Capítulo 49

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Alana | Lana 🤍

Faz duas semanas que estamos aqui em Barcelona e te contar que cidade linda, maravilhosa, perfeita, amei demais, mas real, prefiro meu Brasil, calorzão, amo demais lá, principalmente o rio né?

Henrique: vem tia, falta só você. - falou em baixo do lençol com as meninas, Luan, Larissa e Pedrinho, fizemos a sala da casa do Luan de cinema e vamos assistir divertidamente 2, o 1 já tínhamos assistido no Brasil.

__ calma aí, tava pegando a pipoca menino. - me sentei ao lado dele que encostou a cabeça no meu ombro. - é pra assistir hein, nada de dormi. - falei e ele riu assentindo, toda vez que inventamos de assistir nunca dar certo, na metade do filme acaba todo mundo dormindo.

Luan deu play no filme e apagou a luz ligando o ar, passei a pipoca pra eles comendo um pouco e foquei no filme.

Hoje eu não tava nada legal, tava com um aperto no peito, um choro entalado na garganta e um arrepio no corpo, não sabia explicar o que tava acontecendo, tentei falar com o Thiago e ele disse que tava em um resenha lá no morro do meu macho, como diz ele, só rindo desse bobo, fiquei mais tranquila por ele ter me respondido e tentei esquecer a sensação, porém tá quase impossível.

Se fosse a dez anos atrás eu não estar nem aí, queria mais que o Thiago se danasse pra lá, mas hoje, hoje ele é uma pessoa importante para mim, apesar de tudo que vivemos, recomeçamos e hoje em dia somos uma família, claro que temos nossos altos e baixos, mas ele sabe o quanto amo ele.

__ o que foi? - sussurrei para o Luan que tava paralisado olhando para o nada com a mão no peito e os olhos cheios de lágrimas.

Luan: não sei mãe, não sei, mas estou com uma sensação horrível hoje, e agora piorou, falou com o meu pai? - falou preocupado, olhei para as meninas que dormia agarrada no Pedrinho e Larissa, só ele e o Henrique estavam acordados.

__ falei, ele estava na resenha no morro do Dedé. - falei me levantando e os dois vinheram atrás de mim para a área de lazer.

Henrique: liga de novo tia. - falou andando de um lado para o outro, não tava entendendo o nervosismo deles, assenti pegando meu celular e quando ia ligar o celular tocou e era o Dedé, fiz careta porque fazia duas semanas que não se falávamos, rejeitei a chamada e fui ligar para o Thiago que deu na caixa postal.

__ tá dando caixa postal. - falei nervosa porque os dois estavam nervosos. - calma vocês também, eu falei com o Thiago duas horas atrás, euem. - peguei água para nós três e o celular tocou de novo, Dedé insistente pra porra também.

Ligação 📱

__ fala. - atendi.

Dedé: Eae Alana. - escutei a voz dele meio tensa. - preciso te passar um papo e não queria que fosse por telefone não namoral.

__ é o Thiago né? Cadê ele? - perguntei já desesperada e vi as meninas chegando na porta da área de lazer.

Clara: o que tem meu pai? - olhei pra ela e nem soube o que responder.

Dedé: mataram o mano Alana. - falou sério e eu fiquei paralisada olhando para os meus filhos sem saber o que falar, meus olhos cheios de lágrimas e o Luan já tinha entendido já que começou a chorar desesperado, olhei para o Henrique que negou com a cabeça, a Clara caiu no chão chorando desesperada e as gêmeas se abraçaram chorando.

__ você tem certeza?

Dedé: infelizmente, vou resolver as coisas do enterro para amanhã de noite pra não chamar muita atenção, pode ser?

__ pode sim, vou fazer o impossível pra chegar com o povo aí, obrigada.

Dedé: não precisa agradecer pô, sinto muito de verdade nega, quando chegar vem direto para a penha porque o alemão foi pacificado.

__ tá bom. - desliguei. - gente, eu sei que é difícil, mas precisamos ter calma agora e ir arrumar as coisas, precisamos ir para o enterro. - tentei falar calma e só piorou a situação, ouvir eles chorarem desesperados, só me fez sentar e chorar também.

Não tava nem acreditando que o Thiago tinha nos deixado, logo agora que tínhamos conseguido recomeçar.

Nosso recomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora