N/A - Quero muitos comentários hein.... nem demorei pra postar dessa vez....
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O carinho que recebia em seu rosto era delicado, confortável e trazia uma enorme sensação de pertencimento. Não queria abrir os olhos, estava gostoso dormir, ainda que a brisa estivesse fria e deixasse seu corpo arrepiado com o gelado que batia em sua pele.
- Está na hora de acordar.
A voz era doce e baixa, apenas um sussurro, mas forte o bastante para que abrisse os olhos e encarasse um céu estrelado com uma lua cheia e alaranjada. Tão linda como nunca vira.
Devagar ergueu o tronco se sentando no que parecia ser uma praia, a areia fazia cócegas em seus pés descalços e sujava suas mãos que fecharam-se pegando um punhado e então deixando escorrer por seus dedos caindo em um montinho ao lado de seu corpo. Piscou devagar sem compreender onde estava e nem porque estava naquele local. Fora a praia uma única vez há muitos anos, tantos que quase não se lembrava.
- Você veio a essa praia com sua mãe quando era criança. - A voz o assustou o fazendo se erguer rapidamente olhando para trás e encontrando ali uma senhora de cabelos brancos como neve, a pele alva brilhando ao luar e os olhos roxos e brilhantes. Era bela, ainda que as rugas em seu rosto denunciassem uma idade avançada. - Foi um lindo dia. Tobias ficaria dois dias fora de casa devido o trabalho e Eileen aproveitou para trazê-lo aqui. Você brincou tanto na água. - Comentou abrindo um sorriso bonito. - Ela ficou apenas o olhando, observando sua felicidade, você quase nunca sorria.
- Não havia motivos para sorrir.
- E ela sabia. Eileen gostou muito de ver você sendo apenas o que era, uma criança. Você riu, jogou água nela, correu pelas areias e desejou que aquele dia não acabasse nunca.
- Mas acabou da mesma forma como sempre acabava, Thobias voltou antes e estava nos aguardando em casa. Pensei que mataria minha mãe de tanto bater nela aquela noite.
- Você foi muito forte, Severus.
- Mas não consegui salvá-la das garras dele.
- Você tinha 7 anos.
- Não é desculpa. - Disse Snape sentindo o cheiro do mar e se lembrando de cada momento pequeno de felicidade que passou com sua mãe naquele lugar. - Como sabe de tudo isso? Quem é você?
- Eu sempre sei tudo de todos em todo lugar. É minha função. Por que perguntou quem eu sou, se já sabe a resposta? Você sabia antes mesmo de vir para cá.
- Pensei que a morte fosse mais feia.
- Eu não sou feia ou dolorosa para aqueles que me aceitam. Todos pensam que sou horrenda, o bicho papão que espreita embaixo da cama ou dentro de um armário, eles querem que eu seja isso para que possam me temer e viver mais.
- Eu não a temo.
- Eu sei. Você me chama há muito tempo.
- E você nunca aceitou meus chamados.
- Porque não era sua hora.
- E agora é?
- Depende. - Disse a morte caminhando até seu lado e olhando para o horizonte na água que quebrava em ondas na beirada, sua água chegando a molhar os pés do homem. - Você precisa me aceitar sem ter nenhuma ressalva, só assim poderei te guiar para o destino certo da sua alma.
- Eu te aceito.
- Não aceita não, não como antes. - A morte se aproximou erguendo a mão e tocando em sua bochecha. O toque era quente e confortável, sentiu vontade de fechar os olhos. - Não sou eu que vou escolher o seu caminho, eu apenas o guiarei para onde desejar ir. Você precisará escolher.
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Seu olhar Alfa
RomanceSnape sempre reprimiu seu gene Alfa, certo de que nunca encontraria seu Ômega. No entanto um jantar lhe coloca diante de um jovem ômega que atiça seus instintos mais profundos, mas tal ômega já tem um dono. Seria Snape capaz de fazer de tudo pelo pa...