Capítulo 25

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Thiago | Coringa 👻

Caralho, mil vezes caralho, andava de um lado para o outro naquele hospital enquanto um dos meus pivetes estava em uma porra de cirúrgia, e o outro estava chorando para caraí aqui do meu lado se sentindo culpado pra porra.

Madu: lu... - entrou correndo e foi direto falar com o cria que não parava de chorar, vi as outras duas entrar com o Igão e Dedé, Clara me agarrou e a outra foi pra perto do Luan também.

__ coé, vocês comeram alguma coisa? - perguntei a Clara que negou.

Clara: não deu tempo pai e ninguém tá com fome, o Henrique? - não terminou a fala, mas eu sei que ela queria saber se ele morreu e eu neguei e ela respirou aliviada.

O bagulho é que no começo foi mó difícil deles se acostumarem e agora não vivem um sem o outro e eu acho isso foda, eles tratam o Henrique como se ele fosse filho da Alana também e eu amo ver a irmandade deles, falando em Alana eu me liguei que não tinha mandado o papo pra ela.

__ perai grudinho, vou falar com tua mãe. - soltei a Clara e fui lá pra fora, colocando o celular no ouvido ligando diretamente para Alana.

Ligação 📱

Alana: Thiago porra, cadê meus filhos? Ouvi tiros, eles estão bem? - atendeu já desesperada.

__ estão tudo mec pô, o Henrique - engoli em seco e segurei as lágrimas.

Alana: fala logo caraí, o que tem ele?

__ a Tatiana ia matar o Luan e o Henrique se jogou na frente, tomou um tiro no peito e tá em cirúrgia aqui no hospital geral, caralho Alana. - não aguentei e comecei a chorar de soluçar, ouvindo os fungos dela também que chorava.

Eu não posso perder ele cara, não posso.

Alana: eu vou aí, calma, jaja chego. - nem deixou eu responder e desligou, limpei o rosto e entrei vendo o Luan sentado no chão com o rosto entre os joelhos, me agachei perto dele levantando o rosto dele.

__ te amo jae? Não se culpa não pô, a culpa foi só minha que deixei ela ir longe demais, vai ficar tudo bem. - beijei a testa dele e abracei ele, que pela primeira vez rendeu e abraçou de volta, meu coração chega acelerou.

Errei demais com esse moleque e agora tudo que eu mais quero é viver em paz ao lado dele e dos irmãos dele pô, não sei o que vai rolar comigo e com a Alana, mas nesse momento eu só quero paz, e pelo papo que a Tati mandou lá, eu vi, fui manipulado direitinho por ela e acabei metendo meus pés pelas mãos no passado, mas agora já era pô, ela tá morta e o futuro tá nas minhas mãos, e o que depender de mim, meu pivete vai esquecer tudo que passou e me perdoar.

Me soltei dele ouvindo o médico chamar os familiares do Henrique.

__ Eae doutor?. - perguntei aflito.

Dr : ocorreu tudo bem com a retirada da bala, porém ele precisou ser entubado, agora é só aguarda ele voltar. - soltei o ar pelo nariz e neguei com a cabeça olhando para a porta vendo a Alana lá, ela caminhou rápido até mim e eu não conseguir segurar o choro novamente quando ela me abraçou.

__ ele tá entubado porra. - falei chorando.

Alana: vai ficar tudo bem Thiago, tu vai ver. - falou alisando minhas costa e eu apertei ela contra mim, ainda chorando.

Era estranho o bagulho, mas com ela eu me sentia seguro, sentia que tudo ia ficar bem, e depois de tantos anos, ela ainda continuava sendo meu porto seguro.

Nosso recomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora