Lights and Secrets +18 | Dark Romance

Capítulo 15 - Despertar Proibido - Renata Lopes

Levantei da cadeira bruscamente batendo na mesa. Sky. Ela estava em perigo, e eu precisava agir. Procurei meu celular na bolsa, que estava jogada em cima do sofá. Meu coração acelerou quando percebi que ele estava sem bateria.

— Droga — murmurei para mim mesma, tentando pensar rápido. Peguei o carregador que estava na sala, conectei-o à tomada e me forcei a esperar alguns minutos. Cada segundo parecia uma eternidade, minha mente fervilhava com a possibilidade de algo horrível ter acontecido.

Finalmente, o celular acendeu, e eu desbloqueei a tela com dedos trêmulos. Nenhuma mensagem de Sky. Nenhuma notificação dela desde a noite passada. Fui direto para o aplicativo de rastreamento que Sky e eu costumávamos usar para emergências. Não era o tipo de coisa que usávamos com frequência, mas tínhamos combinado de sempre deixar ligado quando saímos juntas.

O ponto que indicava a localização de Sky, não estava em lugar algum, em completo desespero fechei e abri o aplicativo várias e várias vezes, na esperança da foto de Sky brilhar na tela, mas infelizmente isso não aconteceu.

Eu joguei o celular no sofá com força, sentindo o calor da raiva subir pelas minhas veias. Meus dedos se entrelaçaram nos cabelos enquanto os puxava com frustração. O som dos meus saltos ecoava pela sala enquanto eu andava em círculos, cada batida contra o chão de madeira parecia intensificar a tempestade que se formava dentro de mim. Meu corpo estava tenso, minha mente, um caos. Eu precisava entender. Precisava de respostas. Mas antes que pudesse processar qualquer pensamento coerente, meu celular vibrou.

Parei imediatamente e, com o coração acelerado, peguei o aparelho do sofá. Um número desconhecido. Minhas mãos tremiam levemente enquanto eu desbloqueava a tela. O que vi me fez congelar. Fotos. Nomes. Detalhes que não faziam sentido de imediato, mas conforme eu olhava mais de perto, tudo começou a se encaixar com uma precisão cruel. Entre as imagens, uma foto de Oliver. E então, lá estava: o nome completo. Oliver Thauvin.

Meu mundo parou.

Senti como se o chão estivesse se desintegrando sob meus pés. Thauvin? O sobrenome ecoava na minha mente, cada sílaba mais surreal que a anterior. Uma risada nervosa escapou dos meus lábios, seca, quase um soluço. Incredulidade, dor e traição se misturavam no fundo da minha garganta. Era como se o ar tivesse sumido da sala, e eu mal conseguia respirar. Uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto, mas eu não a enxuguei. Estava presa naquele momento, presa naquela revelação devastadora.

De repente, o som da chave girando na fechadura me trouxe de volta à realidade. Meu corpo enrijeceu, cada célula minha alertando para o que estava por vir. A porta se abriu, e lá estava ele. Oliver.

Ele entrou com uma calma que beirava o cinismo, como se absolutamente nada estivesse errado. Como se eu não estivesse à beira de explodir. Seus passos eram suaves, controlados, e ele nem sequer parecia notar o caos que havia em mim. Cada movimento dele, tão impassível, só servia para aumentar a tensão dentro de mim, como uma corda que estava prestes a se romper.

— Você... — minha voz saiu quebrada, quase um sussurro, carregada de dor e raiva que eu mal conseguia conter. Ele se virou para mim, seu rosto neutro, como se ele não tivesse acabado de destruir tudo.

Eu me aproximei, meu corpo trêmulo de adrenalina. Meu coração batia tão forte que parecia que ele podia ouvir. Senti a raiva crescer, a necessidade de confrontá-lo, de fazer ele entender o que aquelas fotos significavam, o que Thauvin significava, em minha vida.

— O que você fez? — eu finalmente consegui dizer, minha voz agora firme, cortante.

Ele mal teve tempo de fechar a porta antes que eu disparasse novamente.