Capítulo 1: Eu odeio a cor roxa

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Voz misteriosa

Há muito tempo atrás, os acampamentos Júpiter e Meio-Sangue já foram inimigos, mas graças aos esforços 9 bravos heróis, tudo isso ficou no passado. Mas atualmente, um novo mal ameaça a paz entre esses antigos rivais, e não só à eles, nórdicos e egípcios também entraram nesse conflito, que se tornará uma grande guerra futuramente se não for impedida.

- Eu não quero envolve-lo nisso!
- Ele precisa lutar nessa guerra, sem ele, nosso mundo não terá chance contra os novos deuses!
- Não, eu não quero! Ele é meu filho e eu não vou deix... NÃOO!!!!

Erick Silva

No início não era nada, em seguida era tudo. Claro, se tudo pudesse ser descrito como o chão se aproximando da minha fuça em alta velocidade.
- Aaaaaaaaaaa!!! - Gritar foi minha primeira reação.
Enquanto caia, eu vi montanhas, túneis, lagos e um bando de gente estranha com camisas roxas apontando armas na minha direção. Infelizmente acredito que isso tenha sido o de menos, no fim o que eu mais queria, não pude avistar, que seria uma chance de sobrevivência.
Quando estava próximo de me esborrachar, um flash de luz veio em minha direção, que me deixou incapacitado de enxergar por alguns segundos. Quando recobrei a visão, estava... Descendo por um arco-íris?!?
Aquilo, seja o que fosse e de onde tivesse vindo, me deixou em segurança no solo. Certo, "em segurança" talvez não fosse a expressão certa, pois aquilo que minutos atrás não tinha muita importância, agora havia se tornado um grande perigo. Ao meu redor perfeitamente organizado havia se formado um círculo com escudos e lanças apontadas para mim.
- Quem é você e de onde vem? - Um homem alto e de longos cabelos me perguntou. Ele segurava uma porta, na verdade era um escudo, mas do tamanho de uma porta.
Me coloquei em posição de rendição, mostrando que não carregava nenhuma arma.
- Calma lá família, bora se acalmar?? - Respondi nervoso com o círculo de escudos que se fechava ainda mais diante de mim.
- Eu fiz uma pergunta! - O homem voltou a gritar.
- Cara, eu não sei! - Respondi tentando acalmá-los, mas infelizmente, não sabia o que dizer para acalmar aquela multidão.
- Capturem-no!
Após essa ordem, os escudos avançaram com tudo em minha direção, felizmente, foi nesse momento em que vi uma brecha. Em meio ao monte de lanças que vinham em minha direção, apontadas pelos que aparentemente estavam dando suporte aos escudeiros, uma delas não conseguiu acompanhar, foi lenta, me dando exatamente o precioso segundo que eu precisava.
Corri na direção daquele escudeiro sem suporte e saltei em cima de seu escudo, conseguindo assim o impulso necessário para que eu fosse jogado para fora daquela falange.
Quando aterrissei na grama, parei um segundo para olhar para trás.
Grande erro.
Todos os roxinhos estavam correndo em minha direção, aparentemente com a intenção de matar.
Comecei a correr em linha reta, sem um destino claro, sem saber para onde e nem como ir, apenas sabendo que caso eu parasse seria capturado ou até mesmo morto no mesmo instante.

"Vá para a água"

- Que?!

Em meio aquela correria escutei algo estranho em minha cabeça, algo que parecia uma voz, que dizia:

"Ela lhe dará forças"

Naquela altura do campeonato, eu que não iria questionar o por quê havia uma voz em minha cabeça me dando ordens. Apenas a obedeci. Parei em meio a um tipo de rio que aparenta passar por todo o lugar, me virei e fiz um sinal com as mãos que indicava "Venham!".
- Vou acabar com vocês! - Gritei.

5 Horas depois.

Grades, tudo que havia eram grandes.
- É, pelo visto a água não me deu força alguma...
Ok, não sei o que estava pensando, "Venham, eu vou acabar com vocês", eu mal lembro do meu nome, o que deu em mim para achar que poderia lutar contra um exército sozinho e ainda sair vitorioso?
Aquela maldita voz que escutei deve estar pensando agora "Trolei garai, é pegadinha alek." enquanto ri da minha cara.
Eu poderia contar uma história incrível de como eu lutei bravamente contra os roxinhos, da forma que eu derrotei diversos deles antes que conseguissem me capturar, mas a história não foi bem assim. Eles me cercaram ao redor do rio, senti uma pancada forte em minha cabeça antes mesmo de poder fazer qualquer coisa, e então, tudo que me lembro depois é de ter acordado aqui.
O lugar onde eu estava aparentava ter poucas celas, e cada uma delas tinha pouco espaço, acho que isso indicava que os caras de roxo não faziam muitos prisioneiros. Isso pode ser visto como algo bom ou ruim, depende do ponto de vista, mas ao meu ver, era muito ruim.

O Diário de um filho do MarOnde histórias criam vida. Descubra agora