Thiago | Coringa 👻
Me escondi atrás do muro e mirei na cabeça dele, acertando em cheio, tava cheio de ódio, quatro horas da manhã caralho, tava cansadão pra porra mas esses filhos da puta insiste em subir favela pra tirar com a cara de bandido.
Respirei fundo sentindo o meu braço latejando, tomei um tiro e tava sentindo essa porra de bala dentro do meu braço ainda, andei mais um pouquinho e cheguei na entrada da favela onde tinha somente mais dois carros da BOPE, acendi o rojão jogando dentro da garrafa de vidro e lancei lá dentro, sorrir satisfeito vendo que não deu tempo dos caras que estavam lá dentro sair e o carro explodir, dei vários tiros para o alto sinalizando nossa vitória e sorrir virando para olhar minha favela.
Revirei os olhos quando vi a Tatá antiga amiga da Alana vim na minha direção.
Tatá: tirou tua braba hein. - brincou mais eu continuei com a cara fechada, ela é gostosinha até, mas se torna chata quando quer tentar ser a Alana.
__ tô ligado. - murmurei tentando não ser chatão e tentei me sair.
Tatá: não quer que eu te ajude com isso? - apontou para o braço e eu neguei sabendo que só deixo a Alana cuidar de mim, só confio nela pô. - tá bom então, quiser brotar na minha casa mais tarde é só brotar. - saiu sem me deixar responder, safada.
Avistei o Dedé e chamei esse puto que estava de moto.
__ me leva na casa da tua mulher namoral, tô quase morrendo aqui. - falei sentindo tudo girar já, tava perdendo bastante sangue.
Dedé: não dormi não hein caralho se não tu vai cair da moto. - assenti subindo na moto e ele quase voou lá pra casa da Alana, descemos da moto e nem bati na porta já fui logo abrindo vendo ela só de calcinha e sutiã saindo da cozinha com um prato de brigadeiro.
André fechou a cara e eu me virei de costa, maluco ciumento da porra.
__ se veste aí Alana e tira esse caralho aqui do meu braço, tá doendo pra caraí.
Alana: bom dia Thiago, estou bem, se eu posso tirar a bala do seu braço? Posso fazer esse esforço, vou só colocar uma roupa adequada, porque na minha casa eu fico a vontade , não costuma ser invadida. - debochou indo para o quarto e eu rir me jogando no sofá vendo o Dedé sair puto.
__ maluco nem fode nem saí de cima, se foder. - resmunguei e nem demorou pra Alana voltar com as coisas e dessa vez vestida com um vestido.
Olhou em volta e fez careta.
__ teu macho ciumento se mandou, não aguenta ver que eu tenho preferência. - brinquei e ela me deu um tapa bem no braço com a bala, gemi de dor e ela pediu desculpas rindo, pilantra.
Alana: acho que vou virar lésbica. - falou do nada mexendo no meu braço, entrei na conversa tentando desviar da dor que isso era.
__ porque? Não gosta mais de rola? Posso te mostrar a minha aí tu muda de opinião rápido pô. - joguei verde.
Alana: já passei por aí Thiago, tô enjoada já. - olhei pra ela indignado com essa audácia dela. - tô cansada de vocês machos, namoral. - falou e pareceu bem magoada mesmo.
__ colfoi nega, já disse a tu pra não se deixar levar pelo André pô, maluco é surtadão, melhor eu. - brinquei no final e ela riu, enfim tirando a bala do meu braço.
Alana: pronto seu pilantrinha. - falou e deitou no meu peito, fiz carinho no cabelo dela e ficamos assim por um tempo até eu ver que ela tava me olhando.
__ qual foi?
Alana: você imaginava que íamos ser amigos dessa forma? Digo, depois de tudo que passamos, os altos e baixos. - fez careta e eu rir negando.
__ eu queria te matar pô, mas depois eu vi que o que você fez foi o melhor para todo mundo, imagina se você fica naquele tempo invés de ir embora? Como seria? Eu ainda iria ser aquele babacão, eu agradeço por você ter ido e passado esse tempo longe, doeu pra caralho ficar longe de vocês, mas me tornou em uma pessoa melhor. - falei olhando nos olhos dela, e percebi que durante esse tempo todo nunca tínhamos parado para conversar sobre isso.
Ela assentiu beijando minha testa e quando desceu o rosto eu não me aguentei e segurei na nuca dela.
Alana: Thiago. - falou em forma de reclamação e eu não tirei a mão.
__ eu só quero um beijo Alana, somente um beijo e eu vou embora. - falei olhando nos olhos dela e vi que ela fraquejou mordendo os lábios, não esperei mais nada e puxei ela beijando, eu não sabia que precisava tanto desse beijo antes de beijar.
Através daquele beijo eu pedia desculpas mais uma vez por ter fodido com tudo.
Através daquele beijo eu demostrava o quanto eu amava ela, e não importa com quem ela vai ficar ou o que vai acontecer, sempre será ela.
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Nosso recomeço
Teen Fiction+18 || toda história tem um começo,meio e fim, a nossa vai além temos o recomeço, nosso recomeço.