Capítulo 5: Luta pelo conhecimento

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Tic tac

- Humm... - batia os pés no chão

Tic tac

- Hmmmmm... - levantei e comecei a rondar a sala

Tic tic

- AAAAA FALA SERIO POR QUE ELES ESTÃO DEMORANDO TANTO ??? - gritei
- Sossega aí, garoto ansioso - falou Carina que estava sentada ao meu lado no quartel da coorte I
- Para de me chamar disso e me fala o que tá rolando lá - gritei com ela
- Irmão, sossega - falou Mikey claramente estressado com toda situação
- Tudo que podemos fazer nesse momento é esperar, então, por favor Erick, senta a bunda ai
Ficamos mais algumas horas esperando até que Punk apareceu
TOC TOC
- FALAAAAA - saltei do sofá e cai bem em sua frente
- Bom... - ele começou
- Fala fala fala fala
- Nós senadores disc
- Fala fala fala
- Após a discussão ficou decidido que...
- Fala fala fala
- TA COM FORMIGA NO CU PORRA ?
TUM
Carina me acertou um croque na cabeça
- Ok, foi mal
Punk me fitou com total desaprovação
- Bom, como eu dizia. Após a reunião do senado, decidimos que Akira irá ficar como prisioneiro até fazermos um julgamento justo, aonde muito provavelmente, será executado no lugar do Dylan se tudo se manter como está. O julgamento será daqui dois dias, ao meio
...
Um silêncio agoniante tomou toda sala, ninguém se atreveu a soltar um pio
- Co-como assim executado ? - questionei incrédulo
- Ele cometeu diversas violações graves no dia de hoje, atacou um superior e ajudou um condenado a escapar
- Não foi de propósito, ele estava me defendendo
- Independente do motivo, em Roma, regras são regras e a lei é absoluta - punk tomou uma posição severa
Após essas duras palavras, o centurião da Coorte IV se retirou. Não entendo como ele poderia ser um velhinho que serve um café gostoso e ao mesmo tempo um cara tão duro
Todos os membros da Coorte I que estavam no local se mantiveram calados
- Pessoal ? - fiquei incrédulo - O que vamos fazer ?
Mas ninguém falou uma única palavra
- Vocês só podem estar de brincadeira com a minha cara - comecei a perder a razão
- Calma, Erick - Carina colocou sua mão em meu ombro
- Tira a mão de mim! - dei um tapa em sua mão - ele vai ser morto por minha causa, como você pode me pedir para ter calma ? Ele não é seu amigo também ?
Ela fitou o chão com uma feição de tristeza, mas nada respondeu
- Foi o que pensei...
Após isso sai correndo para o mais longe possível daquele lugar
Em poucos segundos me vi atravessando o campo de Marte, que nesse momento estava um vazio, igual na noite em que Akira e eu passamos por ali, fui em direção a algumas colinas que vi a frente, quando cheguei ao topo da que considerei mais alta, meu corpo desabou, eu não tinha tanto fôlego quanto achava. Comecei a socar a grama
- Droga - soquei - Droga, droga. Merda!
Eu estava soando, meu corpo tremia. Por que cacete eu estava daquela forma por alguém que havia conhecido a poucos dias. Eu me perguntava isso, mas eu sabia claramente a resposta para isso. Akira foi a primeira pessoa que cuidou de mim de verdade naquele lugar, praticamente o único ser humano que me tratou como alguém, ele conversou comigo, me treinou, assim como a Carina, me ensinou bastante coisas sobre aonde eu estava, sem ele talvez nem vivo eu estivesse, agora ele foi condenado a morte por me defender, isso não era justo...
- Talvez eu tenha exagerado um pouco em minhas palavras
Dei um pulo
- Meu Deus, por que vocês roxinhos gostam tanto de chegar do nada sem nenhum tipo de aviso prévio ?
Punk estava ali, em pé ao meu lado
- Ele terá um julgamento - disse ele cagando completamente para minha pergunta anterior - A pena para o que ele fez, é sim a morte, mas ele ainda tem a chance de se livrar
- O que você quer dizer com isso? - me levantei do chão e fitei punk nos olhos - Tem alguma forma de livrar ele dessa ?
