Capítulo 43

779 43 5
                                    

Alana | Lana 🤍

Sair do hospital às dez da noite deixando uma das enfermeiras como responsável pela madrugada.

__ nem avisou que ia brotar gatinho. - falei vendo o André.

Dedé: quis fazer surpresa pô. - me puxou e me abraçou. - o dia foi longo aí né, cara de cansadona.

__ tô morta mô, cadê a gatinha?

Dedé: ela se amarrou na tua amiga lá, o Igão pediu pra ela ficar lá hoje e eu nem neguei pô, posso dormi na tua casa hoje? - fiz careta pensando se as meninas estavam em casa.

__ pode sim, deixa só eu ver onde está as crias. - falei pegando meu celular e ligando para o Thiago que atendeu no segundo toque.

Ligação 📱

Thiago: oii gatinha.

__ oii Thi, as meninas estão aí ou em casa?

Thiago: inventaram de fazer noite do pijama com o Henrique, ficaram aqui e apagaram de oito da noite, porque? Qual o b.o?

__ nada não só pra saber mesmo, amanhã eu passo pra deixar elas na escola ok? Boa noite. - ele me deu boa noite e desligou. - vamo gatinho?

Dedé: quer brotar na lanchonete lá em baixo antes?

__ pode ser. - subir na moto dele e ele desceu para a entrada do morro, como no hospital tem banheiro, toda vez antes de sair de lá eu tomo banho, é até melhor, porque evita de tá levando bactérias do hospital para casa, aí quando chego em casa só faço pôr as roupas do dia na máquina para lavar.

Rapidinho chegamos na lanchonete, nem tinha muitas pessoas por conta do horário e eu agradeci, tava morta, acabada, feinha capenga.

Dedé: vai querer o que mô? - rir achando graça dele falando assim.

__ pode ser um hambúrguer e uma coca cola bem gelada. - falei e ele assentiu indo lá no balcão fazer o pedido, sentir meu celular vibrar e era o Luan.

Luan: oii mãe, quero só me desculpar por mas cedo, acabei passando dos limites, é que me preocupo muito com vocês e até com o Thiago, essa vida dele não é legal mãe, sinto que algo pode acontecer a qualquer momento, só toma cuidado e cuida das meninas e do Henrique, beijo te amo. - ouvir o áudio e meus olhos encheram de lágrimas, eu sinto tanta falta do meu bebê, amo a forma que eu o eduquei, amo quando ele sabe que passou do ponto e volta para pedir desculpa, não guarda rancor só ficou rebelde um pouco em relação ao Thiago, mas vejo que ele tenta mudar isso todos os dias quando fala com o pai, agradeço muito a Deus por meu filho ter seguido um caminho diferente do pai.

Dedé: qual foi, tá malucona? Chorando atoa aí. - chegou falando e eu rir enxugando o rosto.

__ o Luan, uma hora dessa fazendo a mãe dele chorar. - ele riu. - cê acredita que ele quer que eu vá semana que vem pra lá? O aniversário dele é daqui a um mês, aí ele quer que eu vá com as crianças pra lá e fique lá até chegar o aniversário dele. - falei e ele fez careta.

Dedé: molequinho brabo, quer levar minha mulher mesmo. - falou e eu fiquei vermelha com vergonha. - ala, ficou vermelha mané. - brincou e eu dei um tapinha nele. - mas papo sério, porque tu não vai? Ficar um tempo longe dessa loucura toda, curti tuas crias pô. - falou e eu fiquei pensativa, seria uma boa, mas quem iria cuidar do hospital?

__ querer eu quero sabe, mas tem o hospital, esse mês eu que iria pegar todos os plantões porque a Anne já me cobriu demais esse mês que passou. - falei e nosso lanche chegou, amo que aqui é rapidinho, pediu chegou.

Dedé: e qual a dificuldade pô? Tu tem que botar na cabeça que não é só uma médica do hospital não, tu é a diretora geral, é praticamente teu, contrata alguém pô, um médico ou médica, alguém que esteja começando agora e precise de um estágio, tu contrata por um mês e coloca lá, deixa  alguma enfermeira da tua confiança cuidando das coisas também e monitora de longe pô, o ruim desse papo é passar um mês longe de tu. - rir terminando meu lanche.

__ um mês passa logo gatinho, pra um bandido bem que você é inteligente né. - brinquei.

Dedé: respeita o pai pô, terminou aí? Tô cansadão. - falou terminando o dele.

__ nem me fale em cansaço, terminei já. - bebi o resto da coca e ele foi pagar no balcão, fiquei esperando ele na frente da moto dele e avistei a Tatá vindo em minha direção, revirei os olhos cansada pra qualquer papo dela. - ih gatinha, hoje não. - falei quando ela chegou perto.

Tatá: não cansa de ser segunda opção Alana?

__ não. - debochei.

Tatá: sabia que tô grávidinha? - alisou a barriga que nem volume tinha.

__ parabéns? - ironizei.

Tatá: tem que dar os parabéns a o pai também, aproveita que ele tá vindo. - apontou para o Dedé que chegou dando um tapa no dedo dela. - não contou pra ela André?

Dedé: enche o saco não caralho, sei nem se é meu. - falou e eu fiquei chateada por ele não ter me contado porém não demonstrei.

Tatá: é seu querido, ou você tá esquecido? - debochou e saiu, respirei fundo e desencostei da moto.

Ele subiu na moto em silêncio e eu fiz o mesmo, em instantes chegamos na minha casa e eu desci entrando deixando o portão aberto pra ele entrar, fui direto para a área de lavar roupa, coloquei minha roupa do hospital na máquina lava e seca e sair indo em direção ao banheiro, escovei os dentes e troquei de roupa colocando o pijama.

Dedé: vai negar voz? - falou com o cigarro de maconha na boca sentado na cadeira da minha varanda no quarto.

__ tava esperando você falar, ia me esconder até quando? - não segurei e falei, odeio mostrar que algo me chateou, ainda mas com ele que não temos nada, só uma amizade colorida.

Dedé: não tava escondendo Alana. - falou e se aproximou de mim. - tá com raiva? - olhou nos meus olhos e eu desviei, ele segurou na minha nuca fazendo eu olhar pra ele.

__ não temos nada, não tem porque eu estar com raiva não é? - ele riu sem humor e me soltou. - vamos brigar novamente? - perguntei cansada.

Dedé: e quando é que não brigamos nessa porra Alana? Tu só complica os bagulhos tudo. - falou puto colocando a camisa de volta no corpo.

__ e o que eu fiz? Você que escondeu que vai ser pai novamente, só tô cansada André namoral. - falei realmente cansada.

Dedé: vou meter o pé. - falou saindo do quarto e eu nem me dei ao luxo de ir atrás, só fechei a porta do quarto, liguei o ar, coloquei meu celular pra carregar e despertar e me joguei na cama me cobrindo e indo dormi.

Muito cansada pra me estressar com macho uma hora dessa.

Nosso recomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora