A Soul's Epilogue

On Thin Ice

Uma risada borbulhou do fundo do seu peito, querendo sair. Os ombros de Hermione tremeram, e ela precisava se concentrar para não cair no gelo.

"Eu odeio vocês!", gritou Eli enquanto ela soltava um pouco de ar, divertida.

Ele estava no gelo também – com os pés bambos. A cada metro, ele quase caía dos patins de gelo, incapaz de se equilibrar. "Você disse que isso era divertido!"

"É", pressionou Carina quando ela conseguiu respirar o suficiente para falar enquanto ria.

"Isso é tortura!"

"Achei que você fosse atlético, Vassoura", a voz divertida de Dorothea veio de perto dela, e Hermione trocou um sorriso com ela.

"Pelos sacos peludos de Merlin", ele se inclinou rápido demais para a frente e perdeu o equilíbrio, o que o fez jogar seu peso para trás novamente, caindo de bunda.

As meninas riram alto, e Hermione, sorrindo de orelha a orelha, deslizou para frente, estendendo a mão para ajudá-lo a se levantar.

Ela não conseguiu escrever nada aqui, então ela apenas apertou a mão dele para mostrar que ele tinha entendido. A mão dele apertou a dela com medo, e ela a puxou.

Vamos lá, garotão, você consegue.

Eles deslizaram lentamente sobre o gelo do Grande Lago. A conversa de Carina e Dorothea soou de algum lugar na frente delas.

"Desculpe, Aryanna. Sou péssimo nisso." Eli olhou principalmente para seus pés calçados com skate, mas agora ele olhou para cima. Ela levantou a sobrancelha, e ele revirou os olhos.

"Eu não deveria ter dito que era fácil e me gabado das minhas habilidades atléticas." Suas bochechas ficaram vermelhas de vergonha.

Ela sorriu agora, dando de ombros. Era tudo uma brincadeira. E diversão era algo que Hermione não sentia com muita frequência.

Na verdade, o mundo parecia tão sombrio para ela durante a maior parte de sua vida. Momentos como esse, em que ela queria soltar uma gargalhada só porque estava sentindo a felicidade borbulhando, eram raros.

Além de se soltar com Riddle .

Ela ignorou a voz interior que a cutucava.

Hermione viu que Eli estava começando a pegar o jeito, deslizando ao lado dela sem problemas, além do aperto mortal em sua mão. "Eu queria agradecer de novo, pela nossa conversa na sexta-feira."

Ela levantou os olhos da avaliação de suas habilidades de patinação para seu rosto. O vento estava soprando seu cabelo castanho claro, e ela podia ver a vermelhidão de suas orelhas, já que ele se esqueceu de colocar um chapéu.

"Eu realmente não era um bom amigo, e quero que você saiba que se você se apaixonasse por Malfoy, eu teria aceitado isso de qualquer maneira no final."

Hermione abriu a boca, mas é claro que não conseguiu responder.

"Eu sei. Não é o caso. Mas eu só quero te dizer que eu quero que você seja feliz. E não importa com quem. Eu só espero que a pessoa te trate bem." Enquanto ele falava, ele não tinha percebido o quão bem ele estava patinando, o quão uniforme e equilibrada era sua forma.

Ela sorriu suavemente para ele, apreciando o sentimento. Embora uma parte dela sussurrasse para ela que talvez ela não merecesse isso, viver feliz.

Hermione havia tirado muitas vidas. Tinha sido enterrada profundamente em alguma magia negra para lutar contra a dita magia. Tudo tinha uma razão, uma razão nobre, se é que se queria chamar assim. Mas, no fundo, ela sempre teve tanta certeza de que seus amigos tinham mais direito de viver — e viver felizes.