Ele me deu um meio sorriso, como se dissesse "aprovo sua atitude"
- Em diversas vezes no mundo dos trouxas - ele se sentou em perna de índio - Bruxos como nós...
- Bruxos ? Trouxas ? Por que você está falando como se estivéssemos em hogwarts?
- Hahaha, desculpe, comecei a ler recentemente e estou no livro 5 - ele deu uma bela gargalhada
Fico surpreso como alguém consegue manter a calma enquanto outro alguém está a ponto de ter um infarte. Eu vou sentar a mão nesse cara
- Mas então, no mundo humano, acontecem diversos tribunais pelos diversos crimes
Ok, o tiozinho vai me contar da época que ele era advogado, daqui a pouco ele começa "quando cheguei aqui era tudo mato".
- Por diversas vezes, independente do crime que tenha sido cometido, se o advogado for bom, a pena só rell pode ser diminuída, ou até mesmo ele acabar sendo inocentado...
- Saquei - menti, não entendi nada
- Então, agora me retiro. Está na hora do cafezinho
Após a saída de punk, fiquei ali sentado por bastante tempo, me peguei pensando em diversas coisas, mas principalmente no que o cara havia me falado, não importa quanto tempo passasse, eu só chegava a conclusão de que NÃO TINHA ENTENDIDO NADAAA
Ao menos aquela conversa com punk e o tempo que passei sozinho ali me ajudaram a esfriar a cabeça
Me levantei e voltei caminhando calmamente até a coorte I, mas sem parar de pensar em momento algum, uma maneira de livrar Akira dessa
A primeira pessoa que avistei quando cheguei na Coorte I, foi Carina, ela aparentava estar muito aflita enquanto conversava com o Mikey
- Decidiu dar as caras fujam ? - o anão conhecido como Mikey me afrontou
- Você é idiota ou só não tem empatia ? - o questionei
Ele se levantou e me puxou pela gola da camisa. Foi estranho, meio que me puxou pro chão
- Você não é o único que está sofrendo com isso, não aja como uma criança.
- Vai a merda maluco - em seguida o empurrei - eu vou tirar ele dessa
- E como você pretende fazer isso, em calabreso?
Incrível como até mesmo bravo e preocupada Mikey não parava um segundo de ser um idiota
- Vocês verão... - puxei carina pelo braço - Vem cá, preciso de você
EITA PORRAAAA
Escutei alguns idiotas da Coorte gritarem, talvez insinuando algo...
Assim que estávamos longe dos quartéis, em um campo aberto começamos a conversar
- Onde tem uma biblioteca por aqui ?
Ela me olhou com total estranheza, que me remetia a
"Para que cacete você quer uma biblioteca?"
- Em nova Roma temos a livraria da Ella.
- Onde fica ? - a cortei antes que pudesse falar qualquer coisa
- Lembra aquele lugar aonde você enfrentou o monstro ? O coliseu. Naquela cidade - me informou ela enquanto parecia dizer o óbvio
Fiquei olhando para cara dela por cerca de uns 10 segundos sem dizer absolutamente nada
- Então...? - ela não mudava a feição de estranheza - Você não vai ir lá ?
- Eu meio que não decorei o caminho, você pode me levar até lá ? - argumentei enquanto corava de vergonha
- Claro - respondeu ela prontamente
Então eu e Carina partimos para a biblioteca. Após passarmos pelo campo de Marte aonde havia acontecido toda aquela merda para início de conversa, e a trivia, chegamos finalmente a minha pomeriana
- Larguem suas armas !! - aquela estátua irritante gritou
- Não estamos armados - afirmou Carina
- Ok... - a estátua ficou me fitando enquanto passava por sua linha.
Fiquei com medo dela considerar meu bracelete escudo como uma arma...
