Thiago | Coringa 👻
Bufei com raiva quando a Alana saiu e sair indo em direção a sala, tava no ódio, com a Alana tudo é intenso, uma hora tá de boa, outra hora quer matar um, surtada da porra.
__ Eae vamos tomar café na padaria? - perguntei as gurias que estavam em silêncio na sala, tudo tensa. - qual foi hein?
Mali: o que você fez pra minha mãe? - colocou a mão na cintura em pé, cheia de marra.
Clara: fez nada, a mãe que é dramática e chata. - se intrometeu.
Madu/Mali: não fala assim da minha mãe. - gritou na mesma hora e eu bufei com ódio, caralho, são 7 horas da manhã e um inferno desse, puta que pariu.
__ coe coe pô, primeiro que eu não fiz nada com a Alana, segundo minha relação com ela não interfere na de vocês, então vocês não tem que se meter e nem se preocupar com isso jae? E terceiro tu respeita tua mãe se não quiser levar uma coça se ligou? - apontei pra Clara que virou a cara e eu rir sem humor, menina do caralho, meu gênio todinho. - se ligou Maria Clara? - falei em bom tom e ela me olhou vermelha de ódio. - se ligou?
Clara: já entendi tá bom? - quase gritou e eu fui em direção a ela que deu passos pra trás.
__ tu se liga hein piveta, tá pensando que tá falando com teus amigos? Sou teu pai pô, continua assim que tu só tem a perder comigo. - falei bem próximo a ela que não desviou o olhar se mantendo de cabeça erguida. - vamo logo antes que eu me arrependa. - falei e elas me seguiram, passei em casa e o Henrique já estava na frente esperando, fez careta quando viu o clima que tava e ficou calado e eu agradeci, minha cabeça tava cheia papo reto.
Andamos um pouco e logo chegamos na padaria, entramos e pegamos uma mesa, puxei mais uma cadeira porque uma mesa com quatro cadeiras não dar né, sentei e deixei eles fazer o pedido deles e só pedir uma coxinha com uma coca cola.
Eles ficaram conversando entre si e eu fiquei vigiando a movimentação do morro que estava estranhona, carro que nunca vi passeando por aqui, isso é um caraí viu, fiquei logo na ativa.
Henrique: tá rolando algo pai? - falou na ativa também, moleque tem jeito que vai seguir o rumo do pai aqui e não vou mentir que eu não gosto, mas ficaria felizão em ver ele seguindo o rumo dele igual o Luan fez.
__ nada pivete, cuida aí pra nós brotar lá na Alana pra apertar o juízo dela pô. - ele riu negando e foi comer, demorou mais umas meia hora pra esses pivetes comer e fomos em direção da quadra, comer o juízo da surtada.
Levantamos e eu fui até o balcão pagar deixando eles ali conversando, a mulher que fica na caixa pediu meu número e eu dei que não sou nem besta né? Quando ia virar pra ir embora ouvir um tiro e um grito, me virei rápido e vi a pior cena que um pai pode ver, minha filha jogada no chão com um tiro no peito.
__ caralho, de novo não. - falei indo até a Maria Alice que já estava agonizando. - filha não faz assim, fica comigo, não fecha os olhos. - pedi já chorando vendo as meninas e o Henrique desesperados chorando, corrir até o lado de fora e vi um dos caras que trabalha pra mim lá. - um carro rápido caralho. - falei e ele nem mediu esforço e saiu correndo e em segundos voltou com um carro.
__ entrem no carro, vamos. - peguei a Maria Alice que já estava apagada e entrei no carro com as meninas e o Henrique chorando, caralho se essa piveta morrer, eu não vou me perdoar, que descuido do caralho.
Desci no hospital de emergência do morro mesmo e quem já veio em nossa direção foi a Anne.
__ me ajuda caralho, ajuda ela. - coloquei ela na maca.
Anne: fica calmo tá bom? Vou levar para sala de cirúrgia e fazer meu melhor, enquanto isso você se acalma, acalma as crianças e liga para minha amiga, vai Thiago. - me empurrou quando viu que eu paralisei, assenti indo em direção dos meus filhos.
Olhei para eles chorando desesperados e não sabia o que fazer, caralho como dentro da minha favela, comigo do lado, acontece isso? Meu irmão eu devo ser um filho da puta mesmo, nunca tenho paz e acabo levando as pessoas para o buraco comigo, como eu não protegi minha filha? A Alana tava certa em ter ido embora mesmo porra, eu só trago desgraça pra vida deles, só trago perigo caralho.
Henrique: não foi sua culpa pai. - falou chorando e me abraçou, moleque parece que leu a minha mente, abracei ele respirando fundo e pensando em como contar isso para Alana, se pá ela vai me matar.
Caralho, só acontece desgraça, se foder.
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Nosso recomeço
Teen Fiction+18 || toda história tem um começo,meio e fim, a nossa vai além temos o recomeço, nosso recomeço.