Capítulo XX

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Opa, opa, estou aqui pessoinhas, demorei um pouco?

Enfim, aqui está o capitulo, tem alguns gatilhos, mas não diria que são uma red flag enorme, tentei não detalhar muito. 

Só isso para dizer aqui no início, espero que tenham uma ótima leitura 🖤🖤

Ps: Já devem saber, mas esperem erros de português, e já peço desculpas🥲

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Neil dormiu nos primeiros cinco minutos no carro.

Ele não queria, mas foi impossível manter os olhos abertos naquele horário com o som ambiente que Betsy escolheu para tocar na aberração azul dela. A mulher tinha escolhido música clássica para tocar as cinco e pouco da manhã, em uma viagem que duraria no mínimo três horas completas. Neil se perguntou quem caralhos escolhe esse tipo de música nessas circunstâncias? Na verdade, quem escolhe esse tipo de música em qualquer circunstância?

Mas pelo menos, graças a isso, ele acordou quando eles estavam entrando em Davidson, onde estava localizada a clínica que Andrew passaria sua reabilitação. Ele soube disso quando conseguiu abrir os olhos e encarou a janela por tempo o suficiente para reconhecer a arquitetura da pequena cidade.

Assim que confirmou seu paradeiro, ele olhou para frente.

Betsy dirigia tranquilamente, sua cabeça balançando um pouco para os lados de acordo com a música. Ao lado dela, Andrew estava incrivelmente imóvel, apenas olhando bem para notar o peito dele subindo e descendo.

Finalmente, Neil pensou quando o carro passou pelo arco da clínica e parou na calçada, onde Wood e mais dois homens estavam os esperando. Betsy estacionou um pouco antes de chegar nos homens, ela olhou para Andrew e então foi a primeira a sair, um sorriso educado no rosto enquanto se dirigia aos outros adultos. Neil a observou apenas alguns segundos antes de mudar sua atenção para Andrew.

— Drew. — ele chamou, pois não tinha certeza se o loiro estava acordado.

Andrew não o respondeu, mas abriu os olhos. O loiro se moveu e por um momento seus olhos focaram-se fixamente no grupo a frente, onde Betsy estava. Então, sem olhar para Neil, ele soltou um suspiro pesado e destravou o cinto de segurança. Com movimentos lentos e precisos, abriu a porta do carro e saiu, seguindo na direção de Betsy e os outros homens que estavam à espera deles.

Neil não demorou a fazer o mesmo, andando atrás de Andrew a passos mais curtos, analisando cuidadosamente o loiro. Andrew parecia tenso e distante, o que era esperado. O andado dele era seguro, mas ele estava escondendo as mãos no casaco, o que poderia significar que ele devia estar tremendo. Como Neil tinha dormido praticamente todo caminho, não tinha como ele saber se em algum momento houve alguma parada para Andrew vomitar, isso o fazia ficar perdido para saber em qual estagio da ressaca o outro estaria. 

Quando se aproximaram o suficiente, a atenção dos adultos caíram sobre eles.

— Neil, como é bom te ver garoto. — Wood é o primeiro a falar alguma coisa e estender a mão a ele.

Neil tenta não esboçar nenhuma reação enquanto aceita o comprimento, mas ele percebe o olhar pesado de Andrew nele, com certeza se perguntando o motivo de Neil conhecer um psiquiatra ou porque de Neil não falar que conhecia o psiquiatra que ficaria responsável por ele. Talvez ele estivesse se perguntando os dois...

— Bom dia. — disse Neil, seus olhos indo um pouco mais além da figura do médico, para a clínica Spencer. — Você escolheu a arquitetura gótica de propósito ou essa construção já existia? — Neil pergunta, em espanhol, possivelmente errando algumas pronuncias.

I Need to Live, Not Survive - All for The GameOnde histórias criam vida. Descubra agora