Quando parei de encarar a estátua e olhei para frente, vi algo que com certeza me tirou ar
Uma cidade, mas não qualquer cidade, era uma cidade romana. Todas construções remetiam a coisas antigas, suas paredes eram brancas/bege (dependendo do seu daltonismo ou do quão antiga era a contrução), seus telhados eram alaranjados/vermelhos, bem semelhante aos tijolos clássicos de casas, uma coisa que tinha ali para um cacete eram colunas, para todo canto que você olhava poderia avistar alguma, uma casa ? Coluna! Uma praça com uma fonte ? Coluna! Velhinho andando ? Coluna! Meio torta e dolorida mas, COLUNA!!
Outra coisa que me chamou muito a atenção naquele lugar era a forma que as pessoas se vestiam ali, diferente de mim que me vestia com uma camisa preta básica da insider, calça jeans e tênis da Adidas, as pessoas ali usavam sandálias, e o mais estranho, TOGAS, como se realmente fossem romanos vivendo nas épocas antigas
- Ok... - juntei as pontas dos meus dedos indicadores - estou me sentindo um tanto deslocado
- Relaxa, eles estão acostumados com legionários, sabem que não nos vestimos iguais pois temos que estar sempre prontos para o combate - Carina argumentou enquanto tomava a frente e me indicava aonde ficava a biblioteca
A claro, até por que calça jeans é super para combate
Andamos por cerca de uns 10 minutos praticamente quase que em linha reta. Eu adoraria falar sobre o caminho mas foi basicamente aquilo que disse antes, colunas, praças e telhados vermelhos. E por fim
- Chegamos - disse ela e parando repentinamente
Tum
- Aí - carina reclamou enquanto passava mão na cabeça
- Foi mal - me desculpei enquanto via se não ficou nenhum galo na minha testa - Tu parou do nada
- Bom, de qualquer forma, aqui é a biblioteca de nova Roma - ela apontou com a palma da mão para a placa que dizia
""Livros do Ciclope, Profecias e Gato Laranja"
- Que placa grande
- Sim - respondeu ela friamente
A biblioteca se destacava completamente em relação a toda a cidade, principalmente por aparentar ser feita de madeira, era imensa, aparentava ter no mínimo uns 3 andares fácil
- Vamos ? - perguntei a calina ansioso
- Ham, não sei se te contei... mas - falou ela com feição "tem uma coisinha que nos impede"
- O que foi ?
- Essa biblioteca tem uma guardiã, a leitura dos livros sibilinos, detentora de todo conhecimento romano, a harpia Ella - falava ela preocupada
- Idai ? - questionei sem entender
- De início Ella compartilhava sem problema algum o conhecimento com os outros, mas de alguns anos para cá, ela ficou egoísta, não permite que mais ninguém toque nos livros
- E por que a legião ainda não veio atrás dela para arranca-la daqui?
- Não é tão fácil... - ela começou a pensar, talvez na melhor maneira de me contar a história - Ella leu livros que nem se quer existem mais, por isso não podemos simplesmente mata-la, precisamos retirar esse conhecimento dela e transcrever. Muitos acham que no futuro chegara algum semideus com algum tipo de poder do gênero para fazê-lo, até lá, deixamos a biblioteca como um presente para a harpia
- Entendi... bom, vou entrar
- Ham?? - ela ficou surpresa - Você escutou alguma coisa que eu falei aqui agora ? - e começou a me seguir
A porta da livraria da harpia era enorme, duas portas de madeira maciça de uns 5 metros
TOC TOC
Bati na porta
- Todi em casa ?
Mas não recebi resposta alguma, então empurrei a porta da esquerda que se abriu sem muitas dificuldades, só com um barulho muito estranho de coisa velha prestes a se quebrar
- AAAAAAAAA - a primeira reação de caah foi gritar
Mas não a julgo
Quando entramos na biblioteca, pude ter uma visão deslumbrante. Livros, livros e mais livros, para toda parte e todo lugar, milhares de estantes ABARROTADAS de livros de todos os tipos, desde romances trágicos como a 5 passos de você, a culpa é das estrelas, á romances tóxicos como After, fantasias como Harry Potter, trono de vidro, The witcher, Percy Jackson...
