The Great War - Tayvis AU

Sem pular etapas, certo?

Travis Michael Kelce - 2022

Voltar para casa depois da fisioterapia de Taylor sempre foi uma tarefa emocionalmente desgastante, mas depois daquele dia o momento em que voltamos do hospital tem se provado uma verdadeira montanha russa de emoções. Nas primeiras semanas, quando Taylor conseguia apenas se manter suspensa pela força de seus próprios braços, a chegada sempre era regada por um choro compulsivo que demonstrava toda a frustração que a loira sentia por não se ver como alguém plenamente capaz de dar aquele pequeno e significativo passo. Depois que conseguiu ficar em pé apoiada nas duas pernas, obviamente sem soltar as barras, o choro se tornou um pouco menos sentido e ela finalmente viu aquilo como uma pequena conquista. Demoraram exatamente dezesseis semanas até que o grande momento finalmente chegasse, no finalzinho de julho, e Taylor conseguisse finalmente alcançar a grande meta imposta. Dando um passo curto naquela passarela de três metros.

          Depois daquele dia em específico, chegar em casa perdeu um pouco da tensão, mas a exaustão que Taylor sentia ainda era evidente. E hoje não era totalmente diferente, exceto pela data. 13 de agosto de 2022.

Hoje faziam exatamente 13 anos desde o dia em que, para deixar claro foi ela quem nomeou desse jeito, comi Taylor pela primeira de muitas vezes. E eu tinha planos para tornar essa data um pouco mais especial, pensando que seria perfeito tomar essa iniciativa no aniversário que, em anos, seria marcado pelo número da sorte da minha major.

Estava terminando de encher a banheira com água morna, tinha separado os sais de banho com aroma de pêssego, os produtos de hidratação para seus cabelos, uma taça de suco de uva, já que Taylor ainda não estava liberada para bebidas alcoólicas, e uma caprichada tábua de frios. Minha futura esposa merece ser mimada sempre que possível.

— Linda, pronta pra o seu banho de luxo?- minhas mãos acariciavam seus cabelos quando deixei que a pergunta flutuasse pelo quarto.

          Tudo que recebi como resposta foi um aceno seguido por um suspiro cansado. Com todo o cuidado do mundo, a peguei em meu colo e levei até o banheiro. Lhe deixei sentada no mármore da pia, a despi de forma calma, depositando leve selares com meus lábios por sua pele a cada novo centímetro que me era exposto. Não era um ato malicioso, era algo de uma profundidade emocional que estava ali para exaltar cada parte dela, cada pequena parte que amo desde os meus dezessete anos. Quando terminei de deixá-la nua, coloquei-a na banheira e me contemplei com o suspiro que escapou de seus lábios ao sentir a temperatura da água.

          Os minutos que se passaram foram regados por um silêncio confortável, o ambiente era preenchido pelo aroma dos sais de banho e pelo barulho suave que a água emitia conforme eu ensaboava o corpo de Taylor. Os ombros dela agora estavam completamente relaxados, as ondas de seus cabelos estavam pesadas depois de já terem sido lavados, os olhos azuis pareciam um pouco mais despertos e descansados do que quando chegamos em casa... Era só aquela conexão que sempre esteve entre nós dois.

— O que vamos comer no jantar?- murmurou, os olhos azuis brilhando em minha direção.

— Bem... Pensei em fazer algo que não fazemos há um bom tempo, mas adicionando umas coisinhas.- comecei, ajudando-a a sair do banho e enrolando a toalha em seu corpo. — Vamos abrir a noite com três tipos diferentes de suco de uva, mas só porque você não está podendo beber vinho, junto com o suco vamos comer um petisco simples, que nesse caso será bolinho de pata de siri, chegando ao prato principal nos deliciaremos com uma grande barca de comida japonesa...- enxuguei todo o corpo dela, vestindo-a com um vestido confortável de estampa leve que sei que ela gosta de usar quando estamos em casa. — Para finalizar, teremos cinnamon rolls e cookies de sobremesa. Tudo isso durante uma maratona de filmes da Julia Roberts.