Ao perceber que ele realmente está me olhando, minhas bochechas arderam e meu coração disparou. Eu fui pega no flagra na pior hora possível e pensar no que ele pode fazer para me punir me assusta e me faz sentir mais ódio.
__Saia daí de trás._-ele ordenou e eu obedeci com passos trêmulos e com a cabeça baixa.-_Você estava gostando do que estava vendo?
Neguei com a cabeça e ele riu com escárnio enquanto a mulher continua gemendo.
__Mentira. Eu sinto seu cheiro, ratinha. O cheiro da excitação que se acumula entre suas pernas._-suas palavras enviaram mais uma onde de vergonha ao meu corpo.-_Olhe para mim.
Lentamente ergui a cabeça e meu olhar se encontrou com o seu. Suas bochechas estão levemente coradas, suor escorre de sua testa. Tudo indica que ele está sentindo prazer, mas seus olhos estão apagados, sem brilho.
__Você gostaria de estar no lugar dela, ratinha?_-neguei mais uma vez.-_Mentirosa. Venha até aqui.
Ele falou ao tirar a mulher de seu colo e a jogar no chão sem delicadeza alguma. Lutei com meu autocontrole para manter meus olhos em seu rosto e não em outro lugar.
__Eu mandei você vir até aqui!_-ele bradou com a voz irritada e me pus em movimento.
A cada passo que eu dou pra cima da pilha de ossos, mais meu coração acelera e mais eu me amaldiçoo por ter me colocado nessa situação.
Parei na sua frente e Sukuna inclinou seu rosto, que ainda permanece acima do meu, para mim. Agora diversão dança entre as íris e ele inspira fundo.
__Vamos descobrir se você realmente estava falando a verdade quando negou gostar do que via e negou querer assumir o lugar dela._-seus olhos estão em um vermelho intenso e ele esticou uma das mãos na minha direção.-_Eu vou te tocar e se você já estiver molhada é porque estava mentindo e eu vou punir sua boca pela mentira. Mas se você não estiver molhada, eu vou continuar até que você fique e vou te punir por não me desejar.
Arregalei os olhos mediante suas palavras e prendi a respiração ao vê-lo mover sua mão para as minhas pernas.
Sinto minha bochecha queimar ardentemente como o ódio queima meu coração por eu sentir a umidade cada vez maior.
Sukuna deslizou a mão pra dentro do meu kimono, subindo com suavidade pela minha perna e minha coxa.
Mordi meu lábio com força ao sentir seus dedos tocarem a minha virilha e logo depois deslizar pela minha boceta.
Pude ver nitidamente suas pupilas dilatarem quando ele sentiu na ponta de seus dedos o quão molhada eu estou. Pude ver ele inspirar tudo e travar o maxilar, para então um sorriso de canto brotar nos seus lábios.
Respirei com dificuldade e de forma falha, apenas para prender novamente quando o senti introduzir um dedo com força em mim.
Acordei em um sobressalto e olhei ao redor, tentando me situar onde eu estou. Meu coração bate acelerado e sinto o suor escorrer pela minha coluna, e acima disso, sinto minha calcinha encharcada.
Fechei os olhos novamente e tentei acalmar meus batimentos cardíacos enquanto tento loucamente esquecer esse sonho estúpido.
Eu te odeio, Ryomen Sukuna.
O sol está forte e é acompanhado por uma brisa quente e o moleque está sentado no jardim, embaixo de uma árvore, com os colegas tanto do primeiro ano quanto do segundo.Eles estão conversando sobre alguma coisa que não sei o que é porque só consigo prestar atenção nela.
Sonne está usando shorts jeans e uma regata, seu cabelo está preso em um rabo de cabelo e ela está com as costas apoiadas na barriga do Panda, o que me deixa levemente irritado.
Quando ela chegou junto com os outros, ela participou um pouco da conversa, mas agora Sonne está apenas em silêncio, encarando Yuji com um olhar intenso.
Seu olhar parece penetrar a pele dele e lentamente sinto o coração dele acelerar enquanto ele tenta fingir que ela não está o encarando.
Eu continuo a observar e consegui captar o exato momento em que as bochechas dela coraram de leve e ela respirou fundo, finalmente desviando o olhar. Seus olhos se tornaram mais escuros e eu daria tudo pra saber o que ela está pensando.
E então, Sonne se levantou do nada, fazendo todos olharem para ela com uma sobrancelha erguida. Mas ela simplesmente saiu sem falar nada com ninguém.
O moleque levantou também e disse que ia ver se ela estava bem, então a seguiu enquanto resmunga para si mesmo o que há de errado com ele.
__Ikimore, você está bem?_-ele perguntou ao alcançá-la em um corredor.
__Estou._-ela respondeu sem se virar e continuou caminhando.
Aproveitei que estamos sozinhos no corredor e assumi o controle do corpo do moleque.
__Mentirosa._-falei e ela deu um mini pulo ao escutar a minha voz e se virou para mim.
Seus olhos arregalaram e novamente suas bochechas adquiriram um tom rosado. Observei seu rosto ao me aproximar e ela recuou uns passos para trás.
__Por que você está fugindo de mim? Pensei que você não se intimidava._-questionei ao encurrala-la na parede.
__Você não me intimida. Só não gosto de ficar perto._-ela respondeu e me olhou em desafio, mas percebi que tem algo mais por trás dos seus belos olhos. Algo que não sei o que é.
__Você mente muito mal._-comentei com um sorriso sarcástico ao aproximar meu rosto do dela.
Estiquei uma mão para tocar os fios dos seus cabelos e ela desviou suavemente. Estiquei mais uma vez, mas antes que pudesse tentar, me senti fraco e Yuji assumiu o controle novamente.
Maldito um minuto!
__Ué.... O que eu.... Huuum... por que estamos tão próximos, Ikimore?_-o moleque questionou e eu travei o maxilar.
__Você ia me contar um segredo, mas eu mudei de ideia e não quero mais ouvir._-Sonne respondeu rapidamente e o empurrou para longe.
Ela se afastou com passos largos e Itadori ficou parado sem realmente entender o que aconteceu de fato.
Relembrei a forma que ela estava agindo diante de mim e ri comigo mesmo ao acreditar que eu tenho uma espécie de poder sobre ela e que de alguma forma, Ikimore Sonne se sente atraída por mim.
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A Rainha das Sombras
FanfictionEla aparece para ele no mundo dos sonhos e o encanta com gentileza. Ele aparece para ela no mundo dos pesadelos e a atormenta com crueldade. Um sonho? Uma memória? Uma coincidência? Uma reencarnação? Na vida real, Sonne só quer destruí-lo. Na vida r...