A Soul's Epilogue

Not Enough

O que é pior do que um contra-ataque total, para o qual Hermione estava preparada?

É a espera pelo golpe acontecer. Esperando pelo golpe que certamente estava por vir.

Hermione estava familiarizada com o conceito de um tempo entre os ataques da guerra: esse momento de paz onde eles tinham permissão para tirar os feridos do campo de batalha. E os mortos.

Às vezes, durava uma semana, dando-lhes tempo para se reagrupar e enterrar o que restava de seus amigos. Às vezes, durava apenas alguns minutos.

Por mais que eles precisassem de um descanso quando a guerra estava puxando suas últimas reservas de energia, ela odiava cada segundo disso. Odiava o caminho do desconhecido.

Quando ocorreria o próximo ataque?

É por isso que ela desprezava como ela estava esperando o cessar-fogo acabar; para Tom Riddle puni-la pessoalmente por trancá-lo fora dos Arquivos Arcanos como uma criança desobediente. Além de obviamente evitá-la.

Ela ficou se perguntando o que exatamente ele tinha reservado para ela.

Hermione empurrou o livro sobre a mesa da esquerda para a direita, pensando.

O som sibilante do couro liso correndo sobre a madeira era o único som nos corredores vazios dos arquivos. Parecia estranhamente solitário ali sem Tom. A ausência de sua presença era quase tangível, um vazio que amplificava o vazio da sala.

Estava muito quieto.

O cômodo ao redor dela zumbia com uma ressonância tênue e misteriosa, e ela ouvia o tilintar das gotas de chuva caindo no telhado, um barulho suave que suavizava o silêncio.

Ela sorriu. "Obrigada", ela sussurrou para os Arquivos, grata pela distração de seus pensamentos em espiral.

Agora com o suave ruído de fundo, Hermione começou a guardar o livro amaldiçoado. Era aquele que Tom havia citado.

Ela se perguntou de quais outros livros ele poderia ter copiado, que outros segredos ele poderia ter desenterrado nos antigos tomos dos arquivos.

Seja como for, nem mesmo a biblioteca revelou algo útil. Ele aparentemente nem tocou no texto que Hermione já havia lido mais de cem vezes. Ela havia passado incontáveis ​​horas debruçando-se sobre ele, esperando encontrar alguma pista, alguma dica de suas intenções.

Bastardo astuto.

Um bastardo que a fez se sentir atualmente como uma estudante comum, mesmo depois de provocá-lo. Duas vezes.

Talvez tenha sido um erro trancá-lo do lado de fora.

Ela não era infalível, então era inevitável que isso acontecesse ocasionalmente. Cometer erros. Não perceber que estava sendo emocionalmente manipulada por magia, por exemplo.

Mas, evidentemente, quando se tratava de Tom Riddle, ela jogou toda a cautela ao vento. Deixou que suas emoções a dominassem. Ou melhor, ela não as estava reprimindo o suficiente.

Isso levou a uma série de infortúnios infelizes da parte dela. Como falar sobre como ganhar a lealdade de uma varinha.

E talvez desta vez, seu erro foi negar a Tom acesso aos Arquivos.

Só que ela não queria voltar atrás. Ela não queria ceder só porque ele demorou muito para se recuperar.

Ele precisava aprender algumas regras. E se ele não as seguisse, era culpa dele.

Então ela ficou esperando para ver o que aconteceria. Ela poderia lidar com ele.

Provavelmente.

Só havia um pensamento que a atormentava: se isso continuasse por tanto tempo, como ela poderia ver o que ele estava fazendo?