As coisas começaram a desmoronar em um ritmo alarmante. Os gêmeos eram ágeis e experientes em confrontos desse tipo, movendo-se com a precisão de predadores. Juan, robusto e implacável, rapidamente empurrou Nataly e Maressa para o chão, derrubando-as sem esforço. Quando Nina se lançou em sua direção em uma tentativa de ajudar, ela também encontrou o chão sob seus pés.
Eu hesitei, lutando contra o pânico que se instalava em meu peito. Minha própria tentativa de atacá-lo foi em vão; ele simplesmente se esquivou, um sorriso cruel se formando em seu rosto, como se estivesse se divertindo com o caos que causava. Ele claramente se lembrava de quando tentou me capturar, e o Diabo o deteve.
Então, em um movimento rápido e certeiro, Juan avançou em direção aos garotos. Meu coração parou quando o vi chegar por trás de Diogo, a lâmina cortando seu pescoço com uma eficiência brutal.
O mundo ao meu redor desabou. Congelamos, paralisados pela cena horrenda enquanto ele caía de joelhos, sangue jorrando de sua ferida.
— Diogo! — gritei, correndo em sua direção, o desespero me guiando.
Gael, em um ímpeto de proteção, se lançou entre os gêmeos, mas seu foco estava completamente em Diogo caído no chão. Ele ignorou os ataques que vinham em sua direção.
— Chega, Gael! Você precisa parar! — Maressa gritou, a preocupação transparecendo em seu olhar enquanto puxava Gael, tentando mantê-lo a salvo. Ele lançou um último olhar abalado para Diogo antes de ser arrastado para longe, de mãos dadas com Maressa.
— Vamos sair daqui! — Gael exclamou, chamando a mim e às meninas, a urgência em sua voz ecoando em meus ouvidos.
Nina, assustada, correu atrás deles, o horror da perda de mais um amigo pesando em seu coração.
Eu ainda estava ao lado de Diogo, minhas lágrimas caindo em seu rosto sem vida. Como pude deixar isso acontecer? Quantas vezes ele esteve ao meu lado? A dor me consumia, uma culpa insuportável apertando meu peito.
Os gêmeos se aproximaram, rindo, como se a cena trágica fosse um espetáculo divertido. Eu não me importava com eles. Meu mundo havia parado.
Nataly chegou por trás de mim, puxando-me pelos braços e tentando me afastar do corpo de Diogo.
— Nataly, não... — Tentei protestar, mas as palavras falharam.
— Já perdemos tantas pessoas hoje. Por favor, vamos embora. Não quero perder você também. — A súplica no tom de Nataly fez meu coração apertar.
Assenti, levantando-me com dificuldade. Corremos rapidamente pela ampla sala, os gêmeos seguindo nosso ritmo, rindo e se divertindo com o caos que causavam.
Javier estava muito perto de mim, sua mão erguendo-se para cravar a faca em minhas costas. Em um movimento instintivo, Nataly se lançou na frente da lâmina, empurrando-me para longe.
O golpe, que era destinado a mim, a atingiu. Ela se sacrificou.
— Não! — gritei, o desespero transbordando enquanto via a cena horrenda de Nataly sendo esfaqueada repetidamente.
— Alyssa... fica viva... — ela murmurou com seu último suspiro, os olhos perdendo o brilho.
— Desculpa. — Sussurrei, trêmula, incapaz de compreender a brutalidade do que acontecia.
Levantei e corri descontroladamente, quase tropeçando nos degraus da escada, fugindo dos gêmeos. Minhas lágrimas escorriam como um rio, e o som da faca penetrando a carne de Nataly ecoava em minha mente, um lamento incessante que me atormentava.
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Sombras de Outubro
RomanceNa pacata cidade de Esperança, o Halloween é um dia temido. Um grupo de jovens decide desafiar o toque de recolher e acaba em uma casa de terror mortal, onde seus piores pesadelos se tornam realidade. Isolada, Alyssa é perseguida por um homem conhec...