Capítulo XIII - Músicas bacanas e luzes insanas

4 1 4
                                    


Quando acordou, Elise estava com uma dor de cabeça horrorosa e todo o seu corpo doía. Dessa vez não precisou procurar por Lud, porque ele estava deitado bem ao seu lado, observando-a com uma ternura genuína no olhar carmesim.

A garota sorriu para ele, contente por tê-lo em sua vida, e ficaram apenas trocando carícias silenciosas por um tempo até ela decidir levantar e tomar um banho para tentar se recuperar da noite passada.

Como esperado, a água fria foi um alívio e depois disso Elise finalmente se sentiu disposta para encarar o dia. Ligou para Rafa, querendo saber de Edith, e descobriu que a amiga ainda estava na casa dele, mas que já havia acordado e parecia bem, apesar de ter vomitado bastante. Os três conversaram um pouco, ansiosos para voltar à Paraíso essa noite também.

Outro tópico importante foi Lud, que recebeu muitos elogios por parte dos amigos de Elise. De acordo com eles, Lud definitivamente era para casar porque além de combinar em questão de gosto e personalidade com Elise, eles ficavam muito bem visualmente. Saber disso deixou o coração da ruiva quentinho.

Para aumentar ainda mais o bom humor da menina, ela descobriu que seu vampiro particular havia lhe comprado um banquete para o café da manhã: bolo de laranja, pão de queijo e achocolatado da padaria perto da praça.

A garota comeu tudo com um sorriso bobo no rosto enquanto conversava sobre aleatoriedades com Lud e o Three cheers for sweet revenge tocava de fundo. Ficou esperando o momento em que o vampiro iria se alimentar para ter a oportunidade de ver aquela cena magnífica mais uma vez, contudo Lud não deu indícios de que faria isso.

Um pouco mais tarde, Lud a deixou na porta de casa e ela percebeu que o vampiro usava a jaqueta de couro novamente, mal podia esperar para descobrir o que acontecia com ele na luz do sol. Esperava que não fosse nada nocivo.

Não havia levado chave, então teve que esperar alguém abrir a porta e como sempre Lud continuou lá, esperando-a entrar, porém dessa vez ele baixou o vidro do Impala e acenou um tchauzinho tanto para ela quanto para a mãe dela, que havia ido abrir. Então arrancou com o carro, fazendo as duas, mãe e filha, suspirarem.

— Ele... tem estilo — a mãe de Elise disse quando fechou a porta. — Gostei dele.

A garota riu, meio envergonhada, meio orgulhosa do seu vampirinho de estimação.

— A propósito — continuou a mãe —, você foi, né? Na tal Paraíso. Todo mundo só fala disso.

Elise assentiu.

— É do caralho — a ruiva falou, tirando as botas de plataforma. — Juro, mãe, nunca imaginei uma coisa melhor. A música, as luzes. As pessoas! É tudo tão eu!

— Fico feliz que finalmente você achou algo bacana aqui — a mulher mais velha sorria de forma suave, parecendo alegre de verdade pela filha. — Será que eu e o seu pai poderíamos ir com você hoje?

Os olhos de Elise brilharam, sem acreditar no que ouvia.

— É... é sério?

A mãe concordou.

— Preciso tirar minha jaqueta de couro do armário — e lá se foi ela, deixando uma Elise estarrecida para trás, mas não por muito tempo, porque logo a garota foi correndo ligar o computador, tinha uma matéria para escrever.

Ligou para Rafa de novo para ter notícias de Edith enquanto esperava a máquina ligar e descobriu que ele já havia deixado a amiga em casa, contudo marcaram de ir outra vez à Paraíso, afinal aquilo ali era bom demais para ir uma vez só. Elise aproveitou para conversar com o amigo sobre a postagem no blog e terminar de definir o texto e escolher as fotos, precisava postar hoje ainda para não perder o timing da coisa.

Para toda a eternidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora