NARRADOR P.O.V
Após escutar tudo, inclusive que sua filha Caroline nunca de fato namorou Andrea, o coração da bela mulher se encheu de alívio. Não apenas porque tinha mantido um relacionamento às escondidas com a suposta namorada da filha, mas também porque, apesar de Caroline não ser sua filha biológica, Miranda sempre se sentira profundamente ligada às meninas desde o primeiro momento que as encontrara naquele orfanato decadente.
MIRANDA P.O.V
Meu coração batia levemente, embora cansado. Já não era mais jovem, mas ainda carregava com carinho todas as memórias de onze anos atrás, quando adotei minhas meninas. Como o tempo passara depressa... Minhas filhas.
_ No que tanto pensa, Miranda? _ A voz de Andrea rompeu meus devaneios, e eu dei um leve sobressalto na poltrona. Andrea rapidamente se desculpou, e eu inspirei fundo, buscando a serenidade que me custava tanto manter.
_ Estava pensando em como adotei as meninas... e como tudo foi tão repentino. _Respondi, perdida nas lembranças.
Andrea inclinou a cabeça, curiosa.
_ Elas são adotadas? _perguntou, visivelmente surpresa. Eu percebi que ela não sabia, embora sua afeição pelas meninas fosse sincera e profunda.
Assenti devagar, organizando as memórias antes de continuar.
_Minha família sempre foi muito estruturada e... um pouco rica. Meu falecido pai era um policial excelente. Naquele tempo, eu era apenas uma recruta na academia de polícia. Entrei aos 18 anos e passei com honras no preparatório. Meu pai sempre quis que eu seguisse os passos dele. _Suspirei, lembrando-me da insistência dele em moldar meu caminho. _Certa manhã, enquanto tomávamos café, ele recebeu uma ligação urgente. Eu não podia recusar, então fui com ele.
Andrea me escutava atentamente, seus olhos presos aos meus como se quisesse absorver cada detalhe da história.
_ O chamado nos levou a um orfanato clandestino. Aquele lugar... estava em ruínas. Não tinha condições de abrigar nem uma criança, e lá estavam mais de 200, entre crianças e adolescentes.
Fiz uma pausa, o peso da lembrança ainda apertando meu peito.
_Descobrimos que não era um orfanato de verdade. Eles exploravam as crianças e os adolescentes. Os mais velhos eram mandados para as ruas pedir dinheiro, e alguns até... eram vendidos.Andrea arregalou os olhos, horrorizada.
_E vocês fecharam o lugar?
_Sim. Meu pai e eu sabíamos que não podíamos permitir que aquilo continuasse então lutamos com pelas aquelas crianças e adolescentes até que ganhamos e fechamos aquele lugar horrível. _ Respondi, sentindo ainda o orgulho por termos feito a coisa certa. — Foi então que as vi pela primeira vez... Minhas meninas. As gêmeas e não sei o porque porém eu me apeguei aquelas meninas que imploravam para que eu tirasse todos daquele inferno disfarçado perante a lei, então sem pensar duas vezes eu entre com um pedido de adoção após fechar o "orfanato", mas como você deve saber Andrea no nosso país é necessário ter pelo menos 5 anos de diferença entre as idades para que possam fazer uma adoção_ digo relembrado como quase perdi minhas joias raras para o sistema.
Meus olhos se perderam novamente nas lembranças daquela tarde, a imagem das duas meninas, tão frágeis e assombradas, ainda viva em minha mente. Elas pareciam perdidas, mas ao mesmo tempo... havia algo nelas que me chamou, algo que me fez saber que nunca mais as deixaria.
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¡Minha "sogra" gostosa!
FanficUma vespera de natal, uma viagem, um encontro inesperado do amor, mais a que custo, o coração de sua filha???. Bom é assim que eu me encontro, prazer Meu nome é Miranda Priestly mãe de duas meninas,quer dizer duas moças de 27 anos de idade. E tud...