POV LAUREN
Cheguei em casa, e assim que entrei, Tay me esperava na sala.
- Bonito né Jauregui, sumiu o dia todo. Andou por onde? - minha irmã indagou, ela poderia ser da polícia.
- Primeiro fui pra minha sessão de fisioterapia na casa do Alejandro, depois ele e Sinu me convidaram pro almoço, depois fui tomar café com a Claire, eu te falei dela. Eu acho até que Camila ficou com ciúmes ao saber de Claire.
- Claire, ah sim a recepcionista da sua psicóloga. - ela divagou, e logo se deu conta. - Camila com ciúmes de você? Preciso de informação e detalhes, anda Jauregui. - apontou para o sofá de forma intimidadora, eu disse que ela seria uma ótima policial.
Expliquei pra ela sobre como Camila se reportou a Claire quando a mesma foi me buscar na casa dos pais dela.
- Ok, nós nunca chegamos nessa parte, pelo que me contou, há indícios de ciúmes por parte da Camila, mas isso não garante nada. - Tay ponderou pra ela mesma.
- Não, não garante, mas isso pode ser o início de que o ódio dela por mim esteja passando. - constatei.
- Talvez seja, soube pela Molly, a assistente do seu Alejandro que Camila se mantinha informada diariamente sobre seu estava do de saúde, sem contar que no dia em que foi levada pro hospital ela foi te visitar e saiu de lá abaladíssima.
- Pera aí, Camila foi me ver no hospital? Então eu não sonhei.
- Sonhou com o que? E sim ela foi te ver, me conta sobre o sonho. - Tay me perguntou curiosa.
- Eu nunca contei pra ninguém, na verdade nem fazia sentido pra mim, mas quando eu estava desacordada eu sonhei que estava dentro de uma caixa toda em vidro, e Camila me dizia várias coisas e dentre elas, ela me contava como quis acabar com sua vida quando eu fui embora, o fato dela achar que eu não passava de uma lembrança ruim, mas que no final de tudo ela ainda me amava, eu tentava quebrar a caixa pra alcança-la mas não tinha forças, enquanto ela chorava e dizia que me amava. - contei sobre o sonho. - E se não tivesse sido um sonho, e se ela ainda me ama, Tay?
- Laur, não sei te dizer se foi sonho ou realidade, mas que ela foi te visitar e ficou contigo alguns minutos enquanto estava em coma, ela foi. Mas só há um jeito de descobrir se isso é verdade.
- Como? - incentivei ela a continuar a falar.
- Pergunte pra ela, mesmo com as patadas, mostre que você fará de tudo pra ter o perdão dela, insista em recomeço e não retomar o que passou.
- Mas como eu faço isso?
- Aí é com você, eu confio em você, confie você também. - deixou um beijo na minha cabeça. - Agora deixa eu ir que tenho um compromisso com a Alice, tchau Laur.
- Tchau Tay.
Depois que Tay saiu, fiquei refletindo sobre como eu faria a pergunta de um milhão de dólares para Camila. Optei por não jantar, estava cheia, havia comido demais no café, aproveitei meu cansaço, tomei um banho e me joguei na cama, troquei algumas mensagens com Teri e Claire antes de finalmente pegar no sono.
Por ter dormido cedo no dia anterior, em pleno domingo lá estava eu acordada às seis da manhã, decidi que iria caminhar, já tinha tomado um banho rápido e feito minha higiene matinal, desci, peguei apenas uma maçã e sai de casa, antes de seguir pro meu destino passei em uma cafeteria que tinha próxima a casa dos meus pais, peguei um café e pedi um táxi, eu poderia ir andando até o lago, mas não queria forçar.
Assim que cheguei na entrada do parque onde o lago ficava, fui caminhando devagar até a beirada do lago onde me sentei colocando meu copo de café e minha bengala ao meu lado, respirei fundo e fiquei hipnotizada olhando para o horizonte. Por fora parecia estar plena, mas por dentro eu estava um turbilhão, precisava encontrar uma forma de indagar Camila. Fiquei mais um tempo com os olhos fechados, inspirando aquele cheirinho das flores que estavam espalhadas envolta das árvores.
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Pra sempre minha garota
Fiksi PenggemarLauren teve que sair de Morgantown ao escolher sua carreira, deixando pra trás seu verdadeiro amor e sua capacidade de amar um outro alguém. Dez anos se passaram, um evento a obriga a voltar às suas raízes. Encontros, pessoas, um amor adormecido, tu...