Nosso recomeço

capítulo 24

Paz? Não temos!

Bônus| Luan 👻

Olhava a professora de matemática explicar os bagulhos que eu já sabia e bufei passando a mão no pescoço, aqui o ensino é bem atrasado, lá em Maceió eu já tinha passado dessa fase e agora ter que passar tudo de novo é um saco.

Demorou mais uns minutinhos e logo o sinal tocou e eu sair indo em direção ao portão para esperar as crias, logo avistei a Maria Clara de conversinha com um pivete, fechei logo a cara pra ela que chegou rindo.

__ cheia de Papinho gostoso né?. - reclamei com ela que nem rendeu papo e eu fiquei cheio de ódio na minha esperando as gêmeas e o Henrique.

Moleque até que é legalizin, só é um pouco grudento, quer fazer tudo junto e aí eu me estresso legal, demorou um pouquinho mas logo eles saíram, as gêmeas ficou na sala do Henri e a Maria Clara em uma sozinha e eu também, tá sendo uma merda porque eu sou péssimo pra fazer amizade aí fode tudo.

Ficamos esperando e logo o Igão amigo do Coringa chegou com aquele carro todo escandaloso, já disse que tô odiando tudo isso? Então.

Entramos no carro e eu coloquei meu fone conectando em Maneva e nem dei atenção ao que eles estavam falando, só queria ficar em paz.

Ele rodou um pouquinho com o carro e logo parou na pensão que tem aqui no morro, bufei deixando minha bolsa no carro mesmo e sair com os fones nos ouvidos e o celular na mão, vi o Coringa acenando pra nós de uma mesa lá de dentro e fui em direção a ele com, até sentir uma ardência no meu braço e o corre corre na rua, sentir alguém me puxar e me levar para dentro da pensão onde tava todo mundo, menos o Henrique.

__ cadê o Henrique? - tentei falar alto mas tava perdendo sangue e já tava grogue.

Coringa: levaram ele caralho, levaram ele. - falou andando de um lado para o outro e eu tentei levantar da cadeira mas ficou tudo preto e ele me segurou.

__ O Henrique. - tentei falar mas tava saindo tudo meio grogue.

Coringa: se controla Luan, tá perdendo sangue pra porra, não sei o que fazer, merda. - falava nervoso e eu rir sentindo meu braço latejar, tava doendo pra cacete.

__ me leva para minha mãe e vai atrás dele Thiago. - falei meio óbvio e ele assentiu me levantando.

Coringa: Igão se liga nas meninas aí, não saí daqui, Dedé tu vem comigo, Jae?

Eles assentiram e saímos, foi só aí que eu vim perceber que estava tendo confronto, altos tiros e gente correndo para lá e para cá, o Coringa tentava me proteger a todo custo, íamos passando rua por rua, estávamos quase chegando quando eu escuto o grito do Henrique.

Henrique: paaaaai.- gritou e todo mundo virou olhando, vi uma mulher segurando ele pelo braço e com uma arma apontada para cabeça dele, a barriga dele sangrava pra caralho, acho que os pontos tinham aberto.

Coringa: solta ele Tatiana porra, namoral tá brincando com fogo. - tentou ir pra cima mas o Dedé segurou e eu me encostei na parede que tinha ali, o tiro foi no braço mas parecia que tinha sido na barriga de tão grogue e cansado que eu tava, raciocinando quase nada.

Tatiana: eu te avisei, não avisei Thiago? Porque você escolheu pagar pra ver? .- apertou o braço do Henrique que choramingou tentando se soltar.

__ solta ele.- gritei com ódio e ela riu me olhando e apontando a arma pra mim.

Tatiana: cresceu em Luanzinho, marrento igual ao pai, ou será que ele não é teu pai?.- debochou e me atingiu em cheio, engoli em seco e virei o rosto quando o Thiago me olhou.

Thiago: deixa de joguinho Tatiana, o que tu quer porra? Namoral vou meter tiro na tua cara. - falou puto e eu me levantei indo pra perto dele e do Dedé.

Tatiana: quero fazer uma troca, você me entrega o Luan e eu entrego esse menino chorão aqui, o que acha paizão?

Olhei pra ele que ficou pensativo e me neguei a acreditar que ele tava cogitando me entregar, olhei para ela e tive uma idéia de merda.

__ eu me entrego pô, mas solta o Henrique primeiro.

Tatiana: sem gracinha em Luan, esse morro tá cheio de pessoas que trabalham pra mim e um erro teu é um tiro na cabeça da tuas irmãs, vai moleque chorão.- empurrou o Henrique que correu até o Thiago e abraçou ele, neguei pensando em o que fazer e quando ia até ela o Thiago me segurou.

Coringa: tu tá pensando que tá na Disney né Tati? Não tem troca pô. - falou e ela mirou a arma em mim.

Tati: ou ele vem agora ou eu acabo com ele na tua frente porra e eu não tô brincando. - falou alto e o Thiago não me soltou, só escutei o barulho de um tiro e um grito, seguido de vários tiros, olhei para mim e o tiro não tinha me acertado, olhei para Tati e ela tava morta no chão com vários tiros, porém quando olhei para o meu lado vi a pior coisa que eu poderia ver, meu irmão, o irmão que eu não pedi, que eu não aceitei, que mal troquei papo com ele, se jogou na frente do tiro, me protegeu e agora estava no chão agonizando com um tiro no peito, me ajoelhei ao lado dele já chorando.

__ colfoi Henrique, não faz isso, não fecha os olhos, por favor cara. - chorei segurando o rosto dele quase com os olhos fechados.

Henrique: paai... Perdoa ele Luan. - falou torcindo e o Thiago tava do meu lado chorando também. - ele te ama e eu amo vocês. - torciu de novo colocando sangue para fora.

Coringa: colfoi cara, para de se esforçar e não fecha a porra dos olhos, CADÊ A PORRA DO CARRO.- gritou.

Henrique: te amo pai. - falou e fechou os olhos e eu me desesperei chorando.

__ não não não, abri os olhos Henrique porra. - balancei ele e chorei. - manda ele abrir os olhos pai, por favor. - chorei e o Thiago me tirou de cima dele me abraçando, vi o Dedé pegar ele e colocar no carro, entramos no carro e fomos direto para o hospital da pista, pois no postinho não tinha condições.