capítulo 28

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Henrique 🤍

Abrir os olhos aos poucos e tentei falar, mas tinha algo na minha garganta me impedindo, me sentir sem ar e comecei a ficar desesperado tentando me mexer, ouvir as máquinas apitar e um monte de médicos correr em minha direção, tirando alguma coisa da minha garganta.

__ calma, respira devagar. - a médica pediu e eu fui tentando fazer o que ela mandou e sentir uma dor horrível na garganta que fez meus olhos encher de água.

__ lu... Luan? - queria saber se ele estava bem, não me lembro de muita coisa, só quando aquela mulher apontava a arma pra ele e apertou o gatilho, não podia deixar ela estragar a vida de todo mundo de novo, então me joguei na frente dele e me jogaria mil vezes de novo, tudo pra deixar minha família em paz, eles já sofreram muito, precisam de paz.

Alana: ele está bem amor, agora só falta você ficar bem também. - entrou no quarto toda de branco, perfeita.

Sorrir pra ela e ela me deu um beijo na cabeça.

Alana: que susto você deu em todo mundo em Henri, os médicos vão fazer alguns exames em você para saber se tá tudo certo ok?

__ por que... Você... Não faz? - falei sentindo minha garganta arranhar, devo ter passado muito tempo dormindo entubado porque o tanto que está doendo não tá escrito.

Alana: porque eu sou da sua família, quando é da família não pode se envolver, então vou esperar aqui, enquanto você faz os exames, eu aviso a seu pai e seus irmãos, tá bom?

Assenti e logo eles me transferiram para uma cadeira de rodas, me levaram e foi o dia todo, exame em cima de exame, nem tinha comido nada ainda, estava com muita fome e sono também.

Agradeci mentalmente quando terminou o último exame e eles me levaram de volta para o quarto, sorrir quando vi a família toda reunida lá.

Mali: bem preguiçoso você né Henri, quase não acorda véi. - já me aloprou e eu rir fraco querendo bater nela, chatona mané.

__ não queria ver... Essa sua cara de...monga. - tentei aloprar mas minha voz mal saiu e ela gargalhou tirando onda comigo, sebosinha.

Coringa: colfoi pivete, é tudo mentira dessa feiosa, ela tava quase morrendo sentindo tua falta. - se aproximou de mim e fez o nosso toque de sempre, me pegou no colo e colocou na cama.

Clarinha: um bebezão, olá Madu, precisa de colo pra ir pra cama. - falou e as duas gargalhou, segurei o riso se não eu ia me lascar com a garganta, joguei uma almofada que estava lá na cama nela e ela pegou rindo e veio até mim me abraçando.

__ tava com saudades clarinha? - debochei e ela riu me apertando, ela é um porre, mas é um grude também.

Olhei pra Alana que olhava tudo com lágrimas nos olhos.

__ ih ala, tá chorando porque pô? - perguntei e ela riu se aproximando.

Alana: pensei que iríamos perde você, seu bobo. - me deu um tapinha na testa e abraçou eu e Clarinha ao mesmo tempo. - é lindo ver como vocês se amam. - debochou e as meninas se aproximou entrando no abraço também.

__ eu só amo tu pô, as outras eu aturo, somente. - fiz graça e meu pai riu, puxou o Luan que até agora não tinha falado nada e entrou no abraço também e ali eu vi que tudo que eu fiz valeu a pena, estava todo mundo bem e pelo visto em paz, tudo que eu queria agora era isso, paz.

Nosso recomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora