Capítulo 37

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André | Dedé ☠️

Ficar com a Alana era sempre bom, era bagulho de outro mundo, uma intensidade do caralho, independente se era no beijo, sexo ou só ficar no lovezinho como estamos agora, queria muito chegar pra ela e mandar a real.

A real que eu sou louco por ela, desde que ela chegou com aquela marra dela à um ano atrás, gamei valendo e não tenho medo de dizer isso, o meu medo é não ser correspondido.

Tô ligado na história dela com meu mano Coringa e se pá admiro pra caralho a coragem e disposição dela de ter ido embora e segurado a barra de tudo sozinha, admiro meu mano por ter reconhecido o erro e mudado.

Mas caralho essa nega me amarrou de um jeito que eu não entendo, fugir pra caralho de rolo e quando vi já estava enrolado nessa porra e pra desenrolar tá do caralho, quero ela só pra mim mas quem disse que a nega rende? Difícil pra porra, mas o pai não é de desistir no primeiro obstáculo não.

__ e se eu te foder agora bem gostosinho. - falei do nada e ela gargalhou colocando a mão na boca pra não acordar a Marina.

Alana: te manca bofe, tua filha tá aí hein. - falou e eu puxei o cabelo dela, a real é que estar com a Alana me ajuda a me lembrar do meu lado bom, o lado humano, nega safada que laçou o mano, paga de doida valendo mas sabe do sentimento do vagabundo. - quantos anos ela tem? Me fala dela cara. - pediu e eu fiz careta, não que eu não confie na nega mas falar da minha vida era uma coisa que eu não gostava, bagulho era só desgraça tirando a Marina.

__ ela tem quatro anos pô, não tem muito o que falar. - fiz careta e ela me bateu ficando emburrada. - mulher chata mané. - falei e puxei ela pra deitar no meu peito. - conheci a mãe dela em um baile da vida, toda Paty gostosinha, fiquei logo doido pra pegar. - brinquei e segurei as mãos dela que já ia levantar pra me bater. - ciúme de morto Alana?

Alana: Credo André, não fala assim. - falou toda sentimental e eu rir.

__ ué mas não tá morta? - ela negou com a cabeça segurando o riso e eu gargalhei, piada interna é muito bom cara. - enfim, rolou e depois ela sumiu, voltou dois anos depois com a piveta dizendo que era minha, deu um rolo do caraí, teste de DNA e tudo, e tamo aí até hoje.

Alana: e o que você pensa em fazer em relação a ela?

__ colocar pra adoção. - brinquei e ela riu. - minha filha né, vou criar com todo amor e carinho pô, era bem apegada a mãe dela mas com o tempo tudo se ajeita.

Alana: você é chatinho mas pode contar comigo para o que precisar tá bom?

Assenti fazendo carinho nela e ficamos em silêncio, não um silêncio chato ou constrangedor, mas um silêncio como quiséssemos falar alguma coisa mas nenhum tinha coragem, tava quase dormindo quando ela resolveu falar.

Alana: eu gosto de você André, estou bastante confusa mas gosto e espero não me decepcionar. - falou e eu levantei a cabeça dela para ela me olhar.

__ também gosto de tu jae? E o mesmo papo te dou, espero não me decepcionar contigo, então deixa os papos sempre na mesa, Jae? - ela assentiu e eu beijei ela, um beijo de gratidão por ela estar ali comigo naquele momento tão difícil.

Não tinha sentimentos pela Fernanda mas a minha filha tinha e ver ela tão vulnerável me deixava mal pra caralho e ter a Alana ali do meu lado significa muito.

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