Ciúmes.

idiots to lovers.

Depois do incidente que virou o jogo contra ele, Richard passou alguns dias em silêncio, claramente afetado pela humilhação. Ele não era o tipo de pessoa que aceitava perder, mas, por mais que quisesse se vingar de mim, sinto que algo nele hesitava. No fundo, havia um motivo mais profundo para seu comportamento, um que ele evitava encarar.

Mas, após dias de inquietação, Richard decidiu que era hora de me confrontar de uma vez por todas. Só que, dessa vez, ele faria algo diferente. Ele não queria apenas vingança; queria que eu soubesse a verdade.

Era o fim do dia, e o corredor estava quase vazio quando estava saindo da sala. Eu andava em direção ao armário quando vi Richard encostado em uma parede, observando-a. Meu coração deu um salto. Ele não se aproximava desde o plano, e algo no jeito como ele me olhava parecia diferente.

Eu tentei passar por ele sem fazer contato visual, mas ele deu um passo à frente, bloqueando meu caminho.

– Precisamos conversar, Duda – disse Richard, sua voz mais séria do que de costume, não havia aquele tom brincalhão que ele normalmente usava.

– Não tenho nada para falar com você, Richard – eu respondo, tentando ignorá-lo.

– Só me escuta – ele insistiu, sua voz um pouco mais baixa. – Eu prometo que isso não vai ser como antes.

Eu parei, cruzando os braços. – O que você quer?

Richard respirou fundo, claramente nervoso, o que me surpreendeu. E que sempre parecia tão confiante.

– Eu sei que fui um idiota – começou ele, me olhando diretamente nos olhos. – Eu sempre te provoquei, e fiz coisas que, agora, eu sei que foram horríveis. Mas... não foi só porque eu queria te humilhar.

franzi a testa, sem entender onde ele queria chegar.

– Então por que você fez tudo isso– pergunto, ainda defensiva.

Ele desviou o olhar por um momento, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas. Ele passou a mão pelo cabelo, nervoso, antes de falar.

– Porque... desde o 7º ano – ele começou, sua voz um pouco mais suave – eu... eu gostava de você.

Eu pisco, surpresa. Aquilo definitivamente não era o que eu esperava ouvir.

– O quê? – Eu pergunto, confusa. – Você me provocava porque gostava de mim?

Richard assentiu, ainda sem olhar para mim diretamente.

– Eu sei que parece ridículo – ele disse com uma risada amarga. – Mas eu não sabia como lidar com isso. Toda vez que eu via você, ficava nervoso, e o único jeito que eu achava de chamar sua atenção era... agindo como um idiota.

Eu fico em silêncio por um momento, tentando processar o que acabei de ouvir. Ele estava ali, admitindo que todas aquelas provocações e humilhações vinham de sentimentos que ele não soube expressar.

– Então, todo esse tempo... – Eu começo, ainda incrédula. – Você estava me provocando porque... gostava de mim?

Ele finalmente olhou para mim, seus olhos cheios de uma vulnerabilidade que eu nunca tinha visto antes.

– É, eu sei que isso não justifica o que eu fiz – ele disse. – Eu só... eu não sabia como te dizer isso. Eu agi feito um idiota, e você não merece isso. Mas eu precisava que você soubesse.

senti um nó se formar minha garganta. Parte de mim ainda estava brava por tudo o que ele havia feito, mas outra parte estava confusa. Eu nunca imaginei que Richard pudesse sentir algo por mim além de desprezo. E agora, ali estava ele, admitindo que todo o seu comportamento era uma maneira distorcida de esconder seus sentimentos.

– Richard, por que você nunca disse isso antes? – eu pergunto, com a voz mais suave agora.

– Porque eu tinha medo – ele admitiu, soltando o ar como se estivesse tirando um peso dos ombros. – Medo de que você me rejeitasse. E quanto mais o tempo passava, mais eu fazia besteira. Eu só queria que você olhasse para mim, mas fiz isso da pior forma possível.

olho para ele, vendo não o garoto arrogante de antes, mas alguém que estava, de certa forma, tão confuso quanto eu. Parte de mim queria acreditar que ele estava sendo sincero, mas outra parte ainda estava magoada.

– Eu não sei o que dizer – eu admito.

– Você não precisa dizer nada – ele respondeu, dando um passo para trás. – Eu só queria que você soubesse a verdade. Eu sei que errei, e não espero que você me perdoe de uma hora pra outra. Mas... eu não podia mais deixar isso assim.

Por um momento, o corredor ficou em silêncio. O único som era o eco distante dos alunos do outro lado da escola. senti o peso da situação, ainda tentando decidir como se sentia. Mas, pela primeira vez, Richard não parecia o vilão que eu sempre enxergava.

– Acho que eu preciso de um tempo para pensar – Eu disse.

Richard assentiu, respeitando o meu espaço.

– Tudo bem – ele disse. – Eu entendo. E, de verdade, eu só quero que você saiba que... eu sinto muito. Por tudo.

Com isso, ele se afastou lentamente, deixando eu ali, sozinha no corredor. Fiquei parada por um tempo, tentando processar o que acabou de acontecer. Richard, o garoto que me provocava desde o 7º ano, estava apaixonado por mim esse tempo todo?

Eu não sabia o que fazer com essa informação, mas uma coisa era certa, tudo tinha mudado.
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Lembre-se, a fanfic é sobre romance, drama, clichê, etc. Não quero palpites de como deve ou deveria ser, ela vai ser assim e pronto, não importa se vocês não querem que Duda perdoe Richard.

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