Capítulo 2.Ás lágrimas de dois homens

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    Ele continuou a história aos sons das lágrimas crescentes ao fundo.

    Quarto relato de Borba
    Em 1967 veio novamente, o crime foi tão sangrento quanto os que já contei, foi um único crime, que parecia que ele fugia dele. A greve de dois anos? Não sabemos, normalmente, os ataques aconteciam de ano em ano, mas foi diferente, ele parecia isolado.
    Onde foi o crime? Em um prédio inteiro...

    "Ele se isolava! Tentava! Tentava! Mas um dia, de cima de sua varanda, novamente, ele viu as pessoas andando lá embaixo, mas numa coisa, ele bateu o olho... E correu para dentro. Não sei quem que foi que ele avistou.

    Foram corredores de prédio, correu, e correu... De fora, se ouviram gritos. Eles rapidamente se calaram. No instante que entraram no prédio... Todos estavam subitamente mortos!

    Veja que horror! Por onde o infeliz saiu? Este é o poder do Ceifador!

    Os corredores se encharcaram, e o sangue desceu pelas escadas... Neste ponto, não se sabe. O Ceifador, ensanguentado, se misturou na multidão de pedestres que passava por baixo do prédio? Não sei... Mas eu acho que é de alta importância que você saiba. Naquele dia, uma sombra se passou pelo céu, não se sabe, os poucos que viram, acordaram mortos. Eles foram mortos pelo Ceifador? Isto eu não tenho certeza... Mas está entidade me dá medo!... ELE ME PREENCHE POR MEDO!

* * *

    Borba, se calou, e apenas de ouviu ao fundo, cadê vez mais alto, o choro do Ceifador.

    Contar aquele história estava sendo tenebroso a Thiago, mas a principalmente a sanidade de Borba que ia se desgastando. Quanto mais ele contava, mais ele parecia fora de si, realssando que: "Eu tenho medo dele"

    Ele se sentia dominado. Em um ponto, Borba começou a chorar junto ao choro do Ceifador subitamente. Thiago, não entendia mais o que estava acontecendo lá, apenas esperou o próximo relato de Borba.

    Chegou! Finalmente o choro chegou ao fim, e ele se pôs para contar o quinto e último relato, mas sua voz estava roca como nunca antes... Emanava angústia.

    Finalmente, contou aos choros:

    Quinto relato de Borba
    Este relato desta vez é... Angustiante... Principalmente para mim. O que parecia que era o sumiço do Ceifador foi a pior coisa que me aconteceu.

    Em 1969, quando a frequência parecia ter desaparecido. As pessoas emcobriram o caso do Ceifador ao invés de procurá-lo nestes dois anos inativos dele.

    Diferente de todos, este crime foi menor, mas tocante. O que fechou a carreira INFELIZ! Deste outro infeliz...

    Enfim... Eu irei contar, mas saiba que contarei às lágrimas.

    "Naquela noite, Eu acordei aos sustos dos barulhos vindos da porta. Ao me levantar com a visão turva na calada da noite, eu ouvi os gritos, aqueles gritos saiam da minha própria casa!

    Corri! Ora, como corri! Eu abri a porta, neste momento, os gritos se calaram. Eu vi, aquela imagem, daquele monstro, parado na minha frente, após abrir a porta do quarto dos meus pais... E ele estava ensanguentado.

    O sangue escorreu debaixo da porta. Ele, me viu, me ignorou, apenas deitou em posição fetal, a frente daquela porta. Eu gritei aos montes! Peguei uma faca na cozinha e corri devolta a sala, onde ele estava deitado. O sangue escorria por trás dele, o mais perturbador era ouvir os gritos que ele mesmo dava: "Pare! Pare! Eu não aguento mais! Morra! Morra!" Eu ouvia isso, vendo um homem encharcado de sangue em posição fetal, na frente do quarto dos meus pais também encharcado.

    Isso me dá pavor além do normal... Até hoje...

    Eu corri na direção daquele infeliz! Empunhando a faca. Ele me via e continuava a repetir as palavras: "Morra! Me deixe em paz!". Fui parado por a campanha batendo: "Polícia!". Ela estava ali por causa que a janela do quarto dos meus pais, expirava sangue, que escorria até o andar de baixo.

    Eu atendi, com os pés encharcados. Logo atrás de mim, veio o Ceifador, ele veio até a polícia se entregando, ainda repetindo: "Eu não aguento mais!"

    Foi quando ele saiu nas viaturas, que eu cometi o erro de subir e abrir o quarto dos meus pais (coisa que os delegados disseram que eu não fizesse até que voltassem). Lá... Eu me arrependi de não matá-lo"

* * *

    Enquanto Borba chorava após o relato, Thiago foi tomando por um puro horror que era indescritível. As palavras que Borba dizia a ele com angústia eram... Pesadíssimas, ele se horrorizou ainda mais ao lembrar que isso vinha da pele de Borba.

    As lágrimas de Borba chorava de mesclavam com as do Ceifador, que durante todos os relatos, ele estava assim, chorando. Aquilo era um show de horrores, pior do que ouvir o quinto relato foi ouvir os dois homens chorarem. Thiago sabia o por que Borba chorava, mas por que chorava o Ceifador?

    Em meio a isso o Thiago se cansou, e se levantou dali, indo em direção a porta. Borba o segurou pelo pulso.

    _ Não saia daqui, Thiago! Não abra está porta! _ sussurrou Borba no ouvido de Thiago.

    _ Pois vou! Vou ver como está o homem, ou melhor, o infeliz.

    Mesmo com os gritos e choros de Borba, Thiago abriu a porta e foi até a cela do homem. Borba ficou observando ele na porta da sala.

    O Ceifador continuava a berrar, era um suplico muito longo, até demais. Ao ver Thiago, o carcereiro, o Ceifador engoliu o choro, de olhos já quase inteiramente vermelhos de tanto suplicar sozinho na cela. Como qualquer um que já passou pelo corredor da morte o Ceifador também era gente.

    Foi nisso que Thiago deu meia volta, voltou para a sala, tranquilo. Mesmo assim, Borba trancafiol a sala pelo tremendo trauma que carregava. Eles olharam para o relógio, o turno já havia acabado, então, os dois carcereiros que se distrairam na proza dramática, saíram de lá atrasados, para que os próximos carcereiros tomacem o turno, esses que já haviam chegado.

    No dia seguinte, no turno de Thiago e Borba, seria a execução do Ceifador, então viria outro homem, Raúl e Gustavo, os carrascos, amigos deles. Foi nessa saída, que Thiago, passou diretamente pela porta, mas Borba, ao ver o Ceifador nas grades, tomou um ódio tremendo. Sorte foi a do homem, que Borba não havia um resolver.
   

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