Bride for Vengeance.

Capítulo 15

5 anos depois...

Nesse exato momento, estou sentada em frente à lápide que fizemos para o meu irmão.

S/N: Como eu queria que você estivesse aqui... Acho que tudo seria mais fácil. Mas como eu pude perder você, meu irmãozinho? A culpa é minha. Eu não consegui te proteger.

Ela começa a chorar.

S/N: Me perdoa, Haru, por não ter cuidado de você como deveria. Eu fui uma péssima irmã...

Ela deixa as flores e sai do cemitério.

De longe, um homem a observa, vendo a tristeza dela.

Homem: Você é boa demais...

Assim que chega em casa, Ichiro corre em sua direção.

Ichiro: Mamãe!

S/N: Oi, meu amor!

Ela se abaixa e o abraça. O abraço dele é algo que a conforta, especialmente nesse dia.

Ichiro: Mamãe, você está chorando?

S/N: Não, amor, a mamãe só está feliz por ter você aqui comigo.

Ichiro: O papai me deixou aqui agora há pouco. Ele disse que tinha que resolver umas coisas no trabalho, mas eu acho que ele foi ver a namorada dele.

S/N: Seu pai tem o direito de namorar também, e eu não me importo de ficar com você.

Ichiro: Mamãe, faz biscoitos para eu comer? A tia que trabalha aqui não faz igual aos seus.

S/N: Porque os da mamãe são especiais, feitos com amor. Agora vai brincar no seu quarto que a mamãe já está indo.

Ichiro: Tá bom, mas não demora muito. Eu não gosto de ficar sozinho.

S/N: A mamãe promete que não vai demorar.

Assim que ele sobe, ela vai para a cozinha.

Empregada: Bom dia, senhora.

S/N: Bom dia. Espero que o Ichiro tenha se comportado enquanto eu estava fora.

Empregada: Ele é um amor de menino. A senhora e o Sr. Haitani estão o criando muito bem.

S/N: Estou fazendo o meu melhor para que ele se torne um homem incrível.

De repente, ela ouve um grito vindo do segundo andar. Larga tudo o que está fazendo e sobe correndo.

S/N: Ichiro?

Quando entra no quarto, vê Kataro, filho de Aiko com Ran, em cima de Ichiro.

S/N: Filho!

Ela imediatamente tira Kataro de cima de Ichiro, que começa a chorar.

S/N: Meu amor, o que aconteceu?

Ichiro: Ele me bateu, mamãe... Ele quebrou o brinquedo que você comprou pra mim.

Ele chora ainda mais, e ela vê um corte na mão dele. Ela o abraça.

S/N: Tudo bem, meu amor, a mamãe vai comprar outro.

Ichiro: Mas eu queria esse...

S/N: Vai ser igualzinho, amor.

Nesse momento, Ran entra no quarto.

Ran: O que aconteceu?

Kataro: Papai, ele me bateu!

Ele aponta para Ichiro enquanto chora.

Ran: Ichiro, você não pode fazer isso com seu primo. Você está de castigo!

S/N o encara e se aproxima de Ran.

S/N: Não estou te entendendo, Ran.

Ran: Ele vai ficar de castigo!

Então, S/N pega a arma que estava na cintura de Ran e aponta para a cabeça dele.

S/N: Do que você está falando?

Ran não a leva a sério.

Ran: Para de brincar.

Ela destrava a arma, e ele começa a andar para trás até encostar na parede.

S/N: Foi esse bastardo que entrou no quarto do meu filho, quebrou o brinquedo dele e machucou o meu filho! Foi esse garoto! E agora a culpa é do meu filho só porque o seu chora?

Ran: S/N...

S/N: Essa é a minha casa, a casa que eu fiz para receber o meu filho, não esse garoto. Eu fiz essa casa para a minha família, para os meus filhos, não para um intruso.

Ran: Ele é meu filho, e essa casa também é minha!

S/N: Pegue esse seu filho e saia da minha casa, porque não foi para ele que eu a construí.

Ran: Você não construiu essa casa para o seu filho. Essa casa é o caixão do seu luto.

S/N: Essa casa pode ser qualquer coisa, menos a casa do seu filho.

Ela fala com os olhos cheios de lágrimas e raiva. Aquele era o pior dia da sua vida, a data da morte de seu irmão.

Ran: Você não consegue me machucar, S/N. Você ainda me ama.

S/N: Amor? O meu ódio por você é maior do que qualquer outra coisa que eu possa sentir.

Ela se afasta.

Ran: Então atira em mim. Prova que esse seu ódio é real!

Sem pensar duas vezes, ela atira no ombro dele.

S/N: O próximo pode ser na sua cabeça. Mas o seu filho vai precisar de um pai, mesmo que seja um merda como você.

Ela volta ao quarto de Ichiro e o pega no colo.

S/N: Vamos tomar um sorvete com a mamãe, amor.

Ichiro: Tá bom, mamãe.

Enquanto ela sai, encara Ran, que segurava o ombro, ainda sem acreditar no que aconteceu.

S/N: Você pode acabar comigo, pode me destruir, mas nunca mexa com o meu filho.

Ela se vira e sai com Ichiro.