- Opa, isso está no lugar errado - Carina retirou o box de Percy das fantasias e colocou em "histórias reais"
O que vocês precisam saber é, se um livro foi feito nesse mundo, ele estará ali
Andamos um pouco e chegamos no que parecia ser o centro da biblioteca, ainda havia 4 andares para cima, e algumas prateleiras eram entre andares, começavam no primeiro e acabavam no quarto. Fico me perguntando como faziam para pegar um livro meio termo que estivesse sei lá, entre o 3 e o 4. O centro da biblioteca aparentava ser o antigo local aonde as pessoas poderiam sentar para ler um pouco, era circular e grande, caberia muitas mesas ali
Então repentinamente ela apareceu
- Como ousam mexer em meus livros ?
Ella estava em cima da estante mais alta ao centro de tudo.
Ao menos eu acreditava que seria a harpia, mas não parece nem um pouco com o que eu imaginava
- Ham? - carina demonstrou estranheza ao olhar para a harpia - essa não pode ser ela
Sempre que ela falava ela, não sabia se estava falando Ella ou um pronome, que saco
- Por que você diz isso? Ela tem asas
- Sim mas Ella sempre foi descrita como pequena, e ruiva de todas as formas, tanto suas asas quanto cabelos, mas uma coisa que estou estranho, em todas as imagens que vi desse ser, suas asas saiam de seus braços
- Entendi...
É, imaginava uma harpia como as cartas do yu gi oh, mas aquela coisa estava mais para um anjo. Tinha longos cabelos ruivos que se emaranhavam com brancos, talvez o bicho estivesse ficando velha e com isso grisalha, ela era pequena e fofinha, 1,40 de altura no máximo? Um pouco menor que Carina. E tinha lindas asas, mas não aquele jeito tosco saindo dos braços, tinha lindas asas brancas/ruivas que saiam das costas, assim como um anjo. Seus olhos eram vermelhos assim como praticamente tudo nela.
- Vou repetir a pergunta, o que pensam que estão fazendo aqui ? - ela falava sério, mas sua voz não era grossa, era fofa
Juntando todos seus atributos físicos e voz, eu não pude parar de comparar ela com uma loli na minha cabeça
- Senhorita Ella - Carina começou a tentar explicar - No-nós gostaríamos de...
Se loco tava travando mais que Pc antigo em internet de escada
- Seguinte, o que minha amiga aqui insta querendo dizer é que - tomei a frente e passei Carina para trás com as mãos - Nós queremos todos os livros dessa biblioteca, eu preciso dos que contém sobre a história de Roma, legião, coortes e etc... E o para ela vamos querer, suspense, romance, fantasia, ficção e tudo que tiver aqui.
Um clássico silencio se estendeu por alguns instantes. Até que
- Hahahahaha - ela começou a gargalhar de chorar - Vo-vo hahaha
- Ham, o senhora, é sério pô - falei
- Vo-você quer o que ? hahaha
Essa doida aí tá me tirando, só pode
- Ae tiazinha - dei um passo a frente para me destacar em sua visão - Não estou vendo graça alguma
Então a feição da harpia mudou completamente, de uma criança brincalhona para uma mulher seria
ZOOOM
Ela voou em minha direção, em poucos segundos estava me fitando olho no olho
- Sabe que posso te matar facilmente, não sabe ?
- Seu, mas também sei que não vai
- Por que ? - questionou ela incrédula
- Você não tem esse direito, querendo ou não ainda está em nova Roma, se começar a matar pessoas, terá problemas com os romanos - cheguei mais perto, fazendo com que nossas testas se encostassem
Ela ficou em silêncio
- Eai, vai parar de encher o saco e sair da minha frente ?
- Humm - ela começou a contorcer o resto - aaaaa - em seguida saiu voando em agonia - AAAAAAAAAAA
Então repentinamente desceu com tudo
Tum
- Ok, por que não fazemos um jogo ? - ela me questionou
Era óbvio que iria querer fazer algum tipo de acordo, afinal não poderia me matar, mas também não tinha intenção de me deixar usar seus livros
- Um jogo ? Que tipo de jogo ? - perguntei com estranheza
- Um jogo de palavras
- Tipo um stop ? - Carina me tomou a frente - se for, eu posso jogar também ?
- Claro que pode - a harpia falou sem preocupação alguma com o fato de enfrentar dois humanos - Mas será um stop diferenciado - ela sorriu com total malícia - Por favor, fiquem no centro do círculo
E assim eu e Carina fizemos, pisamos no exatamente no meio do salão
Ela foi até um tipo de alavanca e a puxou, quando ela fez isso, o chão em nossos pés começou a afundar. Cambaleei e cai
- Você está bem ? - caah me questionou estendeu a mão
- Aham - usei sua ajuda para me levantar
Acredito que não teria problema em descermos no calabouço de Ella, afinal, é só um jogo, ele não poderia nos matar, e mesmo que pudesse nós não concordamos em jogar ainda
Enquanto desciamos, me espantei com a parte a baixo do lugar, tinham outra biblioteca ainda maior do que a lá de cima. Eu não conseguiria dizer quais livros tinham ali, estavam muito longe e o local era relativamente escuro, mas acredito que todo o segredo da humanidade estava contido naquele lugar
Assim que terminamos de descer até o fundo do local, uma mesa subiu no centro da do círculo, e três compartimentos com óculos VRs saíram de lá
- Coloquem, logo irei explicar como o jogo irá funcionar
- Não - respondi prontamente
- Como assim não ?
Admito que ao responder aquilo não passava nem wi-fi
- É Erick - Carina também ficou surpresa - não ?
- Olha senhora harpia, eu não te conheço e não topei jogar o seu jogo, você não me falou as regras e nem me disse se caso eu ganhar vou poder ficar com os livros, apenas falou "opo bora joga um game?" - argumentei irritado - Então diga de uma vez, explique detalhadamente como será o jogo e o que vai me dar se eu ganhar, o que perderei se não vencer, e aí sim eu coloco os óculos
- É... - ela coloquei a mão em seu queixo - Você é um garoto esperto
Hahaha - ela riu
- Não entendi a graça - falei
- Bom o jogo será o seguinte, falaremos palavras seguindo as 26 letras do alfabeto, pode ser dito qualquer coisa, de qualquer idioma ou língua, o que for dito será sumonado em nossa frente, se a palavra se repetir ela some, se for dita pela primeira vez aparece, a pessoa não pode repetir a mesma palavra, se não perderá, ou seja, o outro jogador pode falar algo que primeiro player disse com a intenção de que suma, mas a pessoa que invocou aquilo não pode fazer sumir - ela falava falava e falava - O jogo acaba quando um jogador repetir uma palavra que ele já falou, quando assumirem desistência, não falar nenhuma palavra por 30 segundos ou morrerem.
Eu com certeza não estava esperando esse morrer no final
- Resumindo, esse jogo será igual ao "No game no life"
- Basicamente, mas com a regra do alfabeto - ela me respondeu
- Entendi... - pensei um pouco - eu topo então
- Eu também - falou Carina
Para ser sincero esqueci que ela estava ali
- Bom, vamo lá então - peguei o VR e o coloquei na cabeça
Assim que o fiz não vi nada mudar, não me senti como se estivesse em um jogo ou algo do tipo, continuei vendo tudo que via a minha volta normalmente
- Bom, agora que todos estamos prontos, podemos começar - ela estava muito contente com aquilo, talvez ficar ali apenas com livros se tornou um tédio em algum momento - Eu irei começar, depois o rapaz e por fim a garota
- Ok - falou ela - Hummm, deixa eu pensar
Bom querendo ou não, Carina e eu somos uma dupla, temos que conseguir nos organizar para que um ajude o outro a impossibilitar Ella de falar em 30 segundos, mas para isso, sua primeira palavra seria essencial
- Abajur - uma luz azul se fez no centro da mesa, quando ela sumiu, apareceu um abajur
Ella sorriu
- Comecei simples para que possam se acostumar ao jogo - ela manteve aquele sorriso idiota no rosto - Agora é sua vez, Erick Silva. Você tem 30 segundos
- Ok - sorri para ela
Eu nunca fui bom em stop, mas tinha uma coisa em mente que começava com a letra B, e precisava testar minha teoria
- Bomba Atômica














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