Capítulo 36

967 52 8
                                    

Alana | Lana 🤍

Eu não era uma pessoa que se rendia fácil, porém o André mudava isso de um jeito que chega me assustar, deixei as crianças ir embora com o Thiago e resolvi ir na casa dele após a mensagem que recebi.

Whatsapp 📱

André 😝: tô fudido Alana, pode brotar aqui em casa sem maldade? 

Não respondi nem nada apenas fui ao encontro desse maluco bipolar que uma hora me quer longe e outra quer minha ajuda.

Uma semana eu correndo atrás desse bofe e ele só me maltratando, aí quando eu desisto, ele vem atrás feito um cachorrinho, um sonso.

Cheguei na frente da casa dele e respirei fundo pensando se seria uma boa mesmo, ultimamente só estamos brigando e hoje eu só queria um lovezinho, dormi de conchinha e nada de dr.

Nem bati na porta só abrir entrando como se eu fosse de casa mesmo, ele que lute.

__ se você me chamou aqui pra brigar... - parei de falar quando vi uma criança deitada no sofá e ele andando de um lado para o outro com a cara de bolado. - que gatinha. - falei animada pra menina que dormia no sofá e ele riu vindo até mim. - roubou? - brinquei e ele riu negando me puxando pra ele, tentei me afastar e ele me apertou mais.

Dedé: pensei que não ia vim. - falou olhando nos meus olhos.

__ não ia mesmo, você não merece né?  - retruquei e ele riu puxando minha nuca e deixando um selinho nos meus lábios. - fiquei com o Thiago. - soltei de uma vez e ele me olhou meio que procurando uma brincadeira mas não rir e ele me soltou saindo de perto de mim. - foi só um beijo André. - me expliquei e fiz careta, porque eu tava me explicando?

Dedé: zero papo contigo namoral. - falou puto e eu nem rendi, apenas fui na cozinha buscar água, tava morrendo de sede, fiquei lá na cozinha por uns minutos até ouvir um chorinho baixo, me levantei e fui até a sala vendo que a menina tava sozinha, André é maluco, surtado.

__ calma gatinha, tá tudo bem amor.- falei tentando pegar ela que gritou mais ainda, dei uns passos pra trás e esperei o André aparecer, não demorou nada e ele apareceu na escada de toalha na cintura todo molhado, virei o rosto mordendo a boca e ele desceu rindo todo sonso, babaca.

Dedé: qual foi do escândalo piveta? - pegou ela no colo que cochava os olhos enquanto chorava.

__ cadê minha mamãe? Onde ela tá papai? - abrir minha boca surpresa ao ouvir o papai, nem sabia que o bofe tinha filha, quando ia me virar pra sair sentir o olhar dele me pedindo socorro, dei um sorriso sem graça e fiquei ali paralisada.

Dedé: eu tô ligado que tu já é espertinha não é? Entende as coisas direitinho e por isso eu vou te mandar o papo belê? Sabe aquele papo que Deus precisa de anjos para ajudar ele lá no céu? - ela assentiu - então, ele tava precisando da sua mãe um pouquinho e ela teve que brotar lá. - falou do jeito dele e o incrível é que a menina entendeu e começou a chorar de novo, ela era muito pequena mas parecia entender aquela dor e eu fiquei com uma dó, lembrei logo da minha mãe, engoli em seco e sentei ali perto vendo ele ninar ela e ela chorar baixinho, demorou mais um pouquinho e ela logo dormiu de novo de tanto chorar.

Dedé: coé Alana, tu pode ficar aqui comigo hoje? - ia abrir minha boca e ele me interrompeu. - não quero saber de nada que rolou com teu ex não pô, antes de tudo somos amigos não somos? - assenti - então, te quero hoje como minha amiga, tô fudido mesmo e preciso do teu colo, só hoje sem brigas pode ser?

__ mas eu nem ia falar nada bobo. - brinquei e ele riu fraco. - coloca ela na cama e arruma os travesseiros ao redor e desce pra cá, vamos maratonar Harry Potter e comer brigadeiro com pipoca, pode ser? - ele assentiu todo felizinho e subiu com a gatinha, respirei fundo e mandei uma mensagem para o Thiago perguntando sobre as crianças, ele disse que já estavam tudo dormindo e que ia dormi também, me despedir dele e fui fazer a pipoca e o brigadeiro.

Coloquei o leite condensado e o creme de leite junto com o pó de achocolatado na panela, amo fazer meu brigadeiro com creme de leite porque fica mais cremoso e macio, fiquei mechendo ali por um tempo e logo ficou na testura boa, desliguei colocando no prato e levando a geladeira pra esfriar um pouco enquanto fazia a pipoca.

Coloquei o saco de pipoca no microondas e fui tomar um banho rapidinho.

__ me empresta uma camisa e uma cueca meu bem. - falei quando vi ele descendo, ele me chamou com a mão e eu subir atrás dele entrei no quarto super gelado e rir vendo a menina na cama toda enrolada e um monte de travesseiro ao redor. - não sabia que você tinha uma filha seu ordinário. - brinquei e ele jogou a camisa e a cueca em mim.

Dedé: é bagulho confidencial, quase ninguém sabe, só o Igão. - assenti e fui me saindo para o banheiro, tirei a roupa e amarrei o cabelo já que estava lavado, não quero molhar novamente, entrei no box e liguei o chuveiro na água morna e fiquei ali em baixo pensando na minha vida, em como tudo estava fluindo e em como isso me dava medo, ter paz é bom, porém assusta.

__ aí que susto seu porra. - falei vendo o Dedé entrar no box. - privacidade não temos né? - brinquei e sem mais nem menos ele me puxou grudando nossos lábios, pediu passagem com a língua e eu dei, me envolvi no beijo sentindo ele apertar minha nuca e puxar morder minha boca me soltando e saindo como quem não quer nada do banheiro. - tomar no cu André, atiça e não termina babaca. - falei puta e ele riu saindo do banheiro, bufei estressada e fui terminar meu banho.

Nosso recomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora