Capítulo 18 - O Fechamento da Filial - Workers Terceira Filial (07)

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  Hyungseok e Eunhan se encaravam.

  Dois lutadores formidáveis.

  Dois gênios.

  Dois monstros.

  O medo, com o qual Soyeon se acostumou rápido demais para seu gosto, não a impediu de arrastar Jitae e Lineman para longe daqueles dois.

  — Hoje vocês estão apanhando muito, hein? —Soyeon disse voltando ao trabalho, limpando ferimentos, passando pomadas analgésicas e anti-inflamatórias.

  Seo Seongeun se sentou perto de Gimyung que estava encostado na mesma parede que os outros, acendeu um cigarro e a observou em silêncio por um tempo.

  — Você deveria fugir —ele sugeriu sem se importar muito. —Deveria fugir com aquele moleque. Não está com medo?

  Ela não respondeu.

  Tirou o celular do bolso e mandou uma mensagem para Yukka depois guardou o aparelho de volta.

  — O medo é superestimado. —ela respondeu, por fim.

  Agora que finalmente conhecia a sensação, concluiu que... não era tudo isso.

  — Concordo. —Ele sorriu divertido. — Você faz parte do Big Deal?

  — Não. Estamos trabalhando juntos, mas não sou do Big Deal.

  — Então por que se importa? —Ele acenou na direção dos garotos em quanto expirava uma nuvem fina de fumaça.

  — Não me importo. —Ela deu de ombros. — Na verdade, acho que me importo com o Gimyung. Ele se importa com os outros, então faço isso por tabela.

  Seongeun soltou um riso debochado. Ele ia dizer mais alguma coisa, mas um barulho alto chamou a atenção de ambos.

  Começou.

  O pesadelo do qual ninguém conseguia, nem queria, desviar o olhar.

  Eunhan avançou contra Hyungseok com um chute.

  Azulejos voaram, eles pensaram que ele foi atingido no rosto.

  Não.

  Ele girou acertando um chute na cabeça de Eunhan.

  — Eu deveria pegar um caderninho para anotar? —Soyeon piscou, impressionada.

  — Faça isso —Seo Seong assentiu.
 

(...)
 

  “Que alívio.” Yukka pensou ao ler a mensagem de Soyeon.

  Ainda estava no porão.

  — Cha- Chayoung...  —ela falou se aproximando da amiga, bem devagar.— Soyeon disse que os reféns escaparam da cobertura... Está tudo bem agora.

  — Não está.

  Chayoung estava parada no escuro os punhos cerrados, a respiração curta e sonora.

  Seu corpo todo tremia.

  De raiva.

  De desespero.

  De agonia.

  — Não está nada bem —esclareceu sombria.

  Sem aviso, ela deu um soco em uma grade que estava a sua frente.

  E então deu outro.

  — Em quanto... —deu mais um soco. —Isso não acabar...

  Elas ouviram o barulho dos ossos dela se quebrando.

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