Se eles saíssem desta cozinha e seguissem o caminho de volta, tudo seria tão restaurado quanto esta cozinha imaculada?
Ele sabia que era ela que estava sendo testada no momento em que a porta se trancou atrás deles. Sim, ele tinha sido afetado pelas emoções — demais para seu gosto. Era uma sensação estranha, experimentar terror e medo assim... é claro que ele nunca admitiria nada que tivesse visto ou sentido durante aquelas horas.
Ele se perguntou o que ela havia feito e quais implicações estavam ligadas aos Arquivos Arcanos.
Tom sabia que havia uma grande possibilidade de que em breve eles teriam conhecimento ilimitado à disposição.
Algo tão precioso, tão poderoso, o entusiasmava só de pensar.
Ele olhou para ela com espanto, para a mulher que desafiara toda a lógica. A mulher que ele não conseguia chamar de outra coisa além do apelido que ele tinha dado para ela, porque ele sabia que chamá-la pelo nome de batismo era falso. Havia outra pessoa naquele corpo, alguém que se agarrava a ele como ninguém jamais fez.
Não que ele precisasse do nome dela. "Passarinho" era o suficiente.
Ele observou com satisfação o colar de pássaro cair do peito dela enquanto ela se inclinava sobre ele, as asas batendo em voo.
"Amor" era algo novo e, embora ele tivesse começado a usá-lo na farsa que eles encenaram como marido e mulher, ele gostava de usá-lo mesmo assim.
Embora a palavra em si fosse ridícula, ele gostava do som que ela tinha quando era dirigida a ela.
Tom também gostou da maneira como ela reagiu.
"Amor", ele testou, e lá estava, os músculos do corpo dela se contraíram e aqueles olhos... era quase como se tivessem mudado de cor.
Ele saboreou o jeito como ela ainda estava montada nele, estava presunçoso sobre como ela não tinha notado que ele a tinha colocado ali. Mesmo com raiva, ele precisava senti-la ali. Ele gostou do jeito como as coxas dela se fecharam em volta dele, segurando-o como se ela se recusasse a deixá-lo ir.
Seus cortes estavam curados, o sangue e as roupas encharcadas estavam limpos. Caramba, até seu cabelo selvagem parecia domado agora.
O que foi uma pena.
Seus próprios ferimentos também tinham desaparecido. Era tolice, mas ele queria que não tivessem. Isso o fez se sentir mais vivo do que qualquer outra coisa nessas últimas horas em que ficaram presos.
O sentimento estava errado; ele estava tão bravo depois de todo o abuso das emoções dele e dela, que foi um alívio finalmente ter encontrado uma válvula de escape para que isso fosse tirado dele em um instante.
Foi errado da parte dele desejar que ela o atacasse mais uma vez?
Ela se mexeu como se fosse se levantar e os dedos dele seguraram seu queixo. Ele estava sendo irracional; os arquivos estavam bem próximos. Ele podia deixá-la se levantar e segui-la para fora desta sala.
Mas ele não queria.
Loucura. Verdadeira, pura loucura em suas veias que o fez beijá-la, puxá-la para perto dele.
O suspiro sonhador que escapou dela logo antes de a língua dele tocar a dela foi o suficiente para lembrá-lo de quão dolorosamente duro ele estava.
Ela o beijou de volta, pressionando seu corpo contra o dele.
A maneira como ela pressionou os quadris contra os dele e sorriu para o seu assobio, a maneira como seu toque buscava chegar mais fundo, mais perto dele, era quase... significativo.
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A Soul's Epilogue
Fanfiction𝑠ɪɴᴏᴘ𝑠ᴇ: 𝐴𝑛𝑜𝑠 𝑒 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑔𝑢𝑒𝑟𝑟𝑎 𝑒𝑥𝑎𝑢𝑟𝑖𝑟𝑖𝑎𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑎𝑙𝑚𝑎, 𝑓𝑜𝑟𝑐̧𝑎𝑛𝑑𝑜-𝑎 𝑒 𝑡𝑜𝑟𝑐𝑒𝑛𝑑𝑜-𝑎 𝑎𝑡𝑒́ 𝑠𝑒𝑐𝑎𝑟, 𝑠𝑒𝑚 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑝𝑎𝑡𝑜́𝑟𝑖𝑎, 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑡𝑜 𝑎 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒. 𝑁𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜, 𝑎 𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑡...