto enquanto andava com ele e no caminho alguns vapores retiravam alguns corpos
O menino evitava olhar para os corpos no chão, ele só olhava para frente
-- ela tem asma e a bombinha tinha acabado. - fala andando e para na frente de uma casa - eu moro aqui
Jade: certo, cuidado. E melhoras para a sua irmã. - ele sorri e entra
Desci o morro e logo cheguei em casa e vi o RD com as duas mãos na cabeça andando de um lado para o outro enquanto o Martins estava deitado no sofá com a perna com muito sangue
RD: AONDE VOCÊ ESTAVA CARALHO? - Vem até mim puto
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Princesinha Do Tráfico • Morro |
Mystery / Thriller" você é minha, e ninguém nunca vai encostar em você."