Capítulo 16: A casa da vida

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A cada segundo que se passava sentia meu corpo congelar mais e mais, até que minha visão finalmente começou a escurecer, aquilo me deixou em total agonia, forcei me a tirar a cabeça do chão, mas o máximo que consegui foi olhar para o lado, mas nada mudou, por um segundo eu havia "recobrado" minha visão, mas aquele preto que eu estava vendo claramente não era culpa dos meus olhos, realmente tinha algo preto me cercando ali, algo semelhante a uma fumaça subia do chão e começava a me afundar no piso da caverna

- Hmm hum - tentei falar, mas algo me impedia

Se você já jogou God of War, aquilo foi exatamente igual quando aquelas mãos desciam para levar o Kratos a danação eterna. Incrível, o próprio Hades estava vindo me buscar em meu leito de morte. A fumaça tomou conta de toda minha visão, e por fim, não me lembro de nada que aconteceu, após isso, ficou tudo preto

- TIRA MÃO DAI MALUCO - gritei com o Deus do submundo. Ao menos foi o que pensei ter feito

No acampamento Júpiter alguém havia comentado comigo que semideuses tem sonhos estranhos, as vezes podendo até mesmo serem visões. Eu não tinha dúvida de que era um semideus, afinal, isso sempre acontecia comigo. Na maioria das vezes eu sonhava com um gigante no espaço que dizia ser meu bisavô ou algo assim, mas dessa vez foi diferente.

No meu sonho eu estava flutuando em meio ao espaço (como sempre), mas dessa vez não havia nenhum gigante cósmico falando comigo, apenas eu e a imensidão do universo

- Mó paz - falei comigo mesmo

FLUPI

Fui sugado por um buraco negro que surgiu repentinamente após eu proferir essas palavras

- Eu nunca aprendo - fiz cara de tacho -_- enquanto era sugado para a pqp

Agora me encontrava de frente para um grande e luxuoso hotel no meio do espaço, mas diferente do que eu já me encontrava antes, esse era como uma nebulosa, com diversas cores espalhadas que no fim faziam que predominasse um verde ou roxo, dependia do ângulo que se olhava. O hotel era gigante, parecia ser infinito, não conseguiria contar seus andares nem se quisesse.

Tentei ler seu letreiro, mas estava em uma língua que eu não conhecia, não era grega ou romana aquela escritura, parecia algo mais antigo ainda, me esforcei para ler, e consegui entender algumas letras daquele símbolo

V- L-HA-L

Quando estava próximo de descifrar a palavra por completo

FLUPI

Mais uma vez fui sugado, porém, agora fui parar dentro do hotel

Aquele lugar era imenso. Eu estava em um local que provavelmente seria o refeitório ou algo assim, diversas mesas de todos os tipos redondas, ovais, retangulares, se entendiam por todo salão; o teto era composto por vários lustres luxuosos, como os de mansões, e praticamente tudo ali brilhava como ouro. Ao centro de tudo estavam quatro pessoas sentadas em volta de uma mesa redonda, e ao redor delas haviam centenas de soldados escutando a suposta reunião

- Onde está o naul ? - um homem alto e forte perguntou aos companheiros - Yoshi ?

- Sei não

Olhei para a mesma direção do cara, e pude ver o Yoshi, ou melhor, a Yoshi, sei lá. Era uma das pessoas que Akira, Calina e eu enfrentamos no cassino lótus

Diferente da vez em que nos conhecemos, Yoshi estava com seu cabelo pintado de vermelho claro

- Lucas ?

- Deve estar no quarto - o homem que até então eu não conhecia se levantou - Eu vou buscá-lo

Lucas tinha uma estatura mediana, talvez 1,70 no máximo, era magro e tinha longos cabelos ondulados que quase puxavam para os cachos, usava uma armadura de batalha que parecia ser pesada

O Diário de um filho do MarOnde histórias criam vida. Descubra agora