Nosso recomeço

Capítulo 32

Luan 👻

16 anos e quase um jogador profissional, falta apenas 1 ano para o contrato ser assinado e eu viajar o mundão fazendo o que eu gosto, jogar bola, quem diria que o sonho de menorzinho iria virar realidade? Custo a acreditar até hoje.

Olho para um tempo atrás e me pergunto se realmente é verdade, depois de tudo que passamos, eu finalmente conseguir recomeçar e limpar meu coração de todo ódio contra meu pai, as vezes fico pensando se realmente ele merece meu perdão, se eu realmente devo esquecer tudo o que ele fez comigo e minha mãe, mas passa rapidinho quando vejo ele empolgado perguntando sobre meu dia, sobre o trabalho, quantos gols eu fiz, e o quanto está orgulhoso de mim.

__ deixa ele aqui pô.- falei quando a Larissa tentou tirar o pivete de mim, ela não respondeu só tentou pegar ele de novo e ele virou o rosto gritando.

Pedrinho: papa papa. - gritou me agarrando e ela bufou estressada me dando a mamadeira dele e saiu de perto.

Nosso relacionamento é bem complicado, os dois é surtado e nenhum sabe sentar pra conversar, age na impulsividade e depois acaba brigando por besteira, e pra falar a verdade tô bem cansado disso tudo, faz um ano que tentamos e acho que não é pra ser, depois que o cria nasceu nossa atenção tem sido só dele e o relacionamento esfriou, gosto dela pra caraí mas acho que temos muito o que viver ainda, tenho apenas 16 anos e ela 17, somos muito novos, com muita responsabilidade nas costas e acaba ficando esse clima chato pra caraí.

__ tu também hein pivete, só estressa tua mãe. - falei e ele riu como se entendesse alguma coisa, olhei em volta vendo algumas pessoas indo embora e já fiquei no pique de ir para o hotel, pegamos um hotel porque vamos ficar só um final de semana, vim só para o aniversário das gêmeas mesmo, e isso foi motivo de briga.

Larissa pegou trauma do rio de janeiro e não queria trazer Pedro e nem vim, dei a idéia dela ficar por lá me esperando e aí ela surtou dizendo que eu iria encontrar com alguma nega por isso não estava fazendo questão de trazer ela, surtei junto com essa safada, qual nega eu iria atrás rapaz se é ela quem eu quero? Surta atoa demais.

Terminei de dar a mamadeira ao pivetinho e deixei ele em pé para arrotar, quando ele era menorzinho tinha uns bagulho de refluxo aí eu fiquei na neurose, toda vez que vou dar comida a ele evito deixar deitado, esse pivete já me fez passar por cada uma.

__ vamos para o hotel? - entreguei a mamadeira dele vazia a ela e ela pegou assentindo. - vai ficar negando voz agora Larissa?

Larissa: vou pra polpar ela. - falou cheia de gracinha e eu segurei o riso deu dois segundos ela caiu na gargalhada, pilantra safada.

__ tá cheia de graça você né, sua pilantra.

Larissa: você que é chatinho. - fez careta e eu nem rendi. - desculpa mozinho, cê sabe que eu tenho trauma cara e ainda falou "se quiser você fica com o cria aí me esperando voltar". - imitou minha voz com cara de bolada e eu rir.

__ eu nem falo assim Larissa, você que é cheia de paranóia cara, quantas vezes vou ter que dizer que só quero você? Na minha vida não existe outra pessoa cara, não surta atoa, isso vai acabar com nosso relacionamento. - falei mais calmo e ela me abraçou beijando meu pescoço me deixando arrepiado. - saí malandra. - empurrei de leve ela e o Pedrinho fez o mesmo.

Larissa: você deixa de ser falso hein gatinho. - apontou pra ele que logo se jogou nos braços da mãe chata dele. - tia Alana disse que quer passar a noite com ele, e eu deixei, amanhã vamos vim para cá mesmo, então meio caminho andado.

__ você é uma pilantra isso sim, quer usar o meu corpo né?

Ela negou rindo e saiu em direção a minha mãe, fui atrás para me despedir da galera e enfim saímos juntos, chamei um Uber porque somos de menor e aqui no Brasil não podemos dirigir ainda um pecado.