Uma semana se passou e, finalmente, seus amigos lhe deram o espaço que ela precisava para organizar seus pensamentos.
As únicas vezes em que ela estivera realmente sozinha foi na câmara de poções. Fora isso, eles estavam pairando ao redor dela como galinhas mães, se preocupando com a possibilidade de ela tropeçar no lago novamente e encontrar uma morte aquática.
Esse era o rumor, a explicação que circulava. Apenas Riddle e seu grupo de Comensais da Morte realmente sabiam a verdade. Hermione estava determinada a manter assim, pois não tinha desejo por mais drama em sua vida — ou na de Aryanna, para falar a verdade.
Ela não conseguia entender direito. Se ela ocupava esse corpo, onde estava Aryanna? Ela estava morta? Sua alma ainda estava presa profundamente em sua forma física?
Hermione penetrou mais fundo na biblioteca do que nunca, buscando respostas, mas não encontrou nada. A menos que estivesse disposta a pedir um passe para a seção restrita, o que ela não estava. Pelo menos não ainda.
Agora mesmo, ela desejava ter a capa da invisibilidade de Harry; certamente tornaria sua vida mais fácil. O Mapa do Maroto também seria útil; parecia que Riddle tinha uma habilidade fantástica de se materializar do nada para onde quer que ela estivesse.
Cada vez que ele fazia isso, sua bela figura estava tão perto que ela quase conseguia estender a mão para tocá-lo. Mas ela sabia que era alguma magia negra que os unia.
E pela intensidade do olhar dele, ela podia dizer que ele estava esperando que ela fornecesse uma solução para o problema compartilhado. Ou esperando que ela agisse.
Bem, ele poderia esperar um pouco mais.
Com sua crise de identidade constante, Hermione precisava usar todos os truques possíveis para passar o dia sem chamar muita atenção para si mesma.
A última coisa que ela queria era que Riddle a pegasse em flagrante, pois ele poderia recorrer a métodos torturantes para extrair informações sobre seu futuro.
No entanto, havia outro problema que a atormentava. Não passava uma hora sem que ela examinasse os arredores em busca da forma dele ou pensasse nele de alguma forma.
A pressão constante pesava sobre ela, seu corpo estava tenso e um zumbido inidentificável corria por suas veias.
Acima de tudo, aquele sonho sangrento retornou, aquele em que ele a pressionaria contra a mesa da Biblioteca. Só que dessa vez, ele pronunciou seu nome verdadeiro — Hermione.
A maneira como aquilo saiu da sua língua era boa demais.
E assim como Dream-Riddle falou com ela sobre poder e controle, a real parecia obcecada com isso também. Ela descobriu que era um dos assuntos mais discutidos por eles.
Esta mesma manhã, a sala de aula fervilhava de tensão enquanto Hermione se enfrentava com Riddle em um debate feroz. Foi um choque de intelectos, uma batalha de palavras que vinha se formando pelo que provavelmente eram semanas. Hermione só conseguiu lidar com isso de forma mais eficiente, na maior parte do tempo.
Riddle, com seu charme e eloquência característicos, tinha um jeito de fazer até os assuntos mais obscuros parecerem atraentes. Ele tinha a atenção de toda a classe, e Hermione podia sentir o peso dos olhares deles sobre ela enquanto se preparava para rebater seu argumento.
"Mas, Sr. Riddle," Hermione começou. "Você não pode negar que o uso de magia negra tem consequências terríveis. Ela corrompe a própria essência de uma bruxa ou bruxo, levando-os por um caminho do qual geralmente não há retorno."
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A Soul's Epilogue
Fanfiction𝑠ɪɴᴏᴘ𝑠ᴇ: 𝐴𝑛𝑜𝑠 𝑒 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑔𝑢𝑒𝑟𝑟𝑎 𝑒𝑥𝑎𝑢𝑟𝑖𝑟𝑖𝑎𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑎𝑙𝑚𝑎, 𝑓𝑜𝑟𝑐̧𝑎𝑛𝑑𝑜-𝑎 𝑒 𝑡𝑜𝑟𝑐𝑒𝑛𝑑𝑜-𝑎 𝑎𝑡𝑒́ 𝑠𝑒𝑐𝑎𝑟, 𝑠𝑒𝑚 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑝𝑎𝑡𝑜́𝑟𝑖𝑎, 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑡𝑜 𝑎 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒. 𝑁𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜, 𝑎 𝑀𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑡...