Capítulo 14: A SEU FILHO DA PUT* DESGRAÇD* ARR*MBADO FILHO DE UMA ÉGUA

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Já havia anoitecido quando cheguei até o "fim" do Pequeno tibre, era um lago em Nova Roma, metade do lago estava dentro da linha pomerana. Torci para que aquela estátua doida não viesse me atacar dentro do lago após eu adentrar ali cheio de armas. O lago ficava entre o Circus máximos e a Casa do Senado.

Eu estava abarrotado, com uma armadura que punk dizia ser "A melhor da tecnologia moderna, trazendo mais proteção do que peso", porém, não deixava de ser pesada, talvez por eu ser meio frangolino, acho que eu deveria ir a academia. Me imaginei afundando com aquilo e morrendo afogado, não importava quantas vezes eu pensasse, minha mente sempre chegava a mesma conclusão. Então repentinamente tive uma ideia

- Já sei - comecei a retirar o elmo, peitoral, braçadeiras e etc... - Vou joga-los no fundo do lago e depois eu busco um por um nadando

~VOCE É IDIOTA?~

Escutei a voz de Nico gritar em minha cabeça
Vocês já tiveram esses momentos ? No qual aonde você se repreende com a voz de outra pessoa ?

Por fim, me lembrei do por que o Tibre supostamente seria o caminho até o lar das parcas. O rio simplesmente sumia ali, naquele exato lago, águas continuavam a descer infinitamente, mas o lago nunca enchia, por isso o mito de que havia ligação com o submundo foi criado.

- Então se isso for verdade - pensei em voz alta - Existem altas chances de eu perder todo meu equipamento no mundo inferior, o elmo ir parar nos asfodelos, meu peitoral no tártaro e minha espada nos elísios

Por fim decidi pular vestindo meus trajes. Saltei com tudo, no meio do ar, após eu ter pulado para cair no lago eu pensei "Mano, e se eu não souber nadar ?"

Esse negócio de falta de memória é realmente um saco

Cai dentro do lago, mas logo minha pergunta foi respondida, sim, eu sabia nadar, e nada mal por acaso, eu não sabia explicar como cada movimento das minhas pernas ou braços faziam eu me mover ali embaixo, mas faziam, era como algo natural, quase como se eu tivesse nascido para isso

De início eu não consegui ver nada, talvez pelo fato de ter anoitecido lá fora, ou por que realmente é escuro embaixo d'água, mas as poucos, minha visão foi clareando cada vez mais, e aquele breu de escuridão se tornou um azul escuro. Poucos segundos depois, eu já conseguia enxergar tudo lá embaixo, não tinha muita coisa, era realmente um lago comum, alguns peixes nadavam para lá e para cá, jurei ter visto o ator que fez "Procurando Nemo". Mas enquanto eu admirava a vida marinha, senti algo me puxar para baixo, não, não era uma criatura, era a água em si, começou querer me levar a algum lugar, quase como se tivesse vida própria. Olhei para o local que estava sendo puxado, no fundo do lago havia um buraco grande, de um  tamanho que passariam facilmente umas 3 pessoas ao mesmo tempo por ele, era um círculo extremamente escuro, mesmo minha visão tendo se acostumado com tudo ao meu redor, lá dentro eu não conseguia ver nada

- O po

BLUFOO

Por um instante esqueci que estava embaixo d'água e tentei falar sozinho. Sim, eu sou um grandíssimo idiota

~ Okay, agora é nadar ou morrer ~ pensei

Então segui o fluxo da água que me puxava até o buraco

Após alguns segundos sendo levado até as trevas, notei que já não conseguiria voltar, a corrente que me puxava já estava muito forte

~ Acho que teria sido uma boa ideia ter subido para pegar um pouco de ar antes de fazer isso ~

Mas já era tarde quando pensei nessa possibilidade

Adentrei no buraco, e comecei a cair, aquilo era como um toboágua, só que mil vezes mais mortal. Descia em uma velocidade tão grande que cada vez que eu me chocava contra as roxas das paredes eu me feria gravemente, se aquilo se estendesse por muito mais tempo eu não conseguiria chegar vivo até o outro lado. Chegou um momento que choquei minha lombar com tanta força na parede que gritei de dor

O Diário de um filho do MarOnde histórias criam vida. Descubra agora