Capítulo 8

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__Acordou, finalmente?_-a voz grave e esnobe de Sukuna preencheu meus tímpanos e abri meus olhos imediatamente

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__Acordou, finalmente?_-a voz grave e esnobe de Sukuna preencheu meus tímpanos e abri meus olhos imediatamente.

Estou deitada no chão do quarto dele, diante a lareira e o calor do fogo abrange meu corpo nu e sujo.  Já ele, está sentado na beira da sua cama com um sorrisinho de escárnio estampado nos seus lábios.

Eu não tenho ideia do porquê eu estou no quarto dele e isso me assusta.

__Estou me sentindo benevolente essa noite, ratinha. Vou te tirar do seu castigo, mas apenas se você jantar comigo.

Como se fosse a deixa, três batidas soaram através da porta e uma serva entrou logo em seguida, empurrando um carrinho grande com comida.

Após deixar o carrinho, ela se retirou nos deixando sozinhos novamente.

__Coma comigo!_-a voz dele bradou forte e me levantei do chão.

Sukuna retirou a tampa dos pratos e o que eu vi fez meu estômago embrulhar. Eu sempre suspeitei que ele fosse canibal, mas agora acabei de tirar essa confirmação, porque nos pratos há dedos humanos, línguas, olhos e pernas, tudo cru e ensanguentado.

Ele pegou um dedo e o jogou pra dentro da boca enquanto me olha. Um filete de sangue escorreu por entre seus dentes.

__Come.

__Sukuna-sama, eu não con....

__Eu não te dei permissão para falar! COME!_-ele me interrompeu e me encolhi automaticamente.-_Antes era só um dedo, agora é um dedo e uma língua, e a tempo que se passa sem você comer vai aumentando, ratinha.

Minha visão se embaçou com lágrimas e com a mão tremendo, peguei um dedo do prato.

__Se você vomitar, a farei comer seu próprio vômito._-ele comentou.-_Olhe para mim ao comer.

Ergui a cabeça e seu olhar encontrou o meu. As primeiras lágrimas escorreram quando coloquei o dedo na boca.

O gosto metálico do sangue impregnou meu paladar e meu estômago embrulhou mais uma vez. Porém, me forcei a mastigar e a engolir.

Os ossos do dedo doeram meus dentes quando mastiguei, doeu tanto que eu pensei que fossem quebrar.

Sukuna inclinou-se para mim ao pegar uma língua do prato. Ele lambuzou minha boca de sangue com a parte humana e a ânsia veio.

__Ajoelhe-se._-o obedeci e ele segurou meu queixo com força.-_Enquanto você continuar me obedecendo, não será você nesses pratos. Você deve até pensar que morrer e ser devorada seria melhor de como você está agora, mas eu não te daria o prazer de uma morte rápida, ratinha. Eu arrancaria pedaços de você ainda viva!

A Rainha das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora