Carlos estava sentado na sacada de seu apartamento, observando o movimento da cidade. Era início de tarde, e o clima lá fora estava ameno, mas dentro dele, uma tempestade de sentimentos se formava. Ele não conseguia parar de pensar na noite anterior, no calor do corpo dela contra o seu, no sorriso dela quando finalmente confessaram seus sentimentos. Mas havia algo mais profundo que ele não queria admitir nem para si mesmo.
Ele gostava dela, gostava muito. O jeito como ela o fazia sentir era único, como se ele pudesse ser completamente ele mesmo. Mas o problema era... ele não sabia se estava pronto para fazer o que precisava ser feito para mantê-la ao seu lado de verdade.
Com um suspiro pesado, ele pegou o telefone e ligou para seu pai, Antonio Sainz. Ele sabia que só ele poderia lhe oferecer conselhos sem filtros, e Carlos precisava disso agora. Queria entender o que realmente sentia e o que fazer com tudo isso.
— Hola, hijo — a voz do pai soou do outro lado da linha.
— Hola, papá — Carlos respondeu, tentando manter a calma na voz, mas sabia que seu pai perceberia qualquer hesitação.
— O que está acontecendo, Carlos? — Antonio perguntou, com aquele tom direto que sempre usava quando percebia que algo não estava certo.
Carlos hesitou por um segundo. Não sabia exatamente como começar, mas ele precisava de clareza.
— Eu estou confuso, pai. Tem uma mulher... você sabe disso. Já faz tempo que as coisas entre nós vêm e vão, e eu sinto que preciso tomar uma decisão. Ela quer mais de mim, mais do que eu sei se posso dar.
Antonio ficou em silêncio por um momento, deixando Carlos falar. Ele sabia que o filho não gostava de falar sobre sentimentos, mas sempre o incentivou a ser honesto consigo mesmo.
— Você gosta dela? — Antonio perguntou finalmente, de forma simples, mas direta.
Carlos suspirou, esfregando a mão pelo rosto enquanto tentava organizar seus pensamentos.
— Gosto. Ela me faz sentir coisas que ninguém mais faz. Quando estou com ela, é diferente, como se o mundo parasse e eu pudesse ser eu mesmo. Mas... eu não sei se isso é suficiente. Não sei se posso enfrentar o que vem com isso. Todo o drama, as complicações. A mídia, meu time, minha vida já está tão exposta. E eu não sei se estou pronto para brigar com todo mundo por causa dela.
Houve mais uma pausa do outro lado da linha. Antonio suspirou antes de falar.
— Carlos, vou ser sincero com você. Eu sempre te ensinei que, na vida, algumas batalhas valem a pena, e outras, nem tanto. Mas, no final, é você quem tem que decidir o que vale a pena. Se essa mulher é importante para você, o suficiente para te fazer questionar suas prioridades, então talvez ela mereça mais do que você está disposto a dar agora.
Carlos sentiu o peso das palavras do pai. Ele sabia que Antonio estava certo, mas ainda assim, as dúvidas o consumiam. Ele não queria perder aquela mulher, mas também não tinha certeza se poderia enfrentá-la e o mundo ao mesmo tempo.
— O problema é que... — Carlos hesitou. — Eu gosto dela, mas eu não sei se gosto o suficiente para lidar com tudo o que isso significa. Não sei se estou disposto a abrir mão da minha liberdade, das minhas opções. E ela quer que eu escolha. Ela quer que eu seja só dela, e eu... eu não sei se consigo.
Antonio ouviu com atenção e, após um tempo, respondeu:
— Então, filho, talvez a pergunta que você deva se fazer não é se você gosta dela o suficiente. A questão é: você está disposto a sacrificar parte da sua vida por ela? Porque o amor verdadeiro, Carlos, é uma escolha, não só um sentimento. Você está disposto a lutar por isso? Porque se não estiver... então talvez seja hora de deixá-la ir, por mais difícil que seja.
Carlos sentiu o peso daquelas palavras afundando sobre ele. Era uma verdade difícil de aceitar, mas ele sabia que não podia mais ficar em cima do muro.
— E se eu a perder? — Carlos perguntou, a voz mais baixa.
— Se você a perder, Carlos, será porque não lutou o suficiente por ela. E talvez, nesse caso, você não a mereça.
Carlos ficou em silêncio. As palavras do pai ecoavam na sua mente. Ele sabia que estava num ponto crítico, onde teria que escolher entre seguir em frente com ela ou continuar levando as coisas de maneira superficial. E essa decisão não seria fácil.
— Obrigado, pai — ele disse finalmente, sentindo-se esgotado, mas de certa forma mais claro.
— Só não deixe o medo de lutar impedir você de viver algo que pode ser bom, Carlos. Mas também não se engane: se você não está totalmente dentro, então é melhor não continuar.
Após desligar a ligação, Carlos ficou ali parado, olhando para o horizonte. Ele sabia que tinha que tomar uma decisão em breve. Sabia que aquela mulher merecia mais do que ele estava dando. Mas estaria ele pronto para enfrentar o que isso significava?
A dúvida ainda pairava, e a única coisa que ele sabia com certeza era que não podia mais continuar como estava. O tempo estava acabando, e ele precisaria descobrir se estava disposto a lutar por ela... ou deixá-la ir de vez.
Coloquei o nome do pai dele de "Antonio" só pra n confundir.
Aqui nós amamos papai Carlos Pais
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Segredo-Carlos Sainz
FanficSHORT FIC|| Sinopse: Ela nunca quis se apaixonar por ele. Sabia da reputação de Carlos Sainz: um piloto talentoso, com um sorriso sedutor que encantava a todos. E, acima de tudo, sabia que ele já tinha alguém... Mas as coisas saíram do controle